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O lucro das empresas listadas na bolsa brasileira B3 avançou 20% no segundo trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2017, de acordo com um levantamento realizado pela empresa de análises financeiras Economatica. As companhias do setor Bancário concentraram os maiores lucros no trimestre, enquanto o setor de Papel e Celulose apresentou os maiores prejuízos entre os meses de abril e junho.

No levantamento – que utilizou os demonstrativos financeiros entregues pelas empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Economatica analisou os lucros consolidados de todas as empresas de capital aberto brasileiras no segundo trimestre de 2018 em dois cenários.

O primeiro desconsiderava os resultados das estatais Petrobras e Eletrobras – uma vez que os resultados destas duas empresas “distorcem a amostra geral do mercado”, enquanto o segundo cenário incluía as duas companhias.

Lucro por setores e avanço das empresas listadas na bolsa

De acordo com a Economatica, as 306 empresas de capital aberto no país – divididas em 26 setores – registraram um lucro total de R$ 26,55 bilhões no segundo trimestre do ano, ante R$ 21,75 bilhões registrados no mesmo período do ano passado – um avanço de 20%.

Entre os 26 setores avaliados, seis deles apresentaram prejuízo consolidado no período. O setor de Papel e Celulose – que possui quatro empresas listadas na bolsa – foi o que mais sofreu entre os meses de abril e junho, atingindo um prejuízo trimestral de R$ 3,01 bilhões no segundo trimestre. No mesmo período do ano passado, o prejuízo do setor foi de “apenas” R$ 439,8 milhões.

Já o setor mais lucrativo do trimestre, de acordo com a empresa de análises, foi o setor de Bancos – composto por 20 instituições. No segundo trimestre de 2018, os bancos tiveram lucro de R$ 17,6 bilhões – ante R$ 15,2 bilhões registrados em 2017 – um avanço de 15,57% no comparativo anual.

O setor com o segundo melhor resultado foi o de Energia Elétrica – com 36 empresas listadas na bolsa brasileira. O segmento teve lucro de R$ 3,03 bilhões no segundo trimestre de 2018, contra R$ 2,20 bilhões em 2017 – um avanço de 38,06%.

Com Petrobras e Eletrobras

Em um cenário com Petrobras e Eletrobras – totalizando 308 empresas de capital aberto, o crescimento da lucratividade das companhias listadas na B3 seria de 76,25%.

O avanço nos lucros é impulsionado pelo crescimento das duas empresas: enquanto a Petrobras registrou um lucro de R$ 9,75 bilhões no período, a Eletrobras anunciou R$ 2,51 bilhões de lucro no segundo trimestre.

As 20 mais lucrativas do segundo trimestre

A Petrobras encabeça a lista das 20 empresas mais lucrativas do segundo trimestre de 2018, com R$ 10 bilhões de lucro; em segundo lugar aparece  o Itaú Unibanco, que lucrou R$ 6,2 bilhões entre os meses de abril e junho deste ano. Já o Bradesco ocupou a terceira colocação, com um lucro de R$ 4,5 bilhões.

Os setores de Energia Elétrica e os Bancos – com quatro empresas cada na lista – foram os mais lucrativos do período. Das 20 empresas mais lucrativas, apenas três registraram queda na lucratividade na comparação com o segundo trimestre de 2017 – com destaque negativo para Braskem, Cielo e Kroton.

Confira a seguir a tabela da Economatica com as 20 empresas mais lucrativas do segundo trimestre de 2018:

As empresas com os maiores prejuízos

Das 20 empresas com os maiores prejuízos do segundo trimestre de 2018, quatro são do setor de Alimentos e Bebidas; o setor de Papel e Celulose aparece com três empresas na lista enquanto os setores de Construção, Energia Elétrica e Veículos e Peças tiveram duas empresas cada na lista das empresas listadas na bolsa com os maiores prejuízos do trimestre.

Entre as companhias, o destaque negativo é a Suzano Papel e Celulose, que registrou prejuízo de R$ 1,84 bilhão no segundo trimestre do ano, seguida pela BR Foods, com prejuízo de R$ 1,58 bilhão.

Confira a seguir a tabela da Economatica com as 20 empresas com os maiores prejuízos no segundo trimestre de 2018:

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Sócia-fundadora e CEO da ABContent. Cursou Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, tem formação em Marketing e Pós-Graduação em Gestão de Mídias Digitais pela Universidade Metodista de São Paulo. Foi repórter, colunista e editora em diversos veículos de comunicação nas editorias de Economia, Negócios e Mercado de Capitais.

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