A greve dos caminhoneiros, que aconteceu no mês de maio, acabou por atingir todo o país e deixou muita gente sem combustível – tanto gasolina quanto etanol. Estes combustíveis se tornaram, durante alguns dias, item de luxo no mercado brasileiro e foram comercializados a preços inimagináveis nas bombas que ainda possuíam produto.
O diesel – um dos principais motivos da paralisação dos caminhoneiros, por outro lado, permaneceu disponível na maior parte dos postos de combustíveis do país, levando muita gente a considerar comprar um carro a diesel. Mas, será que vale a pena comprar um carro a diesel?
Existem alguns pontos a serem levados em consideração na hora de tomar essa decisão. Se você tem dúvidas quanto à compra ou não de um carro a diesel, este artigo é para você. Continue a leitura e descubra o que deve ser considerado na hora da compra de um carro a diesel.
Decisão precipitada
Se você pensou na possibilidade de adquirir um carro a diesel somente por conta da paralisação dos caminhoneiros, este é um bom exemplo de uma precipitada. A primeira consideração a ser feita sobre os carros a diesel é que eles são mais indicados para pessoas que percorrem longas distâncias com frequência, como estradas.
Além disso, como o Brasil é um país que optou por dar maior ênfase a outros tipos de combustível, o carro a diesel acaba se tornando muito mais caro para o consumidor. Estes veículos têm um custo de manutenção muito superior na comparação com outros carros a gasolina ou flex e, por isso, muitas vezes acaba não compensando investir em um motor a diesel.
Restrição a veículos de passeio
Um outro fator que você deve levar em consideração na hora de tomar a decisão de comprar ou não um carro a diesel é a restrição quanto à comercialização de veículos a diesel no país. Ainda na década de 1970, o então Ministério da Indústria e Comércio proibiu os carros a passeio a diesel no Brasil– que ficaram restringidos para veículos comerciais leves ou pesados.
Esta decisão havia sido tomada com base na crise do petróleo, que aconteceu nos anos 1970. Com o passar dos anos, nosso cenário sócio-econômico mudou bastante. Ainda assim, a restrição continuou a existir por questões ambientais e, atualmente, somente caminhões, ônibus, picapes, SUVs e crossovers podem usar diesel por aqui.
Preços mais elevados
Além do valor da manutenção do carro a diesel ser mais elevado, o preço dos veículos também tende a ser mais alto na comparação com modelos a gasolina ou flex. Se você pesquisar a compra de um determinado veículo, o preço entre a versão do mesmo utilitário a gasolina ou flex é muito diferente do preço da versão do carro a diesel, podendo custar até 25% mais.
Pensando no planeta
O diesel é um material mais danoso à atmosfera. Por isso, se levarmos em consideração a questão ambiental quanto ao uso do diesel, o carro a diesel acaba não sendo a melhor opção.
Fazendo as contas
Se ainda assim você pensa em adquirir um veículo a diesel, vale a pena fazer as contas para saber se, economicamente, esta compra seria viável para o seu bolso. Se você roda muito com o carro, por exemplo, esta compra pode valer a pena no médio ou longo prazo.
Para fazer as contas é preciso saber o consumo do carro do seu interesse rodando com diesel. Estabeleça uma média de quilômetros rodados por ano e calcule seu custo médio anual com o combustível. Repita o mesmo processo com os valores da gasolina e do etanol.
Com os resultados em mãos, você consegue fazer um comparativo de valores e verificar se o preço que pagará a mais por um modelo de carro a diesel valerá a pena, amortizando esta diferença no preço do veículo no médio ou longo prazo.
Somente identificando seus hábitos de uso e consumo do carro e avaliando os gastos com manutenção, combustível e valor do veículo em si é que será possível definir se vale ou não a pena comprar um carro a diesel para você e sua família.
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