A oferta agregada é um dos fatores que interferem no desenvolvimento econômico de um país. Entender como esse conceito se relaciona com a demanda agregada é fundamental para compreender o funcionamento da macroeconomia.
As variações econômicas são irregulares e imprevisíveis. Se a produção cai, a tendência é que o desemprego aumente. Para equilibrar oferta e demanda, o governo precisa definir estratégias que controlem essas flutuações.
Neste artigo, você entenderá o que é a oferta agregada e como ela se relaciona com a demanda agregada. Confira!
O que é oferta agregada?
Basicamente, a oferta agregada mostra a quantidade de bens e produtos que as empresas estão dispostas a produzir e vender em função do nível geral de preços. Esse conceito está relacionado com a demanda agregada em escala macroeconômica.
Juntos, a oferta agregada e a demanda agregada determinam fatores como juros, inflação e taxa de desemprego. Em geral, quando o mercado financeiro está mais otimista, a demanda agregada cresce, fazendo a oferta agregada também subir.
Se a oferta for maior do que a demanda, a tendência é que os preços caiam. Quando a demanda é maior, é provável que os preços se elevem. Assim, temos a lei da oferta e procura, uma das principais leis da macroeconomia. De certa forma, isso determina a geração de emprego e a inflação em um país.
Teoria de Keynes sobre oferta e demanda agregada
John Maynard Keynes (1883-1946) foi um dos maiores economistas mundiais. Suas ideias revolucionaram a teoria e prática da macroeconomia. Ele foi um dos principais responsáveis pela mudança na hipótese definida pela Lei de Say.
De acordo com essa definição, a oferta criaria sua própria demanda. No entanto, a teoria da oferta agregada keynesianista propõe que a demanda agregada cria a oferta agregada. Isso define o nível de renda responsável pelo equilíbrio da economia de um país.
A principal crítica de Keynes com relação à teoria econômica clássica é que ela só pode explicar o efeito de políticas no longo prazo. Quando a intenção é explicar os desvios no curto prazo, esse modelo não funciona.
Assim, o economista também considera que quando os agentes econômicos estão mais receosos e a economia adota uma conduta recessiva, o Estado deve aumentar seus gastos. Um exemplo disso são os investimentos em infraestrutura.
Com isso, a demanda agregada consegue manter a oferta agregada em alta e a economia não perderá a sua dinâmica. Embora essa teoria ainda encontre resistência entre alguns estudiosos, ela é coerente.
Quando uma empresa tem oferta maior que a demanda, ela baixará o preço dos seus produtos. Com isso, a produção vai diminuir, resultando em desemprego.
O que é demanda agregada?
Esse conceito reúne todas as demandas de cada agente da economia. De forma literal, a demanda representa a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores gostariam de adquirir por um valor definido.
Apesar disso, essa ação nem sempre está relacionada ao consumo. É possível que as pessoas tenham interesse, mas não consumam determinados bens ou serviços, o que pode ocorrer por diversos motivos. Esse processo é interpretado como procura.
A demanda está apoiada na necessidade de compra. Isso só se concretiza se o consumidor estiver disposto e com condição financeira suficiente para adquirir o bem ou serviço. Assim, a demanda agregada é a quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos a comprar em um determinado nível de preço.
Basicamente, existem três agentes que compõem a demanda agregada, sendo eles:
- consumidores;
- empresas;
- governo;
- exportações.
Cada um deles têm as próprias demandas. Os gastos de consumo privado são as despesas das pessoas em bens e serviços, como alimentação, lazer, viagem, vestuário, entre outros. Os investimentos para as empresas são relacionados à compra de máquinas e ao aumento desejado de estoque.
Os gastos do governo incluem compras de produtos e serviços, pagamento de funcionários e outros investimentos. Já as exportações são traduzidas em vendas para o exterior.
A demanda agregada é resultado da soma de todas as demandas dos agentes da economia. Por isso, quando um deles está disposto a gastar mais, a demanda agregada aumentará. Isso pode resultar no aumento generalizado dos preços.
Qual é a relação entre oferta e demanda agregada?
Como abordamos, a demanda influencia a quantidade de oferta. Afinal, se uma empresa está em plena produção e com o estoque elevado, a tendência é que ela abaixe os preços para que seus produtos tenham maior saída.
É nesse sentido que a teoria de Keynes aborda que, em um cenário ideal, a demanda agregada deveria ser igual ou superior a oferta agregada. Com isso, não é necessário deixar o trabalhador desempregado e é possível que a economia fique estabilizada.
Qual é a importância do equilíbrio entre elas?
Encontrar o equilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada e buscar o pleno emprego é um dos grandes desafios para os economistas. Sem estabilidade, isso pode fazer com que o país sofra um processo inflacionário.
Se os agentes econômicos estão otimistas, a demanda agregada aumentará. Com isso, o desemprego tende a ser menor, mesmo que não seja possível alcançar um nível de emprego pleno na economia.
Se o cenário é pessimista, o governo entra em cena e define estratégias de atuação na macroeconomia. O objetivo dessas ações é garantir o crescimento do país e controlar os indicadores econômicos. Entre as medidas que visam promover esse desenvolvimento, estão:
- investimentos em capital humano, por meio da promoção da educação e da saúde coletiva;
- investimento em infraestrutura pública, o que permite o desenvolvimento das empresas;
- políticas de promoção da concorrência;
- incentivo ao desenvolvimento de atividades que geram externalidades positivas;
- fornecimento de bens público;
- entre outras.
Concluindo
Diversos fatores influenciam na economia, tanto a curto quanto a longo prazo. Para Keynes, recessões e depressões econômicas podem ser resultado de uma oferta agregada inadequada. O modelo proposto pelo economista visa analisar e explicar as flutuações econômicas de curto prazo.
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