26/10/2017
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, na última quarta-feira (25) a taxa básica de juros brasileira – Selic para 7,5% ao ano. A redução de 0,75 ponto percentual levou a taxa Selic ao menor patamar desde abril de 2013.
Este foi o nono corte seguido da taxa de juros pelo Banco Central, que vem acontecendo desde 2016. Nos últimos quatro encontros do Copom, no entanto, os cortes foram de 1 ponto percentual em cada um deles – o que mostra uma desaceleração nos cortes da Selic pelo Comitê.
A redução da taxa básica de juros da economia brasileira de 8,25% para 7,5% ao ano já era esperada pelo mercado. A partir de agora, no entanto, existem dúvidas quanto à continuidade ou o término do forte recuo da taxa Selic pelo Banco Central vista nos últimos encontros.
Projeções para o futuro
A maior parte dos analistas do mercado acredita que ainda há espaço para recuo da Selic nos próximos meses. A aposta é que a taxa chegue ao patamar de 7% ao ano no final de 2017 – o que representaria uma mínima histórica da taxa. Isso porque, em comunicado ao mercado, o Banco Central apontou para um corte de 50 pontos na próxima reunião do Copom, que acontece no mês de dezembro.
“Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme o esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária”, disse o Banco Central, em nota.
A divergência entre os analistas, no entanto, se dá quanto ao nível mínimo que a Selic poderia chegar até 2018. Não existe ainda um consenso dos especialistas do mercado quanto à possibilidade da Selic cair a níveis inferiores a 7% ao ano ou se manter neste patamar – previsto para dezembro – ao longo de 2018.
Onde investir com a queda da Selic?
Uma das principais dúvidas que surgem nos investidores quando a taxa Selic cai é quanto aos rendimentos dos investimentos e as melhores opções para aplicação. Existem, no entanto, alguns investimento que podem se tornar boas opções para os investidores em momentos de Selic mais baixa.
Os títulos públicos e privados prefixados, como o Tesouro Prefixado (LNT), Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), etc, podem ser boas opções em tempos de queda na taxa de juros. CDBs de bancos menores – que oferecem opção de alto retorno do investimento e que são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) – e ativos indexados à taxa Selic também são interessantes para compor a carteira.
Já no mercado de ações, ativos ligados à infraestrutura em geral e de varejo, como ativos de construtoras e de empresas ligadas à concessão de rodovias, administradoras de shoppings centers, companhias de vestuário e bebidas, entre outras,podem valer a pena no médio e longo prazo. Apesar de mais arriscadas, as debêntures também podem se tornar opções interessantes para investidores com maior apetite ao risco.
Ainda tem dúvidas sobre onde investir em tempos de Selic mais baixa? Então confira este artigo e saiba mais sobre o assunto!