Os títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros do mercado financeiro, por contarem com a garantia do Governo Federal. Assim, eles podem ser uma boa opção para quem busca mais segurança em sua carteira. Entre os tipos existentes, está o Tesouro Prefixado.
Ele se difere dos demais títulos quanto à sua rentabilidade e prazos de vencimento. Por isso, antes de escolher essa opção, é essencial conhecer as características da aplicação para saber quando vale a pena investir nela.
Para avaliar se o Tesouro Prefixado é interessante para a sua carteira, entenda a seguir o que é e como funciona esse título público!
O que é título público?
Para começar, é preciso conhecer o conceito de título público. Trata-se de um título de dívida emitido pelo Governo Federal e negociado por meio do Tesouro Direto. Essa é uma plataforma do Tesouro Nacional desenvolvida em conjunto com a bolsa de valores brasileira (B3).
O objetivo do Governo com a emissão desse título é captar recursos para financiar suas atividades governamentais em diversas áreas — como saúde, transporte e educação. Ainda, o montante pode ser utilizado para quitar a dívida pública.
Assim, ao comprar um título público, você estará emprestando dinheiro ao país. Em troca, receberá de volta o capital investido acrescido de uma remuneração na data de vencimento da aplicação. Se o título for resgatado antes do vencimento, a taxa combinada pode não ser garantida.
O que é o Tesouro Prefixado e como funciona?
Agora que você compreende o que é título público, é hora de conhecer o Tesouro Prefixado. A principal característica dessa aplicação é oferecer uma rentabilidade fixa, conhecida no momento da contratação. Com isso, o investidor pode calcular o rendimento que receberá no vencimento.
Ademais, o Tesouro Prefixado pode ser de dois tipos. Entenda!
Tesouro Prefixado
Nessa opção, o dinheiro investido — com sua respectiva rentabilidade — é devolvido ao investidor somente ao final da aplicação. É possível vender o título antes do prazo de vencimento, pois o Governo garante a recompra de todos os títulos públicos.
Contudo, nesse caso, o Governo Federal pagará o valor de mercado negociado no momento da venda. Com isso, existem riscos de perdas financeiras, devido à marcação a mercado.
Tesouro Prefixado com juros semestrais
Outra opção é o Tesouro Prefixado com juros semestrais. Ele possui as mesmas características do título tradicional, mas os juros da aplicação são pagos a cada 6 meses. Assim, quem investe nessa alternativa recebe os retornos do investimento enquanto o capital permanece aplicado.
O Tesouro Prefixado tem imposto?
Para conhecer mais sobre o Tesouro Prefixado, é preciso entender a tributação que incide sobre ele — sendo a mesma aplicada a todos os títulos públicos. Nesse sentido, há a cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos, que segue a tabela regressiva da renda fixa.
Ou seja, quanto mais tempo você deixa o dinheiro investido nessa aplicação, menor será a alíquota paga. Portanto, é preciso alinhar os seus objetivos financeiros e prazos considerando a cobrança do tributo. Dessa forma, é possível pagar menos imposto sobre o investimento, conforme o resgate.
Além disso, há a possibilidade de pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No caso dos investimentos, o tributo é cobrado sobre a rentabilidade quando ocorre o resgate em até 30 dias após o aporte, também seguindo uma tabela regressiva. Depois desse prazo, não há mais a cobrança.
Quais são os demais títulos do Tesouro Direto?
Além do Tesouro Prefixado, o Tesouro Direto disponibiliza outros títulos públicos para os investidores. Eles estão organizados conforme a lógica de rentabilidade. Portanto, vale a pena conhecê-los para escolher os mais adequados para a sua carteira.
Veja, a seguir, as características dos principais títulos!
Tesouro Selic
O Tesouro Selic oferece uma rentabilidade pós-fixada que acompanha a oscilação da Selic — a taxa básica de juros da economia brasileira. Dessa forma, ao investir nele, o montante resgatado dependerá das variações do indicador no período.
Tesouro IPCA+
O Tesouro IPCA+ tem uma rentabilidade híbrida — ou seja, sua remuneração é composta por uma taxa fixa e outra variável — o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ele é o índice de inflação oficial do país. Assim, o título permite proteger seu patrimônio da perda do poder de compra.
Tesouro RendA+
Esse título foi criado em janeiro de 2023 e visa ser uma opção válida para o planejamento da aposentadoria. Isso porque o intuito dele é pagar uma renda mensal passiva por 20 anos para os investidores. Existem diferentes opções de prazo na plataforma do Tesouro.
Quando vale a pena investir no Tesouro Prefixado?
Depois de conhecer um pouco mais sobre os títulos públicos, é provável que você esteja se perguntando se vale a pena investir no Tesouro Prefixado.
Para chegar a uma conclusão, é preciso analisar diversos fatores. Saiba quais são eles!
Perfil de investidor
Ele é o resultado de uma avaliação que permite ao investidor identificar suas características e expectativas em relação aos investimentos. Desse modo, é possível entender se o Tesouro Prefixado é adequado para a sua tolerância a riscos.
Objetivos financeiros
Outro ponto fundamental para a tomada de decisão nos investimentos são os seus objetivos financeiros. Eles ajudam a saber se o prazo de vencimento do Tesouro Prefixado está alinhado ao período que você pretende realizar suas metas.
Como a data em que esse título costuma atingir seu vencimento é acima de dois anos, ele tende a ser apropriado para os planos de médio prazo. Alguns exemplos são trocar de carro, iniciar um curso e fazer uma viagem.
Curva de juros
Como você viu, o Tesouro Prefixado apresenta uma taxa fixa. Logo, é válido analisar a curva de juros antes de investir nele. Isso porque ela representa a expectativa quanto ao comportamento e às mudanças dos juros ao longo do tempo — oferecendo uma projeção para a aplicação.
Como investir no Tesouro Prefixado?
Caso você tenha concluído que o Tesouro Prefixado está de acordo com as suas necessidades, é hora de saber como investir nesse título. O primeiro passo é abrir uma conta em uma instituição financeira.
Em seguida, é preciso transferir o dinheiro para essa conta e escolher uma das alternativas disponíveis na plataforma. Depois, é só definir a quantidade de títulos que deseja adquirir e fazer a aplicação. Não deixe de considerar os custos da operação ao decidir, certo?
Neste artigo, você conheceu o Tesouro Prefixado e entendeu o que é e como ele funciona. Porém, antes de investir nesse título, lembre-se de analisar se ele faz sentido para seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
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