Ao buscar formas de se expor à renda fixa, você encontrará diferentes oportunidades no mercado financeiro. Entre elas, estão modalidades coletivas de investimento, como o ETF e o fundo de renda fixa.
No entanto, para escolher a opção mais alinhada às suas preferências e necessidades, é preciso conhecer as características de cada uma delas. Dessa forma, a sua análise será mais completa, embasando a tomada de decisão.
Neste artigo, você entenderá as diferenças entre um ETF de renda fixa e um fundo de investimento de renda fixa. Continue a leitura e confira!
O que é um ETF de renda fixa?
ETF é a sigla para exchange traded fund, também conhecido no Brasil como fundo de índice. Trata-se de um investimento coletivo com o objetivo de espelhar os resultados de um indicador de mercado previamente estabelecido.
Assim como outros fundos de investimento, o ETF conta com um gestor profissional que fica responsável pela administração do patrimônio. Ele deve fazer as negociações necessárias para replicar a carteira teórica do índice de referência.
No caso do ETF de renda fixa, o indicador previamente escolhido deve ser dessa classe de investimento. Para participar dos resultados do fundo de índice, o investidor deve adquirir cotas — que são negociadas na B3 (a bolsa de valores brasileira).
O que é um fundo de renda fixa?
Os fundos de renda fixa também são veículos de investimento coletivo cujo patrimônio é gerido por um gestor profissional. O processo de criação de um novo fundo envolve o lançamento de um prospecto, que apresenta todas as informações mais relevantes sobre a modalidade.
Ao consultar o documento, você terá acesso às estratégias de alocação da carteira, ao objetivo do fundo, entre outras informações. Para participar dos seus resultados, é preciso comprar cotas da modalidade via plataforma das instituições financeiras.
A carteira dos fundos de renda fixa é composta majoritariamente por títulos e investimentos dessa classe. Nesse sentido, a depender da estratégia específica, o portfólio do veículo pode ser composto por:
- títulos públicos;
- debêntures;
- certificados de depósito bancário (CDBs);
- letras de crédito do agronegócio (LCAs) e imobiliário (LCIs);
- certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs) e imobiliários (CRIs);
- entre outros.
Como cada fundo tem uma estratégia de alocação e objetivos, ele pode compor seu portfólio com diferentes títulos. Por fazer parte da renda fixa, a rentabilidade desses fundos tende a ser previsível, conforme as estratégias seguidas.
Outra informação relevante sobre os fundos de renda fixa é a sua liquidez — isto é, a velocidade com a qual você pode resgatar o que investiu. Existem veículos com liquidez diária, de forma que o resgate das cotas pode ocorrer em qualquer dia útil, ou com períodos específicos para resgate.
Como ETFs de renda fixa e fundos de renda fixa se diferenciam?
Depois de entender os conceitos relacionados aos ETFs de renda fixa e fundos de renda fixa, vale esclarecer as diferenças entre eles.
Veja quais são os aspectos principais!
Tipo de gestão
Os ETFs são veículos de investimento com gestão passiva. Isso porque eles não visam superar o desempenho do benchmark, apenas refletir a sua performance. Já os fundos de renda fixa podem ter tanto gestão ativa quanto passiva.
Na gestão ativa, o gestor precisa atuar ativamente para obter ganhos acima do índice de referência. Nesse caso, o objetivo é potencializar a rentabilidade da carteira do fundo.
Taxas
Em geral, quem investe por meio de um fundo de investimento precisa pagar uma taxa de administração. Ela serve para remunerar o gestor e cobrir os custos da administração do veículo.
A taxa de administração de um fundo de gestão passiva tende a ser menor que a de um fundo de gestão ativa. Além disso, essa segunda modalidade costuma cobrar uma taxa de performance quando a rentabilidade supera o benchmark estabelecido.
Tributação
Nos ETFs de renda fixa, o Imposto de Renda (IR) varia de 25% a 15%, conforme a duração média dos títulos que compõem a carteira do fundo. A alíquota é aplicada ao ganho de capital e o montante é descontado na fonte quando há a venda das cotas. Ademais, não há aplicação de come-cotas.
Já nos fundos de renda fixa, a tributação segue a tabela regressiva do IR. Além disso, há a incidência do imposto come-cotas nesses veículos e do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), se o resgate das cotas ocorrer em um período inferior a 30 dias do aporte.
Forma de investir
Conforme você viu, os ETFs de renda fixa são negociados na bolsa de valores. Já os fundos de renda fixa são encontrados nas plataformas das instituições financeiras. Por isso, para ter acesso a diferentes veículos, é necessário ter conta em um bom banco de investimentos.
Riscos
Apesar de poder seguir índices de renda fixa, todo ETF faz parte da renda variável. Logo, o preço das suas cotas está exposto à oferta e demanda dos investidores. Essa característica traz maior exposição à volatilidade e aos riscos do mercado.
Já o nível de risco dos fundos de renda fixa depende dos títulos que fazem parte do portfólio de cada um deles. Vale saber que nenhuma das duas modalidades é coberta pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege algumas aplicações de renda fixa.
ETF de renda fixa x fundo de renda fixa: qual escolher?
Agora você sabe o que são ETFs e fundos de renda fixa. Para decidir em qual investir, o primeiro passo é determinar o seu perfil de investidor. Afinal, é preciso entender o seu nível de tolerância ao risco para definir qual investimento se alinha melhor às suas expectativas.
Um investidor de perfil conservador, por exemplo, pode preferir um fundo de renda fixa, enquanto os arrojados suportam os riscos da renda variável. Além disso, é preciso considerar os seus objetivos financeiros.
Se o plano é alocar a reserva de emergência, investidores de todos os perfis podem se beneficiar do investimento em um fundo DI, por exemplo. Isso porque as principais características dessa alternativa são a segurança e alta liquidez.
Por outro lado, quem pretende rentabilizar o patrimônio e investir com foco no longo prazo, pode se interessar pelos ETFs de renda fixa ou fundos com títulos de maior risco. Ademais, não é preciso escolher entre uma ou outra alternativa, pois ambas podem ser usadas para compor uma carteira de investimentos diversificada.
Neste artigo, você aprendeu quais são as diferenças entre ETF de renda fixa e fundo de renda fixa. Com esse conhecimento, fica mais simples analisar qual alternativa se alinha melhor ao seu perfil e objetivos. Entretanto, não deixe de fazer avaliações mais completas para escolher o melhor fundo para investir.
Gostou do conteúdo? Então complemente seu conhecimento e entenda o que é preciso saber antes de investir em renda fixa!