Quando falamos em riscos financeiros, nem sempre compreendemos o que de fato esse termo significa, muito menos quais são as suas reais implicações na economia. O assunto pode até mesmo parecer algo que só os especialistas em economia devem tratar.
Porém, ter uma boa compreensão do que são os riscos financeiros é importante não só para quem está começando a investir, mas também para todas as pessoas que desejam entender um pouco mais sobre o mercado financeiro. Afinal, podemos ouvir sobre esse tema nos jornais e não ter ideia do que isso significa na prática.
Continue acompanhando o artigo para saber um pouco mais sobre riscos financeiros e 5 tipos que você deve controlar para não perder dinheiro ou se afundar nas dívidas.
O que são os riscos financeiros?
Os riscos financeiros, em definição, são todas as possibilidades (variantes) que podem levar uma pessoa ou empresa a perder dinheiro, seja através de transações financeiras diversas ou investimentos. Basicamente, esses riscos sempre existirão em qualquer operação que envolve dinheiro. Por isso, é importante reconhecê-los e saber como minimizá-los.
Imagine que você está planejando abrir um novo negócio, por exemplo. Há sempre alguma probabilidade do investimento não dar o retorno esperado, certo? Pois isso faz parte dos riscos financeiros do seu investimento.
Outro exemplo que deixa fácil entender o que são os risco financeiros é a desvalorização de um bem ou produto. Nem sempre você consegue repassar uma compra pelo mesmo valor que gastou para adquiri-la, e esse é um risco financeiro que você corre durante a transação.
Os riscos financeiros também estão, muitas vezes, ligados a uma má gestão das finanças, já que a falta de informação é uma das maiores causas de endividamento. Esse, por sua vez, é frequentemente uma consequência de não calcular os riscos financeiros de transações e investimentos.
Os riscos financeiros de uma empresa
Os riscos financeiros de uma empresa, por exemplo, estão diretamente ligados aos investimentos que ela faz, além do seu próprio fluxo financeiro e organizacional.
Há diversos tipos de riscos financeiros que precisam ser analisados antes de um investimento, mas a regra para pensar em investir ou não em determinado negócio ou mercado é sempre a mesma: quanto maiores os riscos financeiros, maiores são as chances de perdas. Portanto, o risco precisa ser compensado pela possibilidade de ganhos.
5 tipos de riscos financeiros
Para saber como analisar as possibilidades e a segurança para um investimento, seja ele qual for, é necessário identificar quais os riscos financeiros existem, sempre a fim de minimizá-los ou evitar qualquer surpresa.
Os riscos financeiros, em se tratando de investimentos, por exemplo, podem ser classificados como: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado. Saiba mais sobre eles a seguir.
1. Riscos de Crédito
Os riscos de crédito são conhecidos por serem os mais comuns, já que essa alternativa está ligada à possibilidade de alguém não conseguir cumprir com os compromissos financeiros assumidos. Ou seja, se alguém deixa de pagar à você, seja um aluguel, a parcela de um empréstimo, uma compra, etc.
O risco está sempre envolvido com a capacidade de quem investe em receber de volta o dinheiro que aplicou. Por isso, esse risco de crédito também abrange aquele dinheiro que você investe em ações ou no Tesouro Direto, por exemplo. Afinal, se a companhia ou o governo quebrarem, nesses casos, você sai perdendo.
Para avaliar o risco de crédito, faça como os bancos e instituições financeiras fazem na hora de avaliar se um cliente terá ou não um crédito disponível. Eles nunca emprestam dinheiro para quem já tem dívidas pendentes, por exemplo.
O importante aqui é avaliar com cuidado os riscos de crédito de um investimento e as possibilidades de retorno para tomar a melhor decisão, de acordo com seu perfil de investimento e sua tolerância a riscos.
2. Riscos de Liquidez
Nos investimentos, o risco de liquidez também representa a facilidade ou dificuldade de resgatar o dinheiro que foi investido, sem que ele perca o seu valor. Alguns investimentos podem ser convertidos em dinheiro de uma forma mais rápida que outros e isso é o risco de liquidez.
A venda de um imóvel pode demorar, certo? Já o dinheiro colocado na poupança pode ser resgatado a qualquer momento. Entender qual é a melhor opção depende de muitas variáveis, principalmente sobre quais são as suas intenções a longo prazo.
Nas finanças pessoais e/ou de uma empresa, o risco de liquidez também é sobre a sua própria capacidade de não conseguir pagar o que precisa, sejam dívidas, funcionários, entre outras despesas. Esse risco está altamente ligado à má gestão das finanças da empresa, e por isso, infelizmente, também é bem comum.
3. Riscos de Mercado
O risco de mercado está ligado às oscilações que ocorrem nas bolsas de valores, estando relacionado às ações de empresas, moedas, commodities e economias (nacional e internacional).
A flutuação dos preços na bolsa de valores impacta empresas e negócios causando lucro ou prejuízo. Para os investimentos, nesse caso, o risco pode ser calculado diretamente pela variação do preço do ativo que foi investido ou comparando com outro indicador de referência, como a Ibovespa e até a taxa Selic.
Lembre-se que todas as variações de preços podem afetar o seu bolso pessoal, como a variação de taxas de juros. E essas variações também podem influenciar no lucro ou prejuízo da sua empresa, se você for um empresário.
Por isso, avalie sempre a flutuação do mercado e considere estes riscos em suas decisões financeiras, sejam elas como pessoa física ou jurídica.
Outros riscos
Quando falamos sobre empresas, é possível também destacar outros dois riscos que, apesar de não serem financeiros, podem impactar diretamente nas finanças corporativas. Seja você empreendedor ou apenas um investidor pessoa física, vale a pena conhecê-los também.
1. Riscos Operacionais
Os riscos operacionais correspondem aos prejuízos que podem ser causados realmente por uma falha na operação de uma atividade, ou seja, por um erro. Esse erro pode ser humano, mas também envolve sistemas, eventos, processos, e muitos outros fatores.
Embora esse seja um dos riscos mais difíceis de projetar, ele fica menor quando tudo está bem planejado e organizado. Como ele também pode ser ocasionado por fraudes internas ou externas, saber com quem você faz negócio ou transações financeiras é sempre uma forma de evitar surpresas desagradáveis.
2. Riscos Legais
Os riscos legais estão vinculados ao não cumprimento de acordos ou promessas, e que foram feitos exatamente sem o respaldo legal, ou seja, sem a garantia da justiça ou de qualquer meio legal. É o que acontece, muitas vezes, com acordos feitos “de boca”, sem um contrato assinado, por exemplo.
Certas ofertas que prometem lucros rápidos ou situações similares também têm sempre um alto risco legal. Assim, a melhor forma para afastar os riscos legais é sempre se relacionando com instituições autorizadas e regulamentadas.
É importante ressaltar que a os riscos financeiros sempre existirão em qualquer investimento e operação financeira. Por isso, não há exatamente como se livrar deles, mas sim tomar as precauções necessárias para evitar prejuízos.
Alguns casos são simples, como por exemplo exigir contratos e garantias, principalmente em casos de aluguéis e outras negociações desse tipo. Em outros, o melhor é estudar a situação antes de investir o dinheiro de fato, além de consultar especialistas em caso de dúvida.
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1 comentário
achei muito bom esse artigo sobre risco na gestão financeira