É cada vez maior no Brasil o número de trabalhadores autônomos, empreendedores e freelancers, que buscam conquistar espaço em uma sociedade acostumada ao emprego com carteira assinada. Além de outras características, uma particularidade que aproxima estes trabalhadores é o fato de não receberem, normalmente, um salário fixo.
E, quando falamos sobre organização do dinheiro e planejamento financeiro, receber uma remuneração variável pode gerar uma série de dúvidas nas pessoas. Pois, afinal, como é possível organizar as finanças e poupar dinheiro sem ter um salário fixo?
Se você está neste dilema ou conhece alguém que não possui remuneração mensal fixa, o artigo de hoje pode lhe trazer grandes ensinamentos. Continue a leitura e aprenda a organizar as finanças e viver uma vida financeira mais plena mesmo sem salário fixo.
O fator cartão de crédito
O parcelamento é o grande inimigo da acumulação de patrimônio. Ele deve ser reservado para ocasiões específicas – por exemplo, quando não houver outra forma de pagamento disponível, como é o caso de algumas compras online.
Além disso, para quem não tem renda fixa, a questão do cartão de crédito pode se tornar ainda mais complicada. Afinal de contas, não é uma boa ideia se comprometer com o pagamento de um bem ou serviço se você não tem a garantia do recebimento do dinheiro para honrar seus compromissos – e a fatura do cartão.
Por isso, para manter as finanças mais organizadas sem ter um salário fixo, é fundamental ficar atento ao cartão de crédito e controlar seu uso.
Controlando suas finanças
Controlar as finanças é essencial para qualquer pessoa que queira manter um bom controle financeiro e construir patrimônio. Se você sua renda é variável, entretanto, é preciso manter um controle do dinheiro ainda mais rígido.
Ter controle do fluxo financeiro – o que entra e o que sai da sua conta, por exemplo – permite que você acompanhe de perto sua situação financeira e faça melhores escolhas com seu dinheiro. Manter uma planilha de gastos mensais e anotar todos os gastos e ganhos ao longo do mês pode ser de grande ajuda para controlar suas finanças e manter sua vida financeira mais organizada.
A importância da reserva de emergência
A reserva de emergência é necessária e fundamental – independente do tipo de atividade que você exerça. Se você não tem salário fixo, a reserva de emergência se tornará ainda mais indispensável e funcional.
A reserva de emergência nada mais é que um montante de dinheiro – acumulado pouco a pouco – destinado a situações de emergência ou necessidade. Sabe aquele defeito inesperado no carro? Ou uma despesa extra com medicamentos? São para situações como estas que a reserva de emergência funciona.Se esse dia nunca chegar – e você não precisar utilizar o montante destinado à emergências, a reserva pode se tornar parte do seu acúmulo de dinheiro para aposentadoria.
Para quem exerce um trabalho sem salário fixo, a reserva financeira pode ser construída da mesma forma que outros trabalhadores: por meio da destinação de uma parcela do dinheiro recebido mensalmente. Defina uma porcentagem dos seus ganhos mensais e separe este montante para composição da sua reserva de emergência.
A única diferença que você perceberá em relação a quem possui salário fixo, neste caso, é um aporte variável – em linha com sua renda não-fixa – para construção da reserva de emergência todos os meses. Este detalhe, no entanto, não lhe impedirá de ter uma boa reserva financeira e se precaver para eventualidades.
A questão dos custos fixos
Se o seu salário é variável, a melhor escolha que você pode fazer para manter as contas equilibradas é enxugar ao máximo os custos fixos mensais. São eles os responsáveis, muitas vezes, por pesar no bolso de quem não possui um salário fixo em meses de “vacas magras”.
Procure reduzir, quando possível, gastos com celular, transporte, telefone fixo, conta de água, conta de luz e internet, por exemplo. Até mesmo o aluguel – um dos custos fixos que mais pesam no planejamento financeiro mensal – pode ser reduzido se você buscar negociar valores com o dono do imóvel ou até mesmo caso você decida se mudar.
Apesar disso, antes de sair por aí cortando todos os seus gastos fixos e dando preferência aos custos variáveis, é preciso ter em mente que todas estas decisões devem ser analisadas caso a caso antes de serem tomadas. Lembre-se que não é porque um custo é fixo que ele é, necessariamente, menos vantajoso que um custo variável, ok?
O importante aqui é identificar todos os seus custos e verificar onde é possível reduzir gastos.
Definindo metas
Se você possui objetivos, sabe para onde está indo. Por isso, é essencial definir planos financeiros – como uma viagem, um curso, a compra de um carro ou imóvel – e caminhar de modo a alcançá-los mesmo com uma renda variável.
Defina metas e faça um bom planejamento financeiro. Desta forma você consegue organizar-se melhor e economizar dinheiro para alcançar seus objetivos financeiros no curto, médio e longo prazo.
Atentando-se a estas questões no seu dia a dia ficará muito mais fácil organizar as finanças mesmo sem um salário fixo e manter uma vida financeira mais confortável!
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