3 minutes

Clique e solicite a sua assessoria de investimentos »

Olá!

Todo investimento tem risco. A poupança, o tesouro direto, ativos de renda fixa, como CDBs, LCAs, LCIs, fundos de investimentos, fundos imobiliários, ações e etc… Todos possuem risco!

Porém, existem diferentes tipos e níveis de risco e é importante saber identificar qual é o risco preponderante de cada investimento.

Entenda o risco de crédito

O risco de crédito é aquele que se relaciona com a capacidade de um tomador de recursos de devolver esse recurso, nas condições acordadas, ao aplicador.

Se você resolve emprestar 20 mil reais para o seu cunhado, qual é o risco preponderante? O risco de ele não lhe devolver o valor. Esse é o chamado risco de crédito.

As aplicações de renda fixa são exatamente isso: a possibilidade de um investidor emprestar seu dinheiro ao governo, a instituições financeiras ou a empresas, recebendo o valor de volta acrescido de uma taxa de remuneração.

Portanto, o risco de crédito se refere justamente a capacidade de um investidor receber de volta o dinheiro fruto de uma aplicação de renda fixa.

Exemplos de aplicações e risco de crédito

Investidor investe na poupança
Risco: risco de o banco quebrar

Investidor investe no Tesouro Direto
Risco: risco de o Governo quebrar

Investidor investe num CDB de um banco
Risco: risco de o banco quebrar

Investidor investe numa debênture de uma empresa
Risco: risco de a empresa quebrar

Em todos esses casos o risco preponderante está associado, da mesma forma como no caso do seu cunhado, a capacidade que o tomador possui de devolver o recurso que o investidor aplicou. Ou seja: risco de crédito.

Entendendo o nível de risco de crédito

Como expliquei no início, não existe investimento sem risco. Porém existem níveis de risco de crédito diferentes.

O risco de o governo quebrar, embora seja muito pequeno, não é zero. Logo, ao investir seus recursos no tesouro direto, você possui o menor nível de risco de crédito à disposição.

Justamente por isso, a rentabilidade dos investimentos tende a aumentar na medida em que você procura investimentos com maior risco de crédito. Não faz sentido que você faça um investimento com mais risco recebendo uma rentabilidade igual ou inferior a um investimento com menos risco.

O risco de crédito pelo tipo de emissor

Simplificando e considerando os possíveis emissores, temos 3 tipos de risco de crédito:

1- Títulos de emissão pública: são os títulos de emissão do governo, portanto com menor risco de crédito

2- Títulos de emissão bancária com garantia do FGC: poupança, RDBs, CDBs, LCIs, LCAs, LCs, DPGE e etc – esses ativos são emitidos por bancos e outras instituições financeiras e, mesmo no caso de quebra do emissor do título, existe uma garantia de até 250 mil por CPF e por Instituição que protege o investidor. No caso das DPGEs, essa proteção sobe para 20 milhões.

3- Títulos de emissão de emissão de empresas não financeiras: debêntures, CRIs, CRAs, etc – esses ativos são emitidos por empresas/instituições não financeiras e não possuem a garantia do FGC.

Portanto, de acordo com o tipo de emissor é possível ter noção do nível do risco do investimento.

A escala de risco de crédito por instituição

Mesmo dentro do mesmo tipo de emissor, existem diferentes riscos associados a cada instituição individualmente. Embora os títulos de emissão bancária tenham a garantia do FGC, mesmo assim, não significa que um banco grande tenha o mesmo nível de risco de um banco pequeno. E isso pode ser verificado no rating das instituições concedido pelas agências de classificação de risco.

Da mesma forma como as agências classificam os países em níveis de risco, elas também classificam bancos e empresas. Basta que sejam contratadas para isso.

Assim, o investidor pode também saber qual é a nota de risco de um determinado banco ou empresa e tomar sua decisão de investimento.

Leia o artigo “grau de investimento” para saber um pouco mais sobre as notas de crédito das agências de classificação de risco.

Cuidado com o rating das agências

O rating concedido pelas agências pode ser um norte de avaliação de risco de instituições, empresas ou mesmo do governo, no entanto, elas não representam certeza absoluta de nada. Devem ser entendidas apenas como referências.

Conclusão

O risco de crédito é, portanto, o risco preponderante quando se fala em investimentos em renda fixa. Porém existem outros tipos de riscos que falaremos em outros artigos.

Grande abraço,

André Bona

Share.

André Bona possui mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, tendo auxiliado milhares de investidores a investir melhor seus recursos e é o criador do Portal André Bona - site de educação financeira independente.

5 Comentários

  1. Bom dia, gostaria de saber se o risco de crédito se aplica a ações. Fiz um simulado que errei uma questão, que a resposta certa era a que “ações possuem risco de crédito e de mercado”. Obrigada

    • Ações não são promessas de pagamento, são partes da empresa, então não tem “risco não ser pago”, tem somente risco de a empresa perder o valor ou quebrar. Dessa maneira, você não consegue vender pelo valor que quer, ou morre com ações de uma empresa que faliu, neste caso valor zero. É o que a colega mencionou, o risco do mercado.

Leave A Reply