Ao buscar gerenciar um negócio de maneira eficaz, é necessário acompanhar diversos resultados para avaliar a sua saúde financeira. Nesse sentido, a gestão deve monitorar o índice de solvência geral da empresa para entender a sua capacidade de cumprir com seus compromissos e crescer.
Ele consiste em um instrumento relevante para a longevidade do empreendimento, sendo capaz de revelar problemas e favorecer a sua resolução antes que eles se agravem. Portanto, trata-se de um grande aliado na administração dos recursos empresariais.
Neste artigo, você conhecerá as principais informações sobre o índice de solvência geral e descobrirá como realizar o seu cálculo. Boa leitura!
O que é solvência em um negócio?
A solvência em um negócio diz respeito à capacidade que uma empresa tem de cumprir com as suas obrigações financeiras no longo prazo. Portanto, a companhia é considerada solvente quando consegue pagar em dia as suas despesas — enquanto mantém reservas de capital.
Como consequência, o empreendimento assegura as suas atividades básicas, além de favorecer a lucratividade. Ao contrário, quando a empresa não consegue gerenciar as suas dívidas, ela é considerada insolvente.
Aqui, é relevante distinguir a solvência de uma empresa de sua liquidez. Embora os conceitos sejam semelhantes, os termos não são sinônimos. Nesse contexto, a liquidez está relacionada ao cumprimento de compromissos de curto prazo do negócio — ou seja, o seu passivo circulante.
Desse modo, a liquidez tem a ver com a capacidade do empreendimento de arcar com as despesas imediatas e manter as atividades de forma plena. A solvência, por sua vez, representa as condições que a empresa tem de atender às obrigações de longo prazo e se perpetuar.
Como o índice de solvência geral funciona?
Agora que você sabe o que é a solvência de uma empresa, e a diferença entre esse conceito e o de liquidez, é o momento de conhecer o índice de solvência geral. Como você aprendeu, o indicador deve ser acompanhado para entender a capacidade de cumprimento das obrigações de longo prazo.
Assim, ela pode ser verificada a partir de um índice que mede a probabilidade de a empresa arcar com os seus compromissos financeiros — o índice de solvência geral. Existem diferentes formas de realizar a medição, por exemplo:
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- endividamento total: identifica a relação entre os passivos de curto e longo prazo da empresa e os seus ativos totais;
- índice de cobertura de juros: baseia-se na diferença entre os lucros brutos (sem considerar impostos e juros) e as despesas incidentes de juros;
- coeficiente dívida-patrimônio: revela a dívida total da empresa em relação ao seu patrimônio.
Como calcular esse índice?
Após entender o funcionamento do índice de solvência geral, é o momento de aprender a realizar o seu cálculo. Em primeiro lugar, a gestão deve definir o recorte temporal para a análise. Desse modo, ela poderá cruzar as informações e identificar a sua solvência.
Considere que existem diferentes formas de chegar à informação. Uma delas considera os seguintes fatores:
- lucro líquido (ll): consiste no valor total arrecadado, descontando os impostos e outros custos;
- depreciação dos bens (dp): considera a perda de valor dos itens por conta do tempo de uso;
- passivos (p): são todas as dívidas do negócio em curto, médio e longo prazos.
A partir desses dados, a gestão pode chegar ao índice de solvência geral de um negócio. O cálculo é realizado a partir da seguinte fórmula:
Índice de solvência geral = (ll + dp) / p
Ciente do resultado, a empresa terá maiores informações a respeito da sua capacidade de pagamento dos compromissos, relacionando os seus ativos e os seus passivos.
Como interpretar os resultados do índice de solvência geral?
Com a leitura até aqui, você sabe o que é o índice de solvência geral, como ele funciona e como calculá-lo. Mas a gestão também deve entender como interpretar o indicador para verificar as eventuais providências necessárias.
Na fórmula que você aprendeu, se o índice estiver abaixo de 1, é sinal de que a companhia não tem recursos suficientes para cobrir as suas despesas de longo prazo. Portanto, trata-se de um alerta para a possibilidade de inadimplência, dificuldade de obtenção de crédito e outros problemas.
Já quando o resultado for 1, ele representa o equilíbrio entre os ativos e os passivos. Contudo, esse ainda não é um índice de solvência geral desejável — afinal, ele indica que não há margem de segurança para a empresa.
Por fim, se o índice estiver acima de 1, ele quer dizer que a empresa tem boa saúde financeira, apresentando ativos superiores aos seus passivos. Com isso, a companhia atende às suas obrigações com tranquilidade, enquanto mantém as suas reservas.
Por que acompanhar esse indicador?
Ao conhecer mais sobre o índice de solvência geral de uma empresa, você pode ter percebido que ele está vinculado ao cumprimento das obrigações financeiras do negócio. Isso deve ser feito sem comprometer os prazos e as cláusulas especificadas nos contratos firmados.
Logo, o indicador é relevante para conhecer a saúde financeira do empreendimento. Por meio do cálculo, os responsáveis podem identificar a necessidade de ajustes e redistribuição do capital. Portanto, eles têm dados para corrigir problemas antes do seu agravamento.
Ainda, essa é uma forma de manter uma boa imagem no mercado, aumentando a confiabilidade da marca. Nesse sentido, estar adimplente favorece a obtenção de melhores condições em negociações, acordos mais favoráveis e facilidade de acesso ao crédito.
Ao mesmo tempo, a liderança tem mais autonomia em suas decisões quando há uma margem de segurança proporcionada pelas reservas. Como resultado, a empresa pode investir no próprio crescimento, contribuindo para a longevidade e a expansão do negócio.
Entendeu o que é o índice de solvência geral de uma empresa e como realizar o cálculo? Como visto, o indicador tem grande importância para a gestão, sendo capaz de revelar informações sobre a situação financeira no longo prazo e viabilizar eventuais correções em tempo hábil.
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