Dificilmente uma empresa seguirá seu caminho de desenvolvimento sozinha. Na maioria dos casos, são feitas parcerias com o intuito de beneficiar ambas as partes. Nesse contexto, vale a pena avaliar as oportunidades e os riscos envolvidos ao considerar o papel da due diligence.
Ao fazer uma análise cuidadosa, é possível garantir que todas as informações relevantes sobre a empresa parceira sejam examinadas antes de firmar qualquer acordo. Assim, você garante uma tomada de decisões mais informada e segura.
Neste artigo, você verá qual é o papel da due diligence nas parcerias entre as empresas, além de compreender cada uma de suas etapas. Confira!
O que é due diligence?
Due diligence é um processo detalhado de investigação que acontece antes de realizar um negócio, como a compra, fusão ou parceria com outra empresa. Por meio dele, é feita uma análise de informações essenciais sobre a companhia, desde suas finanças até perspectivas futuras.
Durante a due diligence, os documentos da empresa são revisados para confirmar se os seus dados são precisos e se o valor da transação é justo. Com isso, é possível identificar riscos e evitar que ocorram surpresas indesejadas depois do fechamento do negócio.
Apesar do termo em inglês, due diligence também é conhecido no Brasil como diligência prévia. Em ambos os casos, o nome faz alusão ao aspecto da investigação minuciosa, que é uma parte fundamental do processo.
Tipos de due diligence
Além de se familiarizar com o conceito de due diligence, vale a pena conhecer os seus diferentes tipos.
Confira alguns exemplos de due diligence, a seguir:
- due diligence financeira: avalia a saúde financeira da empresa ao examinar balanços patrimoniais, demonstrações de resultados e fluxo de caixa, por exemplo;
- due diligence jurídica: verifica contratos, processos judiciais e conformidade com leis para identificar riscos legais e garantir que a empresa está operando na legalidade;
- due diligence operacional: analisa os processos internos e a eficiência das operações diárias da empresa para identificar áreas de melhoria e riscos operacionais;
- due diligence ambiental: considera o impacto ambiental das operações e a conformidade com regulamentações para identificar responsabilidades ambientais e práticas de sustentabilidade;
- due diligence tecnológica: avalia os sistemas de TI, propriedade intelectual e segurança cibernética para entender a capacidade tecnológica da empresa e seus riscos associados.
Em quais cenários se costuma fazer uma due diligence?
A due diligence é utilizada em diferentes contextos para garantir que todas as informações estejam corretas e que os riscos sejam bem avaliados. Ao se familiarizar com eles, você poderá saber em quais ocasiões contar com esse recurso.
Veja quais são os principais casos em que se realiza uma due diligence na empresa!
Fusões e aquisições
Quando uma companhia decide adquirir outra ou se fundir a ela, a due diligence é essencial para garantir que a transação seja vantajosa. Essa análise ajuda a certificar que a compradora entenda os riscos relacionados à aquisição e identifique potenciais oportunidades de crescimento.
Investimentos
Antes de decidir estrategicamente, investidores podem usar a due diligence para avaliar o potencial de retorno e os riscos associados ao investimento. Isso inclui uma análise detalhada dos planos de negócios da empresa, projeções financeiras e a análise do mercado em que ela opera.
Parcerias
Quando empresas consideram formar uma parceria estratégica, a due diligence ajuda a avaliar a compatibilidade e a solidez da potencial parceira. Com isso, o processo garante que a transação traga benefícios mútuos e minimize os riscos.
Compliance
Em setores altamente regulamentados, a due diligence é essencial para garantir que a empresa esteja em conformidade com todas as leis e regulamentações aplicáveis. Com isso, é possível minimizar riscos legais e evitar penalidades.
IPOs
Antes de uma empresa fazer uma oferta pública inicial (IPO), a due diligence é realizada para certificar que toda a informação divulgada aos investidores seja completa e precisa. Com isso, é possível identificar e corrigir quaisquer inconsistências nos dados financeiros e operacionais.
Quais são as vantagens de fazer uma due diligence?
A due diligence é uma ferramenta fundamental que oferece diferentes vantagens durante o processo de aquisição ou investimento. Cada um de seus benefícios reforça a sua importância para os negócios em qualquer área.
Conheça as maiores vantagens de fazer uma due diligence!
Análise de oportunidades
A análise detalhada pode revelar oportunidades que talvez não fossem aparentes de imediato. Por exemplo, é possível existirem novos mercados a descobrir, produtos a desenvolver ou áreas de negócios subdesenvolvidas. Com isso, você agrega valor ao seu investimento inicial.
Mitigação de riscos
A due diligence ajuda a identificar riscos potenciais capazes de afetar uma transação entre empresas. Eles podem ser financeiros, legais ou operacionais, como dívidas ocultas, litígios em curso ou problemas de compliance. Desse modo, é possível mitigá-los por meio de renegociações ou ajustes na estratégia.
Avaliação da proposta de valor
Um processo de due diligence permite confirmar se as informações oferecidas pela empresa são precisas e verdadeiras. Isso é importante para garantir que você tome uma decisão baseada em dados corretos.
Aumento da confiança
Realizar uma due diligence adequada demonstra aos investidores que você tem comprometimento com uma análise cuidadosa e precisa. Isso tende a aumentar a confiança em sua iniciativa, contribuindo para contar com o apoio deles para a transação.
Planejamento de estratégias
As informações obtidas durante a due diligence são valiosas para o planejamento estratégico após a transação. Por exemplo, você pode descobrir maneiras de integrar a nova empresa com a sua, criar sinergias e aumentar a eficiência operacional.
Quais são as etapas da due diligence?
A condução adequada de due diligence requer que você siga todos os seus passos corretamente. Somente dessa forma será possível garantir bons resultados ao final da operação.
Agora, saiba como conduzir cada etapa de uma due diligence em sua empresa!
Planejamento
O planejamento de due diligence envolve a definição do escopo dela, ou seja, as áreas da empresa que serão investigadas. Para isso, é essencial determinar os objetivos da transação para alinhar a análise às necessidades específicas do investidor ou comprador.
Certifique-se de identificar quais recursos e ferramentas serão necessários para a análise. Com essas informações, é possível estabelecer um cronograma e alocar a equipe especializada para cada área que será avaliada.
Coleta de dados
A coleta de dados é o processo de reunir todas as informações relevantes da empresa-alvo. Elas incluem documentos financeiros, contratos existentes, registros de funcionários e dados sobre ativos e passivos.
Além disso, a coleta de dados deve ser feita de modo detalhista para evitar a perda de informações importantes. Afinal, a qualidade da coleta de dados impacta diretamente a eficácia da análise, então ela deve ser altamente organizada.
Análise de dados
Na etapa de análise, os dados coletados são examinados para avaliar a saúde financeira e demais aspectos da empresa e identificar possíveis riscos e oportunidades. Para tanto, você deve revisar cada informação detalhadamente com base nos parâmetros relevantes para o seu negócio.
Esse processo também identifica áreas que podem representar oportunidades para melhorar a operação ou aumentar o valor da empresa. Em paralelo, é necessário detectar problemas potenciais que possam afetar a viabilidade da transação.
Geração de relatório
Após a análise dos dados, é gerado um relatório para resumir as descobertas. Ele inclui uma visão geral da situação financeira da empresa, riscos identificados, oportunidades detectadas e qualquer área de preocupação.
Esse documento deve ser claro e detalhado, oferecendo informações suficientes para os decisores compreenderem seus principais pontos. Ele pode incluir recomendações baseadas nas descobertas, como sugestões para alterar os termos da transação.
Ação
A etapa final é a tomada de ação com base nas conclusões do relatório de due diligence. Isso pode envolver a renegociação dos termos da transação, a decisão de prosseguir ou cancelar o acordo. Seja como for, esse passo reflete as descobertas e recomendações da diligência.
Também é importante monitorar a execução das ações recomendadas e garantir que todos os problemas identificados sejam abordados adequadamente. Assim, será possível concluir uma transação bem-sucedida e proteger os interesses de todas as partes envolvidas.
Quais são as melhores práticas de due diligence?
Até este ponto, você conheceu a importância e os passos necessários para realizar a due diligence. No entanto, existem práticas essenciais que ajudam a garantir a eficácia e a segurança desse processo.
Descubra quais são as melhores práticas de due diligence que você deve considerar em sua implementação!
Tenha um escopo claro
Definir claramente o escopo ajuda a focar a investigação nas áreas mais relevantes para a sua transação. Sem isso, você pode perder informações relevantes ou investigar aspectos não tão cruciais para o negócio.
Use ferramentas tecnológicas
Usar softwares e ferramentas de análise pode facilitar muito o trabalho de due diligence. Esses recursos tecnológicos ajudam a coletar e analisar dados rapidamente, tornando o processo mais eficiente e minimizando a ocorrência de erros.
Monte uma equipe diversificada
Ter uma equipe com especialistas de diferentes áreas garante uma análise mais completa e detalhada na diligência. Afinal, cada profissional traz uma perspectiva única, o que ajuda a identificar e abordar diferentes tipos de riscos e oportunidades.
Como você viu, o processo de due diligence é essencial para garantir que qualquer transação comercial seja bem informada e segura. Logo, certifique-se de seguir esse processo da forma correta para proteger todas as partes envolvidas e minimizar surpresas indesejadas.
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