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Investir em fundos imobiliários é uma forma de participar dos resultados do setor imobiliário sem necessariamente ter um imóvel. Além disso, a alternativa pode ser interessante para quem tem planos de viver exclusivamente de renda.

Isso porque muitos desses fundos se programam para fazer a distribuição de seus lucros mensalmente. Entre as alternativas que podem ser encontradas na bolsa de valores está o MORE11.

Se você ainda não conhece essa alternativa, aproveite este conteúdo para saber mais sobre as características desse fundo imobiliário.

Acompanhe!

O que é um fundo imobiliário?

Os fundos imobiliários (FIIs) são fundos de investimentos cujo objetivo é investir no mercado imobiliário. Assim como os demais tipos de fundos, eles são veículos de investimento coletivos que reúnem o capital de múltiplos investidores com um objetivo em comum.

Sua organização é semelhante à de um condomínio, tendo de um lado os cotistas (condôminos) e, do outro, o gestor (síndico). Os primeiros são responsáveis pelo pagamento das taxas e custos, enquanto o segundo se encarrega pela escolha dos ativos que integrarão a carteira do fundo.

Os FIIs costumam ser classificados de acordo com suas estratégias de investimento, havendo 3 principais. São elas:

  • fundo de papel: tem foco nos títulos de renda fixa do setor imobiliário. Por exemplo, certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e letras de crédito imobiliários (LCIs);
  • fundo de tijolo: investe majoritariamente em imóveis físicos. Seu propósito é distribuir a renda obtida com a venda ou locação dos imóveis adquiridos — como salas comerciais, agências bancárias, galpões de logística, shoppings, entre outros;
  • fundo de fundos (FOFs): a estratégia é investir prioritariamente em cotas de outros FIIs, de modo a aproveitar os resultados de diversos portfólios.

O que é o MORE11 e quanto ele foi lançado?

Depois de conferir o conceito de fundos imobiliários, chegou o momento de explorar as principais características do MORE 11. Assim que um fundo é lançado no mercado, ele recebe um código para a sua identificação.

É comum que, em investimentos divididos em cotas, esse código seja uma sequência de 4 letras seguidas do número 11. Nesse sentido, MORE11 é o código de negociação do FII More Real Estate. O seu IPO (initial public offering) aconteceu em janeiro de 2020, sendo lançadas 583.842 cotas, naquela oportunidade.

Já a administração do MORE11 é feita pelo BTG Pactual e a gestão pela More Invest Gestora de Recursos. Ele possui taxa de administração para remunerar esses serviços, além de uma taxa de performance — que funciona como um bônus ao gestor quanto ele supera o benchmark do fundo.

Vale destacar que o MORE11 é um fundo de fundos, ou seja, ele dá prioridade a investimentos em cotas de outros FIIs. Então seu objetivo é obter rendimentos de outros fundos imobiliários e compartilhá-los entre seus cotistas.

Já a composição da carteira de um fundo de fundos varia bastante, pois é comum que sua gestão seja ativa e busque superar um benchmark. Em janeiro de 2022, por exemplo, seu portfólio contava com mais de 24 FIIs, como o CORM11, TEPP11, NEWL11, entre outros.

Por fim, vale destacar que os FIIs são obrigados por lei a distribuir, no mínimo, 95% dos seus rendimentos aos cotistas a cada 6 meses. Porém, o MORE11 costuma fazer a distribuição mensal até o 14º dia útil do mês subsequente ao recebimento dos recursos.

Quais as vantagens e riscos de investir em fundos imobiliários?

Sabendo as principais características do MORE11, é possível analisar as vantagens e os riscos de investir em FIIs.

Como principal vantagem, vale destacar a acessibilidade. O custo de uma cota de FII é inferior ao que seria necessário para a compra de todos os imóveis e títulos que integram a sua carteira. Em FOFs, essa característica se torna mais evidente, pois eles trazem exposição a um volume ainda maior de ativos.

Também conta como vantagem a diversificação proporcionada por esse tipo de investimento. Perceba que, com apenas uma cota, o seu capital estará exposto a uma grande diversidade de ativos. Mas é preciso ter atenção, pois há fundos com apenas um ativo em carteira.

Outra vantagem é a gestão feita por um profissional do mercado. Nesse sentido, o investidor não precisa se preocupar em analisar ou escolher os ativos que integrarão a carteira, já que todo esse trabalho é feito pelo gestor profissional

Em relação aos riscos, destaca-se que o investimento em FIIs costuma ser mais arriscado que em aplicações de renda fixa. Isso porque eles integram a renda variável e não possuem garantia de retorno.

Assim, esse é um investimento que pode resultar em prejuízos — a depender da situação do setor imobiliário e o ânimo do mercado. Dessa forma, o investidor precisa adotar estratégias para proteger o seu capital, como diversificar a carteira.

Como investir no MORE11?

Ao chegar até aqui, você deve estar se perguntando como investir no MORE11. Porém, antes de fazer um aporte, você deve avaliar o seu perfil de investidor e definir os seus objetivos no mercado.

Como visto, o investimento em FIIs possui riscos a serem ponderados, fazendo mais sentido para quem tem uma abertura maior aos riscos. Logo, a depender do seu perfil, essa pode não ser a alternativa mais apropriada.

O mesmo se aplica em relação aos objetivos. Os FIIs tendem a fazer mais sentido para quem visa o recebimento de renda passiva ou o longo prazo. Afinal, o período maior de alocação tende a reduzir os impactos das oscilações do mercado no patrimônio alocado.

Caso entenda que o investimento em FIIs é interessante, você precisará de um home broker — a plataforma de negociação que dá acesso à bolsa de valores. Para isso, vale abrir conta em um banco de investimentos de sua confiança — a exemplo do BTG Pactual.

Ainda, não deixe de fazer uma boa análise do fundo de seu interesse. Assim, será mais fácil tomar uma decisão mais embasada e alinhada às suas necessidades.

Agora você já sabe que investir em FIIs, como o MORE11, pode proporcionar ganhos e renda passiva. Porém, antes de alocar seu capital nessas alternativas, verifique se o seu perfil de investidor e objetivos estão alinhados aos riscos presentes no investimento.

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