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Investir em renda fixa é uma alternativa atrativa para muitos investidores. Afinal, além de se caracterizarem pela segurança e previsibilidade, os títulos dessa classe podem ter rentabilidade atrativa em períodos de altas dos juros.

Embora épocas de elevação na inflação e nas taxas do mercado possam ser negativas para o mercado consumidor, há diversos investimentos com rentabilidade atrelada a esses indicadores. Desse modo, você pode se proteger e lucrar com o movimento de alta.

Para isso, é necessário saber como começar a investir em renda fixa. Assim, acompanhe a leitura deste artigo e conheça 5 dicas práticas!

O que é a renda fixa?

Antes das dicas, você deve entender o que é a renda fixa. Mesmo essa sendo uma classe de investimentos popular, muitos investidores podem ter dúvidas sobre as características centrais dela.

Os investimentos de renda fixa são aqueles que apresentam uma regra sobre a sua rentabilidade. Isto é, antes mesmo de realizar a aplicação, o investidor sabe de antemão como se darão os seus rendimentos.

Nesse sentido, a rentabilidade pode ser de três maneiras:

  • prefixada: os juros são apresentados no aporte e permanecem fixos até o vencimento;
  • pós-fixada: o rendimento está atrelado a uma taxa do mercado e só será conhecido no resgate ou vencimento do título;
  • híbrida: combina uma rentabilidade pós-fixada com uma taxa prefixada.

Ademais, os títulos de renda fixa se diferenciam de acordo com o seu emissor. Ele pode, por exemplo, ser público. Isso acontece quando o Governo é seu emissor — como é o caso das aplicações do Tesouro Direto.

Bancos e instituições financeiras também podem emitir títulos de renda fixa. Nesse cenário, eles são chamados de títulos privados — e um exemplo é o certificado de depósito bancário (CDB).

Por último, existem os títulos de crédito privado. Alguns exemplos são as debêntures e os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), cujos emissores são empresas e securitizadoras, respectivamente.

Qual é o melhor momento para investir em renda fixa?

Como você viu, os investimentos na renda fixa se caracterizam por sua previsibilidade. No entanto, para identificar o melhor momento de investir em renda fixa, pode ser interessante analisar o contexto do mercado.

Isso acontece porque há muitas alternativas com rentabilidade atrelada a indicadores e taxas da economia brasileira. Dessa maneira, quando os índices se elevam, os títulos podem se tornar mais atrativos.

Em 2022, por exemplo, a taxa Selic chegou a 13,75% ao ano. Com isso, o Tesouro Selic passou a render essa porcentagem. Além disso, títulos atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) registraram alta na rentabilidade.

Outro aspecto de destaque são os números registrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse é o indicador oficial da inflação no Brasil e serve de referência para muitos títulos híbridos de renda fixa.

No entanto, falar dos juros altos não significa que a renda fixa só vale a pena nesse cenário. Também é possível encontrar resultados positivos investindo em contextos de juros mais baixos. Por isso, o melhor momento para investir em renda fixa depende da sua estratégia e necessidades.

5 Dicas para começar a investir em renda fixa

Entendeu as principais características dos investimentos em renda fixa? Agora confira 5 dicas para você realizar essas aplicações da melhor forma!

1.      Conheça seu perfil de investidor e seus objetivos

A primeira dica consiste em conhecer seu perfil de investidor. De forma mais comum, os investimentos em renda fixa são indicados para investidores de perfil conservador ou moderado. No entanto, há mais aspectos a serem considerados.

Investidores arrojados, por exemplo, também podem aplicar em títulos dessa classe. Mesmo tendo maior tolerância aos riscos, esses investidores podem precisar de segurança em parte da carteira. Nesse caso, os títulos atuariam para equilibrar riscos.

Além de considerar o seu perfil, definir objetivos e prazos são outras etapas importantes na decisão de investimento. Os seus objetivos servirão como guias para orientar a análise dos títulos e o entendimento sobre como eles se comportarão no portfólio.

Ainda, é válido ter em mente que boa parte das alternativas de renda fixa conta com um prazo de vencimento. Como muitas vezes será preciso respeitá-lo, é necessário escolher títulos que estejam em concordância com suas metas.

2.      Analise as alternativas do mercado

A segunda dica é analisar as alternativas disponíveis. Como você viu, os investimentos em renda fixa não se diferenciam apenas pela rentabilidade, mas também pelo seu tipo de emissor, prazos, liquidez etc.

Dessa maneira, é importante que você considere o funcionamento de cada título para encontrar aqueles que apresentam maior aderência com o seu perfil, objetivos e necessidades.

3.      Entenda a tributação

Ao escolher onde investir em renda fixa você deve considerar a tributação dos títulos. Isso acontece porque muitos produtos contam com a incidência do Imposto de Renda sobre os lucros. Para eles, a alíquota segue a tabela regressiva de acordo com o tempo da aplicação.

No entanto, existem alternativas isentas de IR. Normalmente, essa vantagem está em títulos atrelados ao setor de imóveis e ao agronegócio. Nesse caso, a isenção é usada como uma forma de incentivo para atrair novos investidores.

4.      Considere os riscos

Embora os títulos de renda fixa sejam alternativas conservadoras, existem riscos envolvidos. Os produtos de crédito privado, por exemplo, não contam com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — que cobre algumas alternativas emitidas por bancos e instituições financeiras.

Outro risco é a marcação a mercado. Ela consiste na oscilação de preços de produtos de renda fixa até seu vencimento — o que pode gerar uma desvalorização na aplicação. Por isso, um resgate antecipado de certos investimentos pode gerar prejuízos.

5.      Avalie os juros do mercado

Por fim, para começar a investir em renda fixa você deve avaliar o contexto do mercado financeiro. Como vimos, o cenário de juros no Brasil costuma impactar essa classe. Assim, lembre-se de considerar aspectos e projeções da economia antes de iniciar seus aportes.

Você acabou de ver que investir em renda fixa pode ser positivo por seus aspectos de previsibilidade e segurança. No entanto, é necessário considerar determinados pontos antes de começar a investir. Por isso, essas 5 dicas podem contribuir com seu processo de decisão!

Quer conhecer mais sobre indicadores do mercado? Saiba o que é o IPCA!

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