A estratégia de investir em empresas que pagam bons dividendos costuma ser uma das mais praticadas pelos investidores que desejam viver de renda passiva. Nesse sentido, é interessante conhecer e acompanhar o IDIV.
Ele é um índice que representa as ações de empresas que normalmente pagam mais dividendos aos seus acionistas. Sendo assim, pode servir como referência para aqueles que desejam montar uma carteira com esses proventos.
É o seu caso? Então veja a seguir os detalhes do Índice de Dividendos da B3 — IDIV e descubra como se expor a ele!
O que é o IDIV?
O IDIV é um índice da B3 — a bolsa de valores brasileira. Ele é formado pelas ações que mais remuneram os seus acionistas sob a forma de dividendos e também de juros sobre o capital próprio. Portanto, o indicador funciona como uma carteira teórica desses proventos.
Além disso, ele é um índice de retorno total. Assim, sua cotação reflete as variações do preço das ações que o compõem e também considera o impacto da distribuição de proventos no retorno.
Qual a composição do IDIV?
Como você viu, o IDIV acompanha o desempenho das melhores ações pagadoras de dividendos, principalmente. Para compor essa carteira teórica, é necessário que as empresas atendam a certos critérios de inclusão, como:
- estar presente em 95% dos pregões no período de 3 carteiras teóricas anteriores;
- ter distribuído dividendos para os seus acionistas nos últimos 12 meses;
- fazer parte do terço de ações com maior dividend yield dos últimos 36 meses.
Não estão inclusos nesse índice os brazilian depositary receipts (BDRs) — certificados que representam ações emitidas por empresas estrangeiras. Também não inclui as empresas em recuperação judicial ou extrajudicial ou em regime de administração temporária ou intervenção.
Quais são as principais empresas listadas no IDIV?
A carteira teórica do IDIV tem vigência de 4 meses. Portanto, ao final de cada quadrimestre ela é rebalanceada. Na carteira de setembro a dezembro de 2021, as principais empresas do Índice de Dividendos eram:
- BR Distribuidora (BRDT3);
- Telefônica Brasil (VIVT3);
- BB Seguridade (BBSE3);
- CCR SA (CCRO3);
- Engie Brasil (EGIE3).
Você pode acompanhar as atualizações do Índice de Dividendos (IDIV) diretamente no site da bolsa de valores brasileira.
Por que acompanhar esse índice é importante para o investidor?
Depois de conhecer o que é o IDIV, é importante entender por que vale a pena conhecê-lo. Um dos motivos que ele pode servir como um benchmark para os investidores. Ou seja, pode ser utilizado para medir o desempenho de sua carteira de investimentos.
Assim, quem montou o portfólio a partir de uma estratégia de dividendos pode comparar com o indicador para saber se seu desempenho está abaixo ou acima da média. Além disso, o potencial de ganho do índice pode ser comparado com outros investimentos para avaliar o risco e retorno.
Quem deseja identificar empresas boas pagadoras de dividendos também pode considerar o IDIV para conhecer as companhias. Por fim, há a possibilidade de investir no índice, indiretamente. Contudo, você não receberá os dividendos das empresas.
Como investir para acompanhar o Índice de Dividendos (IDIV)?
Por se tratar de uma carteira teórica, não é possível investir no IDIV. Entretanto, existem formas de atrelar seu investimento a ele para se expor às ações. Uma das maneiras é investir individualmente nos papéis das empresas que o compõem.
Mas seria preciso respeitar a proporcionalidade de cada uma na carteira teórica de dividendos. Assim, essa maneira é mais burocrática. Há outra mais simples. Por exemplo, o investimento em um fundo de índice (ETF) de ações cujo objetivo seja replicar o IDIV.
Nesse caso, o trabalho de comprar todas as ações das empresas que compõem o IDIV ficaria a cargo do gestor do fundo. Nesse sentido, você tem à sua disposição o DIVO11. Ele é um fundo de índice que acompanha o desempenho das maiores pagadoras de dividendos na bolsa.
Quais são as vantagens de investir no DIVO11?
Se você decidiu investir com foco em dividendos por meio do DIVO11 é interessante saber quais são as vantagens desse fundo de índice. Uma delas é a alta diversificação, que pode contribuir para diminuir os riscos relacionados aos investimentos.
Além disso, por focar em companhias que pagam maiores dividendos, é esperado que o patrimônio esteja alocado em empresas consolidadas no mercado. Por conta disso, elas tendem a ser menos voláteis.
Outra vantagem de investir no DIVO11 é a praticidade, como você já viu. Isso porque investir em fundos permite, com um único aporte, expor seus recursos a diversas ações simultaneamente. E todo o trabalho é feito por um gestor.
O custo baixo é outro atrativo desse veículo. Isso acontece porque a gestão de um exchange-traded fund (ETF) — como também é conhecido um fundo de índice — é passiva. Ou seja, o gestor apenas replica o índice.
Logo, ele não precisa aplicar diferentes estratégias para obter ganhos maiores. Por conta disso, sua taxa de administração é menor que os fundos tradicionais.
Quais são as desvantagens de investir no DIVO11?
Por outro lado, investir no DIVO11 tem suas desvantagens. Por exemplo, não está no seu controle quais ações são incluídas. Afinal, o investidor não tem autonomia, pois está se expondo ao portfólio montado por um gestor — e com base no índice.
Outra desvantagem pode ser o risco de mercado. Como se trata da renda variável, a volatilidade existe e os resultados não são garantidos. Apesar de o fundo ser composto por empresas consolidadas, ainda há riscos.
Ademais, investir em fundos ao invés de aplicar seu dinheiro diretamente nas ações implica em custos extras. Por exemplo, existe a cobrança da taxa de administração. Por fim, vale lembrar que os ETFs não distribuem dividendos.
Com este artigo você pôde entender os detalhes do Índice de Dividendos (IDIV) da B3. Agora é possível começar a avaliar se vale a pena se expor a ele, caso seja do seu interesse. Lembre-se de considerar seu perfil de investidor e seus objetivos.
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