Todo investimento apresenta riscos ao investidor — até mesmo os mais conservadores, como os títulos de renda fixa. Dessa maneira, é preciso analisá-los e criar estratégias para conseguir reduzir os seus impactos. Isso é feito com o gerenciamento de risco.
Com ela, é possível trazer equilíbrio para a sua carteira e mitigar as variáveis que poderiam gerar impactos negativos para os seus investimentos. Assim, você terá a oportunidade de montar um portfólio mais estratégico.
Neste post, você verá como fazer uma gestão de riscos e por que ela é tão importante para os investidores. Confira!
Por que o gerenciamento de risco é importante para os investidores?
A gestão de riscos envolve compreender quais são as ameaças que existem em seus investimentos e como lidar com elas para evitar prejuízos. Dessa forma, ela pode ser aplicada em setores variados, como na administração de empresas, no planejamento financeiro pessoal e nos investimentos.
Ao investir fazendo o gerenciamento de riscos, é possível minimizar os impactos da volatilidade do mercado, por exemplo. Afinal, esse é um dos fatores que podem afetar os rendimentos obtidos pelo investidor.
Porém, para que seja possível gerenciar as possibilidades, é preciso entender como identificar as possíveis ameaças em determinados cenários. A partir disso, o investidor pode avaliar as chances de que o cenário se concretize e, se for o caso, buscar medidas que equilibrem a carteira.
Sem essa gestão, por outro lado, o investidor pode ser surpreendido por resultados negativos diante de certas movimentações do mercado. E sem medidas que busquem trazer equilíbrio, as chances de realizar os prejuízos se tornam mais elevadas.
Diante disso, o gerenciamento de riscos permite analisar melhor as alternativas para tomar decisões mais acertadas nos aportes. Ainda, viabiliza encontrar formas de mitigar ou evitar os seus impactos no patrimônio.
Como fazer um gerenciamento de riscos de forma prática?
Agora que você aprendeu o que é o gerenciamento de risco e a sua importância, confira 5 passos para colocá-lo em prática!
Entenda os riscos
Para começar, é preciso entender quais são os tipos de riscos existentes no mercado financeiro. Assim, você terá condições de identificá-los em cada alternativa. Veja só:
- risco de mercado: trata das mudanças que afetam o mercado financeiro, como a alta do dólar ou a mudança da taxa Selic;
- risco de liquidez: se refere às possíveis dificuldades que o investidor pode ter para converter o investimento em dinheiro;
- risco de crédito: se refere ao risco de inadimplência.
Cada investimento pode estar exposto a diferentes riscos e em intensidades variadas. Logo, é preciso entender as características de cada um e identificar quais desses riscos podem afetar sua carteira.
Entenda a tolerância que você tem aos riscos
Além de compreender os tipos de riscos, é importante identificar o seu nível de tolerância a eles. Para isso, vale conhecer o seu perfil de investidor. Existem três classificações possíveis:
- conservador: prioriza a segurança nos investimentos, ainda que isso limite os rendimentos;
- moderado: ainda preza pela segurança, mas é um pouco mais dinâmico ao considerar ativos com um certo risco para ter mais rentabilidade, principalmente em um longo prazo;
- arrojado: prioriza a rentabilidade, mesmo que isso signifique se expor a riscos maiores.
Definindo o seu perfil, ele poderá servir como um guia para auxiliar nas decisões da sua carteira. Porém, lembre-se de que isso não deve ser um limitador: a análise deve ser feita considerando também os objetivos de cada aporte e o prazo de cada um, como você verá adiante.
Faça um bom planejamento
O próximo passo é definir quais estratégias você adotará para tentar diminuir os riscos presentes em sua carteira de investimentos. Aqui, você pode elencar os pontos fracos do seu portfólio e procurar melhorá-los.
Nesse planejamento, tenha também os seus objetivos bem traçados, para focar neles ao pensar como gerenciar os seus riscos. Afinal, toda a estratégia de investimento é voltada para um ou mais objetivos do investidor.
Aprenda a utilizar estratégias que equilibram os riscos
Para equilibrar os riscos de sua carteira, é essencial utilizar estratégias específicas, como a diversificação de investimento. A ideia aqui é contar com uma variedade de títulos e ativos, com características diversas sem relação à rentabilidade, aos riscos e à liquidez.
Dessa maneira, se determinado investimento apresentar resultado negativo, é possível que os outros compensem as perdas. Também existem chances de que eles mantenham a margem de lucro para o investidor.
Isso é feito em conjunto com os demais passos que você conferir. Afinal, entendendo seu perfil, sabendo seus objetivos e os tipos de risco que cada investimento oferece, surgem oportunidades para compor uma carteira mais equilibrada.
Acompanhe o mercado
Por fim, tenha em mente que acompanhar e estudar o mercado constantemente também pode contribuir para a saúde dos seus investimentos. Observe as variáveis que podem influenciar o desempenho da sua carteira e os movimentos do mercado.
Por exemplo, caso você invista em ações, fique atento também ao desempenho das empresas e os projetos realizados por elas. Visando o longo prazo, é importante garantir que a companhia mantenha os fundamentos que levaram ao aporte.
Sem esse acompanhamento, existe o risco de que o ativo deixe de se adequar a sua estratégia sem que você perceba. Portanto, ao avaliar a sua carteira, não se esqueça de fazer uma análise do mercado para decidir sobre novos aportes e eventuais resgates.
Agora você sabe como fazer o gerenciamento de risco de seus investimentos e a importância de fazê-lo constantemente. Lembre-se de que o mercado de investimentos traz riscos, mas é possível lidar com eles e construir uma estratégia sólida para a sua carteira.
Gostou deste artigo? Então aproveite para aprofundar os seus conhecimentos e descubra como montar uma carteira de investimentos!