Diante do desejo de conquistar o imóvel próprio, muitas pessoas recorrem ao financiamento imobiliário. Porém, antes de solicitar uma linha de crédito para a compra de uma propriedade, é necessário entender o que é CET.
Com esse conhecimento, você poderá comparar as alternativas disponíveis no mercado. Dessa forma, fica mais fácil tomar crédito imobiliário ao escolher a opção que seja mais favorável para seu planejamento financeiro.
A seguir, você entenderá o significado de CET em um financiamento imobiliário. Confira!
O que é CET em um financiamento imobiliário?
Ter uma casa própria ou um apartamento é um sonho comum a muitos brasileiros. No entanto, o alto custo de um imóvel pode inviabilizar a compra à vista. Diante disso, uma alternativa para tornar esse projeto uma realidade é o financiamento imobiliário.
Trata-se de uma linha de crédito oferecida pelas instituições financeiras destinada à aquisição de imóveis, novos ou usados, prontos ou na planta — e até terrenos. Assim, com esse recurso, pessoas e empresas podem adquirir propriedades.
Porém, ao buscar por crédito, é preciso considerar todos os fatores que podem influenciar o quanto a operação custará. É o CET (custo efetivo total) que traz essa informação para os consumidores. Portanto, ele representa o valor que você pode pagar por um financiamento imobiliário.
Vale ressaltar que todas as instituições financeiras são obrigadas a informar o CET antes da assinatura do contrato. É o que prevê a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4.881/2020. Dessa forma, os consumidores podem tomar uma decisão consciente.
Como funciona o CET em um financiamento imobiliário?
Agora que você sabe o que é CET, é importante entender como funciona o custo efetivo total em um financiamento de imóveis. Como visto, ele incorpora todos os gastos envolvidos em operações de crédito destinadas à compra de casas, apartamentos e terrenos.
As despesas e tributos que compõem o CET podem variar conforme a instituição financeira que fornece o financiamento. Além disso, o histórico de relacionamento com o cliente e o valor de crédito solicitado podem influenciar o custo da operação.
Por exemplo, há empresas que cobram a tarifa de abertura de crédito, enquanto outras oferecem isenção. Portanto, ela deve ser considerada no custo efetivo total. No entanto, algumas taxas são obrigatórias em qualquer financiamento imobiliário — como você verá adiante.
O que compõe o custo efetivo total (CET)?
O custo efetivo total envolve uma série de cobranças presentes em um financiamento imobiliário. É importante conhecê-las para saber como se calcula o CET e como cada uma delas pode influenciar o valor.
Confira os principais tipos!
Juros
A taxa de juros representa o lucro dos bancos nas operações de crédito. Ela está relacionada com o período do contrato e a quantia do dinheiro a ser emprestado. Ou seja, quanto maior o número de parcelas ou o valor do empréstimo, maior será o percentual de juros cobrado na operação.
Tributos
Também há a cobrança de tributos específicos. Esse é o caso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), por exemplo. Ele incide sobre empréstimos, financiamentos, operações de câmbio e investimentos de renda fixa. Para saber qual é o valor do IOF, basta consultar o site do Governo.
Seguro
Outro custo é o seguro. Ele se divide em dois tipos: Danos Físico ao Imóvel (DFI) e Morte e Invalidez Permanente (MIP). O primeiro deles é para cobrir prejuízos contra a propriedade. O segundo é para garantir o pagamento do saldo devedor em caso de morte ou invalidez do contratante.
Tarifas
Outros valores que podem estar na composição do CET são as tarifas gerais. Entre elas, vale destacar a tarifa de abertura de cadastro, taxa de análise de crédito e taxas administrativas. No entanto, essas cobranças não são obrigatórias e variam conforme a política da instituição financeira.
Como se calcula o CET de um financiamento imobiliário?
Depois de conhecer as despesas e encargos que compõem o custo efetivo total, você pode entender como calcular o CET de um financiamento imobiliário. O primeiro passo é conhecer a fórmula oficial do CMN, disponível na Resolução nº 3.517/2017.
A seguir, confira quais fatores são considerados no cálculo do CET:
- prazo do contrato;
- valor do crédito concedido;
- data do pagamento das parcelas;
- data de liberação do crédito ao cliente;
- taxas cobradas pela instituição financeira — como juros, impostos, tarifas e seguro.
Porém, você não precisa calcular o CET de um financiamento imobiliário por conta própria. A razão é que a instituição financeira deve informar o valor de forma detalhada antes da assinatura do contrato, como você aprendeu. Logo, é possível consultar o custo efetivo total no documento da operação.
Por que é importante entender sobre o CET?
Ao realizar uma simulação de empréstimo, é comum as pessoas estarem atentas às taxas de juros cobradas, além da quantidade de parcelas e período de duração do contrato. Por esse motivo, muitas instituições financeiras divulgam taxas baixas para atrair os consumidores.
No entanto, a cobrança menor pode ser compensada por outros encargos. Ou seja, há chances de a taxa de juros ser baixa, mas o custo efetivo total ser elevado. Assim, o empréstimo fica menos interessante do que um contrato que ofereça taxas mais altas, mas um CET com valor menor.
Então, quando os clientes analisam o CET, eles sabem exatamente o valor do empréstimo. Depois, esses consumidores podem comparar as possibilidades do mercado para escolher aquela que ofereça o melhor custo-benefício.
Além disso, ao analisar o custo efetivo total da operação na hora de escolher um financiamento imobiliário, é possível se programar melhor para quitar as obrigações financeiras. Desse modo, a possibilidade de se tornar um cliente inadimplente é menor.
Como você viu, entender o que é CET é fundamental para identificar o financiamento imobiliário que oferece as condições mais interessantes e realizar um bom planejamento financeiro. Não deixe de analisar o custo efetivo total antes da assinatura do contrato.
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