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Você já ouviu falar da sigla FMI nos noticiários sobre economia, não é mesmo? Com a recente situação do país vizinho, Argentina, e sua declaração de moratória, no entanto, é ainda mais frequente acompanharmos notícias envolvendo o Fundo Monetário Internacional.

.Um importante órgão de amparo à economia mundial, o FMI é uma das muitas agências criadas pelas Nações Unidas para ajudar a melhorar a relação entre os países. Além disso, é o FMI que auxilia diversos países em dificuldades financeiras.

Mas você sabe o que é e como funciona, de fato, o Fundo Monetário Internacional? Então acompanhe o artigo para aprender um pouco mais sobre o FMI!

O que é o Fundo Monetário Internacional?

O Fundo Monetário Internacional, como dito, é uma agência criada pelas Nações Unidas. É especializada nos temas de economia e foi criada na conferência de Bretton Woods, em New Hampshire, nos Estados Unidos em julho de 1944.

O objetivo do FMI, de acordo com o próprio site brasileiro das Nações Unidas é:

  • promover a cooperação monetária global;
  • garantir a estabilidade financeira dos países;
  • facilitar o comércio internacional;
  • promover um ótimo nível de emprego;
  • fomentar um crescimento econômico sustentável;
  • contribuir para reduzir a pobreza dos países em todo o mundo

O Fundo Monetário Internacional foi criado no final da Segunda Guerra Mundial com objetivo de construir uma organização para cooperação entre os países e evitar que políticas econômicas que levaram à Grande Depressão dos anos de 1930 e os posteriores conflitos globais se repetissem.

A sede do FMI fica na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos. No Brasil, o escritório de representação fica em Brasília.

Quais as missões do FMI?

A missão do FMI é realizada de três formas: monitoramento do sistema monetário internacional, concessão de empréstimos aos países membros e capacitação dos mesmos.

Entenda melhor sobre cada uma:

Monitoramento do sistema monetário internacional

O FMI é responsável por monitorar o sistema monetário internacional e as políticas econômicas de todos os 189 países que são membros. Essa tarefa é feita tanto a nível global quanto a nível individual em cada um dos países.

Dessa forma, o FMI consegue destacar os possíveis riscos para a estabilidade e oferece conselhos sobre políticas econômicas.

Concessão de empréstimos aos países membros

Os países membros que enfrentam problemas, sejam estes eminentes ou apenas possíveis de acontecer, podem contar com empréstimos do FMI. Trata-se de uma responsabilidade central ajudar os membros que correm riscos de não realizar seus pagamentos.

Essa ajuda financeira permite que esses países com problemas reconstruam suas reservas internacionais, estabilize sua moeda, pague as importações. E, principalmente, restaure as condições econômicas para crescer economicamente de maneira forte e consistente. Colaboram, ainda, na implementação de políticas para corrigir problemas latentes.

Importante ressaltar que o FMI não concede empréstimos para projetos específicos que o país deseja implementar. O FMI não é um banco de desenvolvimento nesse sentido.

Capacitação dos países membros

O Fundo Monetário Internacional possui um programa de capacitação, assistência técnica e treinamento para auxiliar os países membros a criar e implementar políticas econômicas para promover sua estabilidade, crescimento e fortalecer suas habilidades e capacidades institucionais.

O FMI, em outras palavras, coloca a assistência técnica e treinamento em conjunto para maximizar a eficácia dessas políticas.

Como funciona o FMI?

O FMI tem a seguinte estrutura: o comando fica a cargo da Assembleia de Governadores, no qual o Ministro da Fazenda (ou similar) é o titular, no caso do Brasil. Essa Assembleia toma decisões e elege o Conselho de Diretores.

São ao todo 24 diretores, ou seja, muitos deles representam um grupo de países. O Diretor brasileiro representa, além do Brasil, os seguintes países: Cabo Verde, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Timor Leste e Trinidad e Tobago.

As diretrizes políticas da agência são sempre definidas em reuniões que acontecem duas vezes ao ano no Conselho de Assuntos Financeiros e Monetários a nível ministerial.  Tais reuniões geralmente são realizadas na sede em abril e outubro e reúnem-se uma quantidade de ministros que correspondem ao número de diretores.

Como dito, no caso brasileiro, é o Ministro da Fazenda (ou similar) que se apresenta para esses compromissos.

Cada país possui uma cota de participação no fundo. Os países mais desenvolvidos são os maiores cotistas e, por essa razão, gerenciam a organização.

Os países com problemas financeiros que recebem o empréstimo do FMI devem cumprir determinadas metas estipuladas em relação a implantação de: ajustes orçamentários, corte de gastos públicos, monitoramento de taxa cambial, prevenção de consumo predatório e outros.

Quando o país em crise aciona o FMI, são enviados agentes para analisar a situação financeira do local e aconselhar as medidas que podem contribuir para que o problema seja resolvido. Esses agentes tem como principal objetivo evitar que o problema se agrave, tomando proporções maiores e repercutindo no cenário internacional.

Fundo monetário Internacional e Banco Mundial

É muito comum as pessoas terem dúvidas e confundirem o Fundo Monetário Internacional com o Banco Mundial. Contudo, tratam-se de duas organizações distintas.

O Banco Mundial também é uma agência das Nações Unidas, criada no mesmo ano (julho de 1944) cuja sede também se encontra em Washington. Sua finalidade era de ajudar os países que ficaram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial.

Atualmente, cerca de 150 países são membros e compõem o capital do banco. O principal acionista é os Estados Unidos e o valor da cota e o direito de voto são determinados pelo nível de participação dos países no mercado mundial.

O Banco Mundial visa conceder financiamentos para os países cuja destinação deve ser para: geração de energia, transporte, saneamento e questões de desenvolvimento social e econômico. Além de países, grandes empresas podem pedir empréstimos, contanto que apresente os motivos do projeto e que o país de origem da empresa possa pagar os recursos.

Por esses motivos, é muito fácil confundir as duas agências da ONU. Porém, é possível perceber suas diferenças, objetivos e finalidades.

Críticas ao FMI

O Fundo Monetário Internacional tem seus defensores e críticos. Uma das principais críticas é o fato de dar maior poder aos países que têm melhores condições financeiras (países desenvolvidos), como é o caso dos Estados Unidos.

Há quem entenda também que o FMI seja ineficiente para controlar crises internacionais. Ainda, alguns economistas criticam a forma que o FMI concede os empréstimos, forçando os países a terem maior controle orçamentário que o devido.

Conclusão

O Fundo Monetário Internacional é um dos principais protagonistas no cenário econômico e geopolítico internacional. Sua importância se mostra nos momentos em que contribui para que os países que se declaram em crise financeira precisam de ajuda para poder melhorar sua condição.

E foi com o auxílio do FMI que muitos países, inclusive o Brasil, conseguiram sair de graves problemas económicos e fazer sua economia crescer.

E você, já sabia do que se tratava o Fundo Monetário Internacional? Então que tal continuar aprendendo mais sobre economia e entender para que serve o PIB?

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