É comum que os investidores iniciantes busquem por alternativas seguras ao começar a investir no mercado financeiro. Assim, eles podem evitar operar na bolsa de valores, por exemplo. Contudo, certas alternativas negociadas nesse ambiente podem ser atrativas mesmo para quem não deseja assumir maiores riscos — como o ETF IRFM11.
Esse é um fundo de índice de renda fixa, o que pode trazer maior segurança para sua carteira. Contudo, ainda existem riscos por ser uma modalidade da renda variável. Portanto, é necessário estudar as características do investimento antes de tomar sua decisão.
Se você ficou interessado e quer saber mais sobre o ETF IRFM11, acompanhe a leitura deste artigo!
O que é um ETF?
ETF é a sigla utilizada no mercado financeiro para fazer referência aos fundos de índice. Esses são fundos de investimentos que operam de forma semelhante aos demais. Ou seja, trata-se de uma modalidade coletiva cujos recursos são geridos por um profissional.
Por conta disso, quem investe em ETFs adquire cotas de participação negociadas na bolsa de valores brasileira (B3) para se expor ao portfólio montado pelo gestor. A peculiaridade dos ETFs está relacionada ao seu objetivo de replicar determinado benchmark.
Assim, dizemos que esses fundos têm gestão passiva. Ou seja, o intuito é apenas espelhar um índice de referência. Enquanto isso, os fundos de gestão ativa buscam superar a rentabilidade do indicador de mercado.
O que é um ETF de renda fixa e como funciona?
Depois de entender o que é um ETF, é necessário analisar como funcionam os ETFs de renda fixa. Afinal, essa é a categoria em que o IRFM11 está enquadrado, sendo fundamental entender o conceito para avaliar se essa é uma boa opção de investimento.
Os fundos de índice de renda fixa são aqueles que espelham um indicador referencial voltado a investimentos dessa classe. É possível, por exemplo, que o ETF tenha como referência o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou o IMA (Índice de Mercado ANBIMA).
Nesses casos, a composição do ETF será majoritariamente formada por títulos de renda fixa, públicos ou privados. A determinação de quais aplicações farão parte do portfólio cabe aos gestores, de acordo com o índice selecionado.
O que é IRFM11?
Agora que você compreende o que é um ETF de renda fixa, é possível analisar especificamente o IRFM11. Esse fundo de índice foi lançado na B3 em 2019 e é gerido pelo Itaú Unibanco. O seu objetivo é replicar o desempenho do IRF-MP2.
O indicador é calculado pela ANBIMA e representa uma carteira teórica composta por títulos públicos. É importante compreender que o índice IRF-MP2, na verdade, é um subíndice do IMA. Ele representa a evolução, em termos de preços de mercado, de uma carteira teórica que se assemelha ao portfólio que forma a dívida pública brasileira.
Com o intuito de retratar a variedade de títulos que existem, o IMA tem quatro subdivisões — uma delas é o índice IRF-MP2. Sua composição é focada em títulos públicos prefixados. Ou seja, aplicações com rentabilidade pactuada no momento da compra.
Então existem dois títulos que podem compor o indicador: os LTNs (Letra do Tesouro Nacional) e NTN-Fs (Tesouro Prefixado com Juros Semestrais). O índice também tem um mecanismo de controle de prazo, escolhendo aplicações que mantenham um prazo médio superior a 720 dias.
Quais as vantagens e desvantagens desse investimento?
Você compreendeu o que é o ETF IRFM11 e como funciona sua composição. Agora é hora de analisar algumas de suas vantagens e desvantagens. Afinal, esses são aspectos fundamentais que devem ser avaliados antes de investir.
Portanto, confira as informações a seguir!
Vantagens
Com relação às vantagens, o primeiro ponto que merece atenção é a diversificação que o ETF IRFM11 proporciona. Uma vez que ele engloba diferentes títulos do Tesouro Nacional, o investidor pode contar com uma variedade de produtos em seu portfólio com apenas uma cota do fundo.
Outro aspecto que merece atenção é o baixo custo para o investidor. Com o valor pago em uma cota é possível se expor a diferentes títulos de uma só vez. Caso você desejasse comprar os títulos separadamente, precisaria aportar mais dinheiro.
Ademais, você pode considerar como ponto positivo a praticidade ao investir. Afinal, as movimentações do fundo são realizadas pelo gestor profissional. Logo, o investidor não precisa decidir ou realizar as operações de compra e venda de títulos.
Desvantagens
Com relação às desvantagens, a principal delas está relacionada à existência de taxas no ETF. Uma vez que os fundos são administrados por uma gestora especializada, há cobrança por esse serviço.
Ademais, é preciso considerar o custo com Imposto de Renda (IR). Como esse é um ETF de renda fixa com prazo médio superior a 720 dias, a alíquota cobrada é de 15% do rendimento obtido no ganho de capital.
Outra desvantagem relevante é a possível volatilidade do preço das cotas. Ainda que ETFs de renda fixa apresentem menor oscilação se comparado com fundos de renda variável, a variação ainda ocorre. Isso porque eles são negociados na bolsa de valores, seguindo as dinâmicas do mercado.
Vale a pena investir nesse fundo de índice?
Você acabou de conhecer as vantagens e desvantagens do ETF IRFM11. Então pode começar a refletir se vale ou não a pena realizar esse investimento. Afinal, essa decisão cabe exclusivamente a cada investidor.
Portanto, para fazer uma boa escolha, é indispensável tomar certas precauções antes de investir. Confira!
Avaliar seu perfil de investidor
O perfil de investidor é o que permite a você identificar sua tolerância ao risco. A partir do teste de suitability, é possível perceber se seu perfil é:
- conservador: apresenta baixa tolerância ao risco, buscando investimentos que privilegiam a segurança, ainda que seja preciso abrir mão da possibilidade de altos rendimentos;
- arrojado: investidores que buscam melhores oportunidades de rentabilidade, estando dispostos a correr mais riscos;
- moderado: é um meio-termo entre os dois anteriores. Embora o investidor moderado esteja disposto a correr risco em busca de melhores rentabilidades, ele também procura opções seguras para alocar parte de seu capital.
Estabelecer objetivos financeiros
Além de identificar a sua tolerância ao risco, é necessário estipular objetivos financeiros para buscar investimentos alinhados a eles. Sem ter clareza com relação ao que deseja alcançar com o aporte, a possibilidade de tomar decisões equivocadas é bastante alta.
Como você viu, o ETF IRFM11 pode ser uma oportunidade interessante, principalmente para quem está buscando por alternativas com menos riscos. Contudo, antes de tomar sua decisão, lembre-se de estudar o investimento e analisar com cautela seu perfil e objetivos!
Ficou interessado nesse ETF e acredita que essa pode ser uma alternativa adequada para a sua estratégia? Deixe um comentário com sua opinião ou dúvida!