Já pensou em colocar seu dinheiro para trabalhar enquanto você passa mais tempo com sua família e viaja mais? E em se aposentar mantendo o mesmo padrão de vida que você tem agora? Você não está sozinho! Várias pessoas buscam a liberdade financeira para poder aproveitar melhor a vida.
Neste post, você entenderá qual é o conceito de liberdade financeira, quais são seus reais benefícios e como atingi-la com apenas 6 passos. Confira!
O que é liberdade financeira?
Você alcança a liberdade financeira quando tem uma renda suficiente para cobrir todas as suas despesas e suprir suas necessidades, sem precisar realizar uma atividade laboral para isso.
Ou seja, no momento em que o seu trabalho virar um mero hobby e você não precisar estar presente regularmente terá, enfim, atingido a sua independência financeira.
Isso é possível ao criar uma empresa que tenha uma boa equipe gestora e não precise de sua atenção. Pode ser conquistado com o aluguel de imóveis ou, ainda, pode ser obtido por meio de investimentos.
Em todos os casos, a independência financeira supõe que você não perderá sua fonte de receita recorrente. Isso quer dizer que a empresa jamais deixará de ser sua, os imóveis não serão vendidos ou que resgatará apenas os rendimentos periódicos das aplicações, não seu montante principal.
Quais são as principais vantagens de se ter liberdade financeira por meio de investimentos?
Existem ao menos 3 vantagens que os investimentos têm sobre outras formas de obtenção da liberdade financeira:
1. Maior facilidade de aplicação
Quanto tempo você levaria para poupar o dinheiro necessário para comprar um imóvel? E para tirar uma boa ideia de negócio do papel e começar a gerar lucros suficientes para manter seu padrão de vida e ainda investir no crescimento da empresa?
Empreender ou comprar imóveis para viver de seus aluguéis requer um alto investimento. Já se você decidir investir, é possível encontrar bons títulos de renda fixa com aplicações a partir de R$ 30,00.
2. Menor risco de prejuízos
Ao comprar um imóvel para investir, você corre o risco de não conseguir alugá-lo, da inadimplência e da deterioração do espaço. Ao abrir uma empresa, há os riscos de falência e de processos trabalhistas, por exemplo.
Ao criar uma estratégia de investimento em títulos de renda fixa ou variável, esse cenário muda, pois existem opções de baixíssimo risco com rentabilidades razoáveis, como os títulos do Tesouro Direto.
Ou seja, as chances de ter um prejuízo são bem pequenas, dependendo do tipo de investimento que você escolher.
3. Mais opções de diversificação
Diversificar sua carteira de investimentos quando ela já tem um bom capital aumenta suas chances de obter uma excelente rentabilidade, diminuir os riscos e a exposição de seu patrimônio.
Imagine que você poderá fazer investimentos em Fundos Imobiliários, títulos de renda fixa e em ações de empresas. Neste caso, se um setor da economia estiver ruim, como o de locação de imóveis, a diminuição da rentabilidade poderá ser compensada pelo desempenho de suas ações, por exemplo.
Como conquistar a liberdade financeira em 6 passos?
1. Defina qual o seu padrão de consumo ou o valor mensal desejado
A definição de liberdade financeira diz que você precisa suprir todas as suas despesas com os rendimentos dos seus investimentos.
Logo, você precisará definir um valor mensal desejado ou avaliar quais são suas despesas atuais e, com essa informação, determinar seu estilo de vida.
Para melhor ilustrar os tópicos, vamos supor que você ganhe atualmente R$ 5 mil mensais e que pretenda manter seu atual padrão de vida quando se aposentar, daqui a 20 anos.
2. Fique atento com a inflação
Se você for ao supermercado e tentar comprar os mesmos itens que adquiriu em sua despesa do mês anterior, isso será possível? E daqui a 2 anos, será que os preços das suas compras serão os mesmo que os atuais?
A resposta é: não!
Os preços sofrem o efeito da inflação, fazendo com que você perca seu poder de compra. Por isso, é necessário corrigir seus investimentos pelo valor da inflação — caso contrário, seus R$ 5 mil, não serão suficientes para cobrir suas despesas.
Há dois meios para conseguir isso:
- corrigir mensalmente o valor de suas aplicações pelo índice de inflação, o IPCA;
- encontrar a rentabilidade real de seus investimentos para calcular se eles manterão ou não seu padrão de vida.
A segunda alternativa é a menos complexa, dado que você não precisará ficar recalculando o montante a ser aplicado mensalmente, como ocorreria na primeira escolha.
3. Considere apenas a rentabilidade real dos seus investimentos
A rentabilidade real do investimento é o valor que sobra após o desconto da inflação, das taxas e impostos cobrados sobre seus lucros.
Por exemplo, se você aplicasse seu dinheiro em uma debênture incentivada que pagasse a variação do IPCA + 7% ao ano, você só precisaria descontar a taxa de custódia — que pode ser gratuita — para descobrir a rentabilidade real. Isso porque as debêntures incentivadas são isentas de Imposto de Renda.
Em nosso exemplo, você obteria 0,56% de rendimento mensal.
Observação: para descobrir esse valor basta inserir a seguinte fórmula no Excel:
= (1+rentabilidade anual%)^(1/12)-1
Depois de calculado, multiplique o valor por 100 e pronto! Aí estará seu rendimento mensal.
4. Saiba qual o montante necessário para sua liberdade financeira
Agora você precisará descobrir o montante necessário para gerar o valor mensal com aquela taxa de juros encontrada no passo anterior.
Para isso, basta dividir o valor desejado pela taxa de juros mensal e multiplicar o resultado por 100.
(valor desejado/taxa de juros)*100 = independência financeira
Em nosso exemplo, a conta ficaria assim:
(5.000/0,56%)*100 = R$ 892.857,14
Você deve estar pensando que esse valor é absurdo e que jamais conseguirá obtê-lo, não é mesmo? Mas esse é o montante final — mensalmente, o valor a ser investido será infinitamente menor.
5. Descubra quanto poupar
Com todas essas informações, é possível usar a Calculadora do Cidadão, disponibilizada no site do Banco Central, para descobrir o valor das aplicações mensais.
Ao utilizá-la em nosso exemplo, descobrimos que seria necessário um aporte mensal de R$ 1.763,17 durante 20 anos para se obter o montante desejado e desfrutar da liberdade financeira.
Ou ainda, seu aporte poderia ser de apenas R$ 768,95 se você aguardasse 30 anos para ser independente financeiramente.
6. Insira esse valor em seu orçamento mensal
Para facilitar a gestão dessa meta de longo prazo, você precisa inserir os valores das aplicações mensais em seu orçamento e considerá-los como se fossem a dívida mais importante a ser paga com suas atuais receitas.
Conquistar a liberdade financeira exige bastante disciplina, uma boa dose de autocontrole para manter um plano de longo prazo e, principalmente, tempo para permitir que os juros compostos ajudem você a alcançar seu objetivo. Mas, pode confessar: você acreditava que era bem mais difícil, não é mesmo?
Agora que você já sabe o que é e como conquistar a liberdade financeira, continue sua visita em nosso blog e confira quais são os top 7 aplicativos que todo investidor deveria usar para ter sucesso nessa missão!
Um Grande Abraço,
André Bona
2 Comentários
Ótimo artigo André, mostra que por meio de planejamento e dedicação é possível alcançar a tão sonhada liberdade financeira.
Um grande abraço.
Olá André, tudo bem?
Primeiramente, agradeço pela sua dedicação. Os temas relacionados aos investimentos ainda são complexos e assustam muitos brasileiros, mas você tem contribuído muito. Aprecio a forma clara e didática com que apresenta as informações; todo conteúdo tem muita qualidade e tem sido muito útil não só para mim, mas também para outras pessoas. Parabéns por compartilhar seu conhecimento dessa forma e por realizar um belíssimo trabalho.
Prometo ser breve! Estou na fase de acumulação de patrimônio, para no longo prazo, obter a liberdade financeira.
Assisti e li todo conteúdo seu sobre os Fundos Imobiliários, mas fiquei com algumas dúvidas; (desculpe se já falou a respeito e não percebi). Os FIIS são como os demais fundos no que tange a segurança? Não corro o risco de perder meu dinheiro, se os fundos que eu investir ao longo da vida quebrarem? E o que acontece se os mesmos encerrarem as atividades ou acabarem os prazos? Devolvem o dinheiro investido? Existem títulos de renda fixa que “pagam” mensalmente igual aos FIIS?
Acredito que estas podem ser dúvidas de outras pessoas também.. Mais uma vez, muito obrigado.
Forte abraço à você e para toda equipe!