A decisão de investir é bastante importante na vida de qualquer pessoa, pois significa que ela já está formando um patrimônio e que agora sua preocupação passa a ser qual a melhor forma de aplicar esse patrimônio com o objetivo de vê-lo multiplicar.
Mas, nesse momento, uma dúvida surge na cabeça de muita gente: qual a melhor forma de investir? Aonde consigo os investimentos com riscos adequados, mas que irão gerar uma boa rentabilidade? Ou ainda, com maiores riscos para acelerar os meus ganhos? Quais são os melhores investimentos atualmente?
A alocação de produtos no mercado financeiro sempre foi feita através da montagem de uma carteira de investimentos para cada investidor, selecionando-se os melhores produtos do mercado (ou assim considerados) e de acordo com o perfil de risco desse investidor.Esses aspectos são importantes, claro, mas aos poucos esse modelo tradicional da forma de investir vem mudando no mercado.
Investimento baseado em objetivos
Há alguns anos surgiu nos Estados Unidos um conceito bastante diferente para a decisão de se investir, batizada de Goal-Based Investing (GBI) – que em português significa Investimento Baseado em Objetivos – e que vem mudando esse cenário por lá.
Esse conceito surgiu porque se percebeu que os investidores estavam ficando mais exigentes e suas preocupações principais não se limitavam mais a saber se a rentabilidade de seus investimentos estavam superando um benchmark de mercado. Na verdade, eles queriam era saber se com aqueles investimentos que já possuíam conseguiriam garantir sua aposentadoria em 30 anos e quanto ele precisaria poupar mensalmente para atingir esse objetivo, por exemplo.
Ou seja, no GBI o reconhecimento dos objetivos da pessoa passa a ser mais importante do que o retorno esperado de um investimento. A performance é medida pelo atingimento dos objetivos pessoais do investidor e não por rentabilidade.
As vantagens e benefícios deste conceito
E quais os benefícios desse tipo de abordagem? Em primeiro lugar, dessa forma a pessoa passa a ter uma chance muito maior de atingir suas metas, já que seus investimentos ficam atrelados a cada objetivo. Depois, ela tem uma visão muito mais clara do status de sua vida financeira relativa aos seus objetivos futuros.
Assim, com o passar do tempo ela consegue monitorar se cada investimento está no rumo certo para atingir o objetivo determinado e calibrar sempre que necessário visando alcançar o que foi proposto lá atrás.
E para que o processo seja conexo por inteiro, o prazo de vencimento de cada investimento deverá estar alinhado ao prazo de realização desejado para cada objetivo. Isto é, para um objetivo de longo prazo o investimento para este objetivo também deverá seguir a mesma lógica de tempo e ser um investimento de longo prazo, e assim por diante (sempre respeitando o perfil de risco de cada um).
Assim, uma nova lacuna vem sendo aberta no processo de orientação financeira mais voltada à área comportamental, preocupada com a realização de sonhos e objetivos de cada pessoa, em contrapartida à teoria tradicional de alocação de ativos até então utilizada.
Para aqueles que tenham interesse em conhecer melhor essa nova abordagem, já existe hoje muito material disponível na internet sobre o GBI (a maioria em inglês), além claro de obter informações com um planejador financeiro ou um assessor independente de investimentos.