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Se você se interessa pelo mundo das finanças, provavelmente já se deparou com o termo instrumentos financeiros. De modo geral, eles permitem agrupar em diferentes categorias os passivos e ativos que são gerados nas operações financeiras.

O conceito é importante para diversas áreas e setores. Portanto, além de conhecer a sua definição, é fundamental entender para que eles servem. Com isso, é possível rentabilizar ou proteger a sua carteira, dependendo da sua intenção.

Neste post, você saberá o que são instrumentos financeiros e quais são os seus tipos. Confira!

O que são instrumentos financeiros?

Instrumentos financeiros são contratos ou títulos que representam um valor monetário e podem ser negociados ou transferidos entre diferentes partes. Eles são usados para diversas finalidades no mercado, como captação de recursos, investimentos e gerenciamento de riscos.

Assim, os instrumentos financeiros costumam gerar um ativo para uma das partes e um passivo ou um instrumento patrimonial para a outra. Veja o significado desses termos:

  • ativo: consiste no caixa a ser recebido, geralmente como dinheiro corrente. Ele pode vir de direitos contratuais, como empréstimos, aplicações financeiras e títulos patrimoniais;
  • passivo: é o oposto do ativo financeiro. Nesse caso, é a conta a pagar, como títulos de dívidas ou outras obrigações em contrato, como os derivativos;
  • instrumento patrimonial: consiste em um tipo de passivo financeiro, mas ainda tem um resquício do ativo. Por exemplo, a parte favorecida do instrumento financeiro recebe uma fatia da empresa (ativo), como patrimônio líquido ou ações exercíveis.

Quais são os tipos de instrumentos financeiros?

Após entender o conceito de instrumentos financeiros, vale a pena conhecer os seus tipos. Conforme a International Financial Reporting Standards (IFRS), órgão que cria as Normas Internacionais de Contabilidade, eles podem ser divididos em duas categorias.

Veja!

Instrumentos financeiros ao custo amortizado (CA)

Os instrumentos financeiros ao custo amortizado (CA) são uma categoria de ativos financeiros que as empresas utilizam em suas demonstrações. Eles servem para relatar investimentos que são mantidos até o vencimento.

Nesse caso, o ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado, ou seja, ao custo de um ativo fixo debitado com frequência, como uma despesa. Esse tipo de instrumento financeiro deve atender duas condições:

  • o ativo deve integrar um modelo de negócios em que o objetivo é a preservação dos fluxos de caixa contratualmente estabelecidos;
  • nos contratos relativos ao ativo, é necessário haver disposições que abranjam os pagamentos, considerando também os juros incidentes sobre o valor principal em aberto.

Instrumentos financeiros ao valor justo

Esse tipo é dividido em dois grupos principais. Observe!

Por meio de outros resultados abrangentes (VJM ORA)

Esses instrumentos financeiros são caracterizados pela forma como suas mudanças de valor são tratadas no resultado abrangente da empresa. Portanto, elas não são refletidas diretamente no resultado líquido do período.

Logo, as variações no valor justo desses ativos não são reconhecidas imediatamente no lucro ou prejuízo do período. Elas são observadas em uma categoria do patrimônio líquido chamada Outros Resultados Abrangentes (ORA).

O valor justo do ativo pode ser empregado em sua avaliação se:

  • o ativo faz parte de um modelo de negócios influenciado não apenas pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais, mas também pela venda de títulos;
  • os termos do ativo consistem em pagamentos de principal e juros em datas específicas.

Por meio do resultado (VJM R)

Aqui, o ativo será avaliado por meio do valor justo. Ou seja, o seu valor será determinado com base no que não estiver incluído no CA e no VJM ORA.

Qual é a relação entre instrumentos financeiros e derivativos?

Além dos instrumentos, o IFRS determina o conceito de derivativos, que estão relacionados com os próprios instrumentos financeiros. De maneira geral, um derivativo consiste em um instrumento cujo valor é originário de um ativo, de uma taxa de referência ou de um índice.

Assim, eles existem de modo atrelado a ativos financeiros, mas apresentam as próprias características de negociação. Os derivativos podem ser negociados por meio de contratos que contam com determinadas condições.

Entre elas, estão o ativo ao qual faz referência, a data de vencimento, eventuais taxas de juros e o método de liquidação. É importante ressaltar que a liquidação não necessariamente ocorre fisicamente.

Muitos desses contratos são liquidados somente de forma financeira, o que costuma ampliar as possibilidades nas negociações entre as partes. Os tipos mais conhecidos de derivativos são contratos de câmbio, trocas de taxa de juros (swap), opções e contratos a termo.

Logo, os derivativos são instrumentos financeiros que se destacam por sua dependência em relação a um ativo subjacente para determinar o seu valor. Eles são muito usados para proteção e especulação.

Dependendo da escolha do derivativo, é possível usá-lo para fazer o hedge da carteira. Por exemplo, o hedge cambial protege o patrimônio contra a flutuação das taxas de câmbio.

Ademais, com esses instrumentos, você pode aproveitar as mudanças do mercado de derivativos para lucrar no curto prazo. Portanto, eles são fundamentais para gerenciar riscos e buscar oportunidades de investimento.

Quando os instrumentos financeiros devem ser utilizados?

Agora que você conhece as principais informações sobre instrumentos financeiros, chegou o momento de saber quando eles devem ser usados. Nesse caso, considere as suas necessidades e os seus objetivos financeiros.

Confira alguns exemplos em que os instrumentos financeiros podem ser utilizados:

  • investimentos: muitas pessoas e empresas utilizam os instrumentos financeiros como forma de investir. O processo inclui a compra de títulos, ações, cotas de fundos e outros ativos;
  • diversificação da carteira: os instrumentos financeiros também são utilizados para diversificar o portfólio de investimento, ajudando a reduzir o risco ao alocar os recursos em diferentes classes de ativos;
  • gestão de riscos: muitas empresas usam os instrumentos financeiros para gerenciar riscos, incluindo riscos cambiais, de taxa de juros e de preço de commodities;
  • financiamento e captação de recursos: empresas costumam emitir títulos e outros instrumentos financeiros para arrecadar dinheiro e financiar projetos ou operações;
  • hedge: investidores podem usar derivativos e outros instrumentos financeiros para se proteger contra riscos específicos, como flutuações cambiais.

Agora você já sabe o que são instrumentos financeiros e quais são os seus tipos. Considerando que existem diferentes possibilidades de uso, lembre-se de analisar os seus objetivos para realizar operações que sejam condizentes com as expectativas.

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