O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão da estatal nesta sexta-feira (01). A informação foi confirmada pela Petrobras em nota, divulgada no final da manhã de hoje.

De acordo com a estatal – que não deu detalhes sobre os motivos que levaram Parente a deixar a presidência da companhia, a nomeação de um CEO interino deve ser examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ainda durante o dia de hoje.

A saída de Pedro Parente da Petrobras ocorre em meio à recente crise envolvendo o aumento nos preços dos combustíveis no país, que resultou no protesto e paralisação dos caminhoneiros nos últimos dias. A data, no entanto, também é emblemática: há exatos dois anos, em 1º de junho de 2016, ocorria a cerimônia de posse do ex-ministro como presidente da estatal.

Mandato de recuperação

Pedro Parente foi escolhido, em 2016, pelo presidente Michel Temer para comandar a Petrobras e substituir Aldemir Bendine. Sua missão e desafio era reduzir custos na estatal e ajudá-la a se erguer após o escândalo bilionário de corrupção descoberto no âmbito da Operação Lava Jato.

Os dois anos de Pedro Parente à frente da Petrobras foram marcados por importantes melhoras nos indicadores financeiros na empresa, que voltou a registrar lucro no primeiro trimestre deste ano após quatro anos de prejuízos consecutivos. Nos primeiros três meses de 2018, a companhia apresentou um lucro de R$ 6,9 bilhões e voltou a distribuir dividendos aos seus acionistas.

Nos últimos meses, no entanto, a política de preços adotada pela companhia há dois anos têm sido motivo de intensas discussões e críticas – principalmente pela flutuação diária dos preços dos combustíveis.

A Petrobras deve divulgar, nas próximas horas, maiores informações sobre a demissão de Pedro Parente e o nome do seu substituto interino no comando da estatal.

Quer aprender mais sobre investimentos e finanças? Então conheça o treinamento online “O Investimento Perfeito”. Clique aqui e saiba mais sobre o curso!