Em um país como o Brasil, onde os impostos são altíssimos e o custo de vida segue o mesmo ritmo, qualquer pessoa que consegue poupar algum dinheiro já é considerada vencedora. Mas, ainda melhor do que poupar, é multiplicar, certo? E é exatamente por isso que, para investidores com perfil mais arrojado, investir em bitcoin pode ser uma ótima opção.
Com a expansão da internet, diversas modalidades de investimento surgiram. No início, porém, enquanto algumas pareciam um pouco obscuras e com alto grau de risco, outras estavam distantes da maior parte das pessoas em virtude do alto valor.
Mas após alguns anos, começaram a surgir também oportunidades que equilibram segurança e estão disponíveis para todos os públicos. Foi nesse contexto que o bitcoin se mostrou um dos investimentos mais promissores da atualidade.
Quer conhecer as vantagens e riscos de apostar nessa ideia? Entenda agora o que é bitcoin e tire suas dúvidas sobre o assunto!
O que é bitcoin e como funciona
Bitcoin são moedas virtuais criadas para serem utilizadas em transações comerciais. Também conhecida como criptomoeda, ela possui uma particularidade em relação às moedas convencionais como euro, dólar ou real: o bitcoin não existe fisicamente. Por mais que se possa comprar produtos e serviços, o seu funcionamento é somente digital. Na prática, podemos afirmar que o bitcoin é um código.
Outro diferencial é que existe uma quantidade limitada de bitcoin (21 milhões de moedas no total). Dessa forma, ela não corre o risco de inflação por emissão de moeda em excesso, atitude adotada por muitos governos ao enfrentarem crises.
Como surgiu o bitcoin
Apesar de ser uma ferramenta utilizada por milhares de pessoas em todo mundo, a criação do bitcoin ainda é envolta por alguns mistérios, a começar pelo seu criador.
Conhecido somente por Satoshi Nakamoto, o homem que idealizou e lançou a moeda virtual se apresenta como um japonês na casa dos 50 anos. A grande questão é que ninguém nunca o viu, e há dúvidas se ele é realmente uma pessoa ou uma equipe de especialistas que adotou esse nome falso.
Quando o bitcoin foi criado, a intenção de Satoshi Nakamoto era oferecer uma moeda que se diferenciasse das convencionais por ser descentralizada — ou seja, sem vínculo com qualquer governo ou país — e não sofresse interferências diretas de eventos políticos.
Vantagens de investir em bitcoin
A valorização da moeda
A valorização da criptomoeda até o momento é impressionante. No acumulado do ano de 2017 de janeiro até o mês de outubro, a valorização chegou a 597%, e alguns especialistas apontam que o bitcoin ficará ainda mais forte nos próximos anos.
Um exemplo clássico é o de Erik Finman, um americano que aos 18 anos comprou 83 bitcoins ao preço de 12 dólares cada. Hoje, 1 bitcoin vale mais de 42 mil reais.
Aceitação por alguns países
Apesar de não existir fisicamente, muitos países já aceitam o bitcoin para transações do dia a dia, como pagamento em restaurantes, bares e supermercados. Com o Japão encabeçando essa novidade, a tendência é de crescimento, com fortalecimento e valorização da moeda.
O blockchain é mais seguro que Wall Street
Wall Street já não é vista da mesma forma desde a grande crise de 2009. Com o bitcoin sendo cada vez mais aceito, por outro lado, muitas instituições também passaram a reconhecer a moeda. Como a criptomoeda conta com o blockchain para proteger as informações, a sensação de segurança é muito maior. Fora que as operações podem ser feitas diretamente entre pessoas, sem a necessidade de uma intervenção bancária.
Fácil acesso às informações
Há pouco tempo, a criptomoeda ainda era uma incógnita, e poucas pessoas tinham acesso às informações corretas. Hoje isso é diferente: muitos sites e blogs de finanças auxiliam e incentivam o investimento, facilitando até mesmo o acesso dos usuários.
Riscos da criptomoeda
Bolha financeira
Existe uma tremenda discussão sobre o uso e supervalorização do bitcoin. Muitos economistas acreditam que esse crescimento acelerado daria início a uma bolha financeira, que pode estourar a qualquer momento e deixar muitos investidores na mão.
É importante lembrar que um caso semelhante aconteceu no final dos anos 90 e início dos anos 2000, com o fortalecimento da internet. Muitas empresas atrelaram o “.com” a seus nomes para valorizar suas ações na bolsa. Isso deu certo por um tempo, e muitos empresários ganharam dinheiro com a manobra. No entanto, com várias organizações que nunca trabalharam com a internet utilizando a mesma estratégia, houve um surgimento inflacionado que estourou eventualmente, causando grandes prejuízos.
Proibição da moeda em alguns países
Apesar do crescimento, nem todos os países reconhecem ou liberam o bitcoin para transações, o que contribui para tornar o investimento na moeda uma alternativa ainda arriscada. A China é o principal exemplo: apesar de consolidada como uma potência econômica, o país proibiu qualquer tipo de transação com criptomoeda.
O Banco Central Chinês anunciou que nenhuma instituição deve reconhecer negociações que envolvam dinheiro virtual. Além disso, foi estabelecido que qualquer empresa ou pessoa que lucrou com o bitcoin precisa devolver os valores aos investidores originais. Na época, a desaprovação da nação asiática refletiu numa considerável queda no valor do bitcoin no mercado mundial.
Falta de regulamentação
Como a maioria dos países, o Brasil não estabeleceu regras para o uso do bitcoin. Isso acontece muito pelo fato do governo brasileiro não acreditar no poder da moeda virtual.
Para o presidente do Banco Central, a criptomoeda é uma moda que se tornará uma bolha como várias outras que surgem no mercado financeiro. E o fato de não ser regulamentada por nenhum governo oficial é a maior desvantagem do bitcoin, e não um benefício.
Moeda sem lastro
Por se tratar de um código — ou seja, uma moeda que existe apenas no mundo virtual —, não existe nada que realmente comprove o valor do bitcoin. Na moeda tradicional, a garantia é o poder econômico do país, que pode ser medido pela sua atividade econômica e pelo seu poderio para arcar com débitos.
Alta volatilidade
Nesse quesito, a moeda é semelhante à bolsa de valores: você pode ter uma grande valorização e, em pouquíssimo tempo, experimentar uma queda ainda maior. No caso do bitcoin, no entanto, a volatilidade diária chama bastante atenção, já que a alteração nas cotações da criptomoeda ao redor do globo é bastante intensa todos os dias.
Lembre-se que esse investimento é de risco, não possui regulamentação e garantias como a do FGC ou do Tesouro Nacional. Por isso, antes de agir, veja se esta modalidade está em linha com o seu perfil de investidor e pesquise para evitar cair em armadilhas.
Para aqueles que sonham com dinheiro rápido e fácil, esse tipo de movimento é pouco recomendável. Investir em bitcoin pode ser uma ótima saída para quem possui algum dinheiro sobrando e quer diversificar a sua carteira de investimentos, alocando parte do seu portfólio em estratégias pouco convencionais.
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1 comentário
Olá André, parabéns pelo artigo.
No início estava bem receoso em investir em bitcoin, mas acabei colocando algumas moedas por lá. Mesmo com a desvalorização nos últimos dias, entendo que vale o risco. No dia do seu artigo, o valor de 1 bitcoin estava 42k, mesmo em época ruim, hoje está beirando os 50k novamente. Entendo que possa subir muito em 2018.
Me empolguei tanto que criei um blog pra acompanhar as cotações em tempo real da moeda, fiz um script que mostra a cotação das melhores exchanges BRs e gringa. Veja lá: https://1bitcoinhoje.com/
Caso queira utilizar emu seu blog, posso fornecer gratuitamente. Grande abraço, sou leitor assíduo do blog.
Henrique
48380.97