A tecnologia blockchain – utilizada pelo Bitcoin, já está começando a ganhar adeptos entre os bancos brasileiros. Após despertar o interesse de instituições financeiras ao redor do mundo, o blockchain conquistou o Itaú Unibanco, que vem adotando a tecnologia para uso em suas operações desde o mês passado.
O sistema foi implementado em janeiro pelo banco com o objetivo de registrar informações de contratos com derivativos de balcão – não sendo, portanto, direcionado a processos envolvendo pessoas físicas. De acordo com o diretor de operações do Itaú Unibanco, a instituição é a primeira brasileira a implementar uma solução pautada na tecnologia do blockchain.
A tecnologia blockchain
Apesar da maior parte das instituições financeiras do planeta procurarem manter distância das criptomoedas, a tecnologia por trás do Bitcoin e de outras moedas digitais têm conquistado bancos pelo mundo. O principal motivo desta tecnologia ser vista com bons olhos por grandes instituições é o modo como o blockchain registra e armazena informações e transações – que são criptografadas e alocadas em blocos de dados.
O sistema Blockchain – ou sistema de blocos – pode ser definido como um grande livro contábil, no qual são registrados diversos tipos de transações. Diferente de um livro físico, no entanto, estas transações são armazenadas devidamente criptografadas em diversos computadores ao redor do mundo., tornando quase impossível a tarefa de alterá-las ou apagá-las.
As transações que acontecem por meio dessa tecnologia são reunidas em cadeias de blocos, sendo que cada um destes blocos são ligados entre si e validados, individualmente, conforme vão sendo preenchidos por transações criptografadas – aumentando a segurança de cada transação.
Blockchain Collateral
No Itaú Unibanco a tecnologia é chamada de Blockchain Collateral, no qual são registrados dados de operações de derivativos negociados em balcão. Estas operações são contratadas por investidores que desejam se proteger da variação futura de um determinado ativo, e costumam gerar infindáveis discussões entre as partes.
Para facilitar o processo, o Blockchain Collateral registra todas as questões previamente definidas entre investidores contratantes – e o Itaú Unibanco neste processo envolvendo operações de derivativo, que ficam armazenadas – devidamente criptografadas – em um bloco de informações, e disponíveis para consulta sempre que necessário.
Diferente das criptomoedas, no entanto, o sistema blockchain utilizado pelo Itaú não possui uma cadeia de blocos, mas sim um único bloco. As informações ali registradas ficam visível apenas para as partes envolvidas – se diferenciando também neste aspecto da tecnologia original.
Segundo a instituição, o sistema implementado pelo Itaú Unibanco no mês passado está sendo utilizado, por enquanto, para contratos de derivativos de balcão com dois outros bancos – cujos nomes não foram revelados. A expectativa, no entanto, é que a tecnologia venha a ser utilizada, em breve, em outras operações.
Despertando interesses
Especialistas ao redor do mundo acreditam que a inteligência que sustenta as transações com o Bitcoin revolucione o mercado dos bancos e pagamentos digitais nos próximos anos, permitindo operações cada vez mais seguras em todo o planeta.
Além do Itaú Unibanco, grandes bancos mundiais, como o JPMorgan, Bank of America, Goldman Sachs, Credit Suisse, já estão investindo em projetos que permitam a implementação da tecnologia blockchain nos processos internos da instituição.
No ano passado, o Banco Central do Brasil (BC) publicou um estudo sobre a possibilidade de substituição do sistema de transferência interbancários no país pelo blockchain em caso de colapso da plataforma utilizada atualmente no Brasil.
Tecnologia em foco
É importante, ainda, destacar que, em meio à transformação digital na qual vivemos, o blockchain é uma importante ferramenta de segurança, mas não é a única. É preciso que as empresas, não importa seu tamanho, compreenda a importância de investir em tecnologia para se destacar em um mundo cada vez mais competitivo.
O site Mango Matter Media, por exemplo,destaca a importância de ter um bom provedor de hospedagem para um grande site. Somadas, essas ferramentas tecnológicas que fazem a diferença podem elevar qualquer negócio a outro nível e nos levar a uma nova era de transformação digital, não apenas no mercado financeiro, mas em todas as áreas, em todos os cantos do mundo.
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