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Saber que existe uma garantia para parte dos seus investimentos é sempre uma boa notícia. E é exatamente para proteger os investidores pessoa física que existe o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) – que é acionado sempre que necessário.

Mas, você saber o que o FGC protege de verdade? É sobre isso que vou falar no artigo de hoje.

Se você tem dúvidas sobre como funciona este fundo garantidor e não sabe, com detalhes, o que o FGC protege de verdade, continue lendo este artigo e descubra como proteger e cuidar melhor do seu dinheiro e dos seus investimentos.

O que é o FGC?

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é o fundo que reúne instituições financeiras e tem o intuito de garantir depósitos e investimentos aos clientes em caso de falência do banco. Esta modalidade de funcionamento garante estabilidade ao sistema financeiro.

No caso de quebra de um banco, os investidores têm uma garantia de até R$250 mil por CPF por instituição, em uma garantia global de R$ 1 milhão a cada quatro anos. Isto é, se você utilizou R$ 750 mil em garantia nos últimos 3 anos, por exemplo, por conta da quebra de três bancos, você só terá disponível mais R$ 250 mil em um prazo de 4 anos.

Após este prazo, a garantia global é recomposta, e o consumidor volta a ter garantia de R$ 250 mil por CPF por instituição – limitada a R$ 1 milhão no total.

O que o FGC protege, afinal?

Mesmo que boa parte das pessoas que têm o hábito de fazer investimento já tenham ouvido falar em FGC, muita gente ainda tem dúvidas em relação ao que o FGC protege. Por isso, listarei a seguir o que o FGC protege de verdade, para que você possa ter maiores informações sobre o que está ou não protegido pelo fundo em relação à composição da sua carteira de investimentos e para que invista com mais segurança.

Confira!

Depósitos feitos em Poupança

Os depósitos em Caderneta de Poupança são protegidos pelo FGC, em um limite de ate R$ 250 mil por CPF. Isso significa que, se o banco no qual você tem aportes na poupança quebrar, você será ressarcido em até R$ 250 mil, respeitando sempre o limite global de R$ 1 milhão.

CDBs e RDBs

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) e o Recibo de Depósito Bancário (RDB) também são protegidos pelo FGC, tanto aqueles emitidos por bancos maiores quanto os CDBs e RDBs emitidos por bancos menores – também até o limite de R$ 250 mil por CPF por instituição.

Letras de Câmbio e outras “Letras”

Outras alternativas de investimentos protegidos pelo FGC são as Letras de Câmbio, Letras de Crédito Imobiliário, Letras do Agronegócio ou Letras Hipotecárias. Todos eles contam com a proteção do FGC, dentro das regras estabelecidas, em caso de problemas com a instituição financeira.

Dinheiro em conta corrente

Se você tem dinheiro na conta corrente em uma instituição financeira e o banco vier a ter problemas, você também pode ter o benefício do FGC até o valor de R$250 mil por instituição. Contar com a garantia do dinheiro disponível em conta corrente é uma das muitas proteções que o FGC oferece e pouca gente conhece.

Apesar disso, é preciso muita atenção, já que nem todas as instituições financeiras contam com a proteção do FGC. O dinheiro em conta corrente de corretoras, por exemplo, não é garantido pelo fundo.

Quais instituições são associadas ao FGC?

Para evitar este tipo de confusão, é importante saber quais são os tipos de instituições que são associados ao FGC e quais não são. Bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, Sociedade de Crédito Financiamento e Investimento, Sociedade de Crédito Imobiliário, Companhias Hipotecárias e Associações de Poupanças de Crédito, em geral, são associados ao FGC.

Se você, por exemplo, tem o hábito de investir por meio de uma plataforma de um banco de investimento, você consequentemente acaba tendo proteção do FGC para os valores disponíveis para aplicação. O mesmo não ocorre se o seu dinheiro permanece parado em uma conta de corretora – que não oferece esta garantia adicional ao investidor.

Vale lembrar que, apesar de os bancos comerciais oferecerem esta garantia do FGC aos seus clientes, eles também possuem taxas mais altas – em termos de rentabilidade – e custos mais elevados.

Isso não ocorre nos bancos de investimentos – sendo possível, portanto, optar por investir em plataformas semelhantes àquelas das corretoras com a vantagem de estar protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito.

Esta importante diferença evita o risco de liquidação, que representa o tempo desde que você transfere o dinheiro para a corretora até realizar seus investimentos. Se, neste período de tempo, houver algum problema com a corretora, você correrá riscos de perder o seu dinheiro.

Você pode conferir a listagem com nomes das instituições associadas no próprio site do FGC. Clique aqui e saiba mais.

Conclusão

Saber o que o FGC protege e não protege é muito importante para qualquer investidor, e pode ser uma informação fundamental para que o investidor escolha não apenas os melhores investimentos –de acordo com o seu perfil, mas também as plataformas que possam lhe oferecer maior segurança na hora de fazer seus aportes e deixar seu dinheiro.

E você, onde investe o seu dinheiro? Deixe seu comentário e compartilhe suas impressões e opiniões conosco!

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Artigo publicado originalmente em 3/10/2018 e atualizado em 8/02/2019.

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André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

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