Você está querendo expandir a sua carteira e fazer investimentos no exterior? Para investir em ativos com lastro internacional sem sair da B3 — a nossa bolsa de valores — você tem duas principais alternativas: o ETF e o BDR.
Em ambas as situações você não compra diretamente ações de empresas estrangeiras ou ativos internacionais. Porém, pode se expor às oscilações deles. Já pensou em investir na Microsoft, Apple ou Netflix? Ou mesmo em títulos de renda fixa internacional?
Acompanhe este artigo e entenda o que é ETF e BDR e descubra qual das alternativas funciona melhor no seu portfólio!
Qual a importância da diversificação de investimentos?
Certamente você já ouviu a orientação “não guarde todos os ovos em uma única cesta”. A diversificação de investimentos tem o objetivo de seguir essa máxima do mercado financeiro.
O objetivo é não arriscar todo o seu dinheiro em um único investimento. Afinal, se algo acontecer, as perdas serão grandes. Assim, diversificar é uma das estratégias mais importantes em uma carteira de investimentos.
Nesse sentido, é interessante pensar em diversificar também no mercado financeiro internacional. Com isso, você reduz o risco Brasil e pode encontrar maior equilíbrio. Isso porque os ativos internacionais podem subir quando os nacionais caem, ou vice-versa.
A diversificação de investimentos, além de reduzir perdas, também pode aumentar as suas chances de rentabilidade. Imagine, por exemplo, o investimento em ações internacionais. É possível acessar grandes empresas que não existem no Brasil e que tenham maior lucro.
Ambos os produtos (ETF e BDR) são boas alternativas para diversificação, se estiverem dentro do seu perfil e objetivos. Eles permitem variar a sua carteira para se beneficiar da performance do mercado internacional.
Saiba mais sobre eles agora!
O que é ETF?
ETF (exchange traded funds, ou fundo de índice) é um tipo de fundo de investimento. Seu diferencial é que ele acompanha um benckmark — um índice de referência. As cotas são negociadas na bolsa de valores, então se trata de um investimento em renda variável.
Esses fundos têm o objetivo de replicar a performance do índice que usam como referência — que pode ser de ações ou outros ativos. Assim, o resultado segue o do o benchmark. Se o índice sobe, as cotas do ETF se valorizam, se ele passa por quedas, acontece o contrário.
Os ETfs podem acompanhar tanto índices nacionais quanto internacionais. O mais famoso no Brasil é o índice Ibovespa. Em relação ao exterior, é possível encontrar na B3 ETFs que replicam índices como o S&P 500 — o principal da bolsa norte-americana.
Como investir em ETF?
Os ETFs são negociados na B3 da mesma maneira que as ações. Porém, cada cota do fundo representa a carteira completa. Logo, ao adquiri uma cota você se expõe a diversos investimentos que compõem o portfólio do fundo.
O primeiro passo para investir é entender o seu perfil de investidor e os seus objetivos. Assim, você entenderá se esse produto está alinhado às suas expectativas e características da sua carteira de investimentos.
Depois, você pode conhecer os ETFs existentes e conhecer o ticker do que interessa à sua estratégia. Então basta acessar o home broker e realizar a compra das cotas.
O que é BDR?
Outra maneira de se expor a investimentos no exterior estando no Brasil é por meio do BDR — brazilian depositary receipts. Trata-se de um recibo lastreado em ativos que são negociados na bolsa de valores de outros países.
Quando você compra um BDR não está adquirindo diretamente o ativo, como uma ação da empresa. Você adquire o certificado, que acompanha a performance dos ativos estrangeiros. Assim, é possível ter lucro com a valorização ou com dividendos, por exemplo.
A emissão de BDRs acontece da seguinte forma: uma instituição depositária compra os ativos internacionais e os coloca sob custódia. Assim, é possível emitir os recibos lastreados nesses ativos e negociá-los na bolsa.
Essa é uma alternativa de investimento no exterior que vem crescendo no Brasil. Prova disso é que, em outubro de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ampliou a compra de BDR para qualquer investidor.
Antes disso, somente os investidores qualificados tinham acesso a esse investimento. O conceito se refere a profissionais certificados do mercado financeiro ou pessoas com mais de 1 milhão de reais investidos.
Como investir em BDR?
Semelhante aos ETFs, os BDRs são negociados na bolsa. Assim, é preciso acessar o home broker e identificar o código desses recibos. Os BDRs costumam ser identificados por meio do número 34 no final do ticker.
Veja o exemplo de alguns BDRs na B3:
- GOGL34 (Google);
- AAPL34 (Apple);
- AMZO34 (Amazon);
- NFLX34 (Netflix).
Qual é a melhor opção para diversificar investimentos no exterior?
E então, vale a pena investir em ETF e BDR para diversificar os investimentos no exterior? Qual deles é o melhor? Na verdade, a decisão é pessoal e depende de dois aspectos principais: o seu perfil de investidor e os seus objetivos.
Como vimos, tanto o ETF quanto o BDR são investimentos de renda variável. Isso quer dizer que envolvem maiores riscos. Com isso, também são mais adequados para investidores moderados ou arrojados.
Outra semelhança entre eles é que podem ser investimentos com bom potencial de rentabilidade a longo prazo. Porém, isso não é garantido. Afinal, a bolsa envolve volatilidade e os preços também podem cair.
A fim de lidar melhor com a volatilidade e fazer manejo de risco, a renda variável costuma ser voltada para objetivos de longo prazo. Então, se você quer montar uma reserva de emergência ou tem metas de curto prazo e médio prazo, o ETF e o BDR não são uma boa alternativa.
Em relação às diferenças, vale a pena considerar cada ETF ou BDR de seu interesse. ETFs podem ter maior diversificação em relação ao BDR de uma ação específica. Ao mesmo tempo, é possível encontrar também BDRs de ETFs internacionais.
Como você viu, os investimentos no exterior são uma opção de diversificação para quem deseja ampliar a carteira para além do Brasil. Ambos podem ser interessantes, porém, antes de investir, veja se os produtos se adéquam ao seu perfil de risco e objetivos!
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1 comentário
Ótimo conteúdo. Faltou acrescentar quem paga dividendos.