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IPVA, IPTU, IR, com certeza essas letrinhas você já conhece e facilmente se lembra do que se trata, pois elas sempre estão presentes na sua vida. Mas hoje vamos explicar o que é e como funciona o IOF, que incide sobre diversas operações financeiras.

O IOF é uma palavra que você pode não saber o significado, mas com certeza já deve ter pago em alguma compra. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide em diversas  operações de crédito, câmbio e seguro.

Além dessas, o IOF também está presente em qualquer operação titular e de valores imobiliários, como bolsa de valores ou fundo imobiliário. Sim, o IOF também aparece em alguns investimentos.

Por ser um tributo nacional, o IOF basicamente incide sobre a maior parte das operações financeiras realizáveis e tem o objetivo de controlar e acompanhar onde estão as ofertas e demandas por crédito no país, além de gerar receita para a União.

Taxas de IOF

Na hora de fazer compras, muitas pessoas não prestam atenção nas taxas cobradas, como por exemplo, o IOF. Tem que ficar de olho no percentual do IOF que aparece no seu pedido de crédito. Até porque ninguém quer pagar mais do que deve, não é mesmo?

As taxas do IOF são cobradas por meio de uma porcentagem retirada do valor total da operação. A gente conhece isso pelo nome de “alíquota”.

Além disso, os impostos regulatórios como o IOF podem ser alterados a qualquer momento, sem a necessidade de passar por aprovação no Congresso Nacional. Isso facilita a ação do Governo para o controle do crédito.

Só para se ter uma ideia, por ser incidido em diversas operações, o IOF tem alíquotas, ou taxas, diferentes para cada uma delas conforme explicaremos adiante.

Quando é cobrado IOF?

Descubra a seguir quando o IOF é cobrado:

Cartão de crédito e cheque especial

Se acontecer algum imprevisto e você precise atrasar o pagamento da fatura do mês, fique ligado porque vai ter que pagar também IOF. A regra vale tanto para compras parceladas ou não.

A taxa cobrada em cartão de crédito pelos bancos, mas também no cheque especial, é de 0,38% mais a taxa de 0,0082% ao dia, até a dívida ser inteiramente quitada. E se, por um acaso, a compra foi feita no exterior com cartão de crédito, a taxa sobre para 6,38%.

Câmbio de moeda

Se você precisar enviar ou receber remessas do exterior, essa operação tem o custo de 0,38% de IOF. Já no caso de venda de moeda em espécie há a cobrança de 0,38% de IOF e de 1,1% de para a compra.

Seguros

Dependendo do tipo de seguro que você contrate, a taxa de IOF pode chegar até 25%. É isso mesmo!

Por isso, é interessante pesquisar bem antes de fechar o negócio e verifique quanto será cobrado de alíquota. Em seguros de carros, por exemplo, é cobrado 7,28% de IOF.

Empréstimos ou financiamento

Na hora de fazer um empréstimo ou financiamento já deve ter em mente que a operação vai ter o acréscimo de 0,38% de IOF mais a taxa diária de 0,0082% ao dia.

Investimentos

Sim, em alguns investimentos também há incidência do IOF. Vamos à listinha onde o IOF aparece: CDBs, Tesouro Direto e Fundos DI.

Vale lembrar que a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras nos investimentos segue tabela regressiva. Isto significa que quanto mais tempo deixar, menor será a alíquota, até chegar a zero.

Outro ponto legal de destacar é que o imposto é cobrado sobre o valor do rendimento. Isto é, sobre aquilo que você ganhou, não sobre o montante investido.

Exemplo:

Vamos a um exemplo para ilustrar melhor essa ideia de como funciona a cobrança de IOF nos investimentos. Se você tem um CDB que rendeu R$ 15 em 15 dias e decida resgatá-lo, seguindo a tabela regressiva de IOF, será cobrado R$ 7,50.

Isso acontece porque aos 15 dias a alíquota do IOF é de 50% sobre o rendimento. Fazendo a conta: 15 x 0,50 = R$ 7,50.

Agora imagine que o resgate fosse feito no primeiro dia de aplicação, a taxa de IOF poderia chegar a 96% do rendimento, resultando numa cobrança de R$ 14,40. Isso praticamente  zeraria seus ganhos.

Já no caso das LCIs, LCAs e poupança, esses tipos de investimentos são isentos da cobrança de IOF, independente do prazo do resgate. Já é legal considerar esse aspecto no caso de fazer uma aplicação e ter que retirar a grana com antecedência.

É super válido primeiro traçar qual será o objetivo daquele investimentos e ter antes uma reserva de emergência para não ter que resgatar a aplicação e ter que pagar o IOF.

Onde você paga o IOF?

Você ainda pode se perguntar onde é que paga o IOF, não é mesmo? O valor cobrado pelo IOF já está embutido no preço do serviço.

Assim, você não precisa sair correndo para fazer o pagamento da alíquota. A própria instituição financeira faz esse cálculo, conforme a operação realizada.

Viu só como é grande a abrangência do Imposto sobre Operações Financeiras? Imaginava tudo isso de como funciona o IOF? Agora é só ficar atento nas operações sobre as quais o imposto incide.

 

*Este artigo foi produzido pelo Gorila com exclusividade para o Portal André Bona.

 

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Robinson Dantas é CEO do Gorila Invest e possui mais de 18 anos de experiência no mercado financeiro. Além disso, é fundador da Iporanga Investimentos, onde era responsável pela gestão de risco e membro do conselho da holding FS2. Antes, passou pelo Morgan Stanley na área de Equity Derivatives Trading em Nova Iorque.

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