A bolsa de valores B3 (antiga BM&FBovespa) negocia, deste a última segunda-feira (10), o primeiro ETF de Renda Fixa do país. Desenvolvido pelo grupo sul-coreano Mirae Asset Global Investments, em conjunto com a S&P Dow Jones Indices, o novo fundo de índice tem como objetivo despertar o interesse de investidores que têm perfil para investimentos em renda fixa.
Os ETFs (Exchange Trade Funds) são fundos de índice negociados em bolsa que espelham o desempenho de um determinado índice. O primeiro ETF de Renda Fixa do Brasil é lastreado ao Contrato Futuro de Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia (DI1) – com avaliação dos últimos 3 anos. De acordo com o diretor da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer, a rentabilidade média do DI1 é de 1% ao mês.
O banco BTG Pactual foi escolhido para ser o formador de mercado do novo ETF de Renda Fixa da Mirae. O objetivo do banco de investimentos é fomentar a liquidez do fundo, garantindo a disponibilidade de de compra e venda de cotas do ETF sempre que houver demanda.
Para o diretor de Relacionamento com Clientes Brasil da B3, Felipe Paiva, o ETF de Renda Fixa contribuirá para o desafio de “consolidar a educação financeira no país”. Ainda segundo ele, o novo fundo de índice traz “uma série de vantagens, como o valor baixo e acessível a todos os investidores”.
Como investir no ETF de Renda Fixa?
As cotas do novo ETF de Renda Fixa são negociadas na B3 de maneira semelhante às ações. Ao adquirir cotas do fundo de índice, o investidor passa a ter acesso a todos os ativos de renda fixa da carteira teórica do índice de referência – aumentando a diversificação da sua carteira sem que seja necessário realizar aportes de alto valor.
Para investir no ETF de renda fixa, é possível adquirir um lote mínimo de 10 cotas, cujo valor inicial de lançamento foi fixado em R$ 10,00 por cota no mercado secundário – ou seja, um investimento inicial mínimo de R$ 100,00. No mercado primário, o lote padrão será de 100 mil cotas, com valor mínimo de R$ 1 milhão para investimento – ajustado de acordo com a variação do valor da cota.
A alíquota de Imposto de Renda para este tipo de investimento é fixa, em 15% sobre a rentabilidade – diferente de boa parte dos investimentos em renda fixa, cuja tributação segue uma tabela regressiva de acordo com o tempo de aplicação – variando de 22,5% a 15%.
Além desta tributação de IR, no entanto, há incidência de taxa de administração – de 0,3% ao ano – e eventuais corretagens sobre a operação para se investir no ETF de Renda Fixa. Por isso, é preciso que o investidor – sobretudo aquele que realiza pequenos aportes periodicamente – faça contas para verificar se o investimento vale a pena em comparação a outras modalidades disponíveis.
Em sua estreia na B3, na última segunda-feira (10), o ETF avançou 0,50%.
Novo ETF a caminho
O ETF de Renda Fixa da Mirae é o primeiro deste tipo a ser disponibilizado no mercado nacional. A exclusividade do ETF, no entanto, deverá manter-se apenas até o início de 2019, quando chegará à bolsa brasileira um outro ETF de Renda Fixa: o ID ETF.
O fundo de índice ID ETF, apoiado pelo Banco Mundial e pelo Tesouro Nacional, terá o Itaú Unibanco como gestor – que venceu o edital lançado no mês de maio. Diferente do fundo da Mirae, o ETF do Tesouro espelhará o Índice de Mercado Anbima (IMA-B), composto por títulos públicos indexados à inflação.
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