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Você provavelmente conhece pessoas que saíram de seus empregos. De acordo com uma pesquisa realizada em 2015 pela Isma Brasil, 72% das pessoas estão insatisfeitas com seus postos de trabalho. Ou seja, uma grande parcela da população não se sente feliz na vida profissional.

A insatisfação surge de diversos fatores, como o estresse, salários baixos, chefes abusivos, um ambiente nada harmônico, dentre outros. Fato é que trabalhar se tornou uma atividade ruim para esses brasileiros, que não veem a hora de pedir a demissão ou de serem demitidos.

Mas você já parou para pensar por que as pessoas abandonam seus empregos? As razões dependem de cada um e mudam de acordo com a geração. Entenda mais sobre o assunto!

Comunicação: a base de tudo

Comunicar-se claramente é essencial para que não haja mal entendidos. Quando há falta de clareza e diálogo entre gestores e seus subordinados, diversos problemas podem aparecer, como: intrigas, atrasos, brigas e trabalhos necessitando serem refeitos.

Os supervisores devem estar em constante contato com sua equipe, seja para estabelecer metas, conversar com eles para compreender como estão se sentindo no trabalho, se estão tendo problemas e para passar-lhes um feedback.

Entretanto, isso não acontece em diversas empresas. Afinal, na pesquisa citada, a falta de comunicação foi um dos principais fatores de insatisfação no trabalho.

Excesso de tarefas

Uma pessoa é contratada para exercer determinadas atividades. Contudo, no decorrer do tempo, esse funcionário acaba recebendo mais tarefas do que consegue cumprir no seu turno de trabalho.

O chefe o interrompe a todo momento pedindo para fazer algo com urgência e, assim, as tarefas do dia, que deviam ser concretizadas, acabam sendo postergadas.

O excesso de tarefa sobrecarrega os empregados. Dependendo do cargo ou do estilo do funcionário, acaba necessitando fazer horas extras ou até levar o trabalho para casa.

Trabalhadores esgotados não são produtivos. Assim, se eles não são demitidos por falta de produtividade, acabam se demitindo por ficarem cansados e sem vida social.

Chefes ruins, empresa com fim

O líder pode ter papel fundamental na decisão de um funcionário, quando este abandona o emprego. Às vezes, pessoas não deixam as empresas por elas serem ruins, mas por terem lideranças ruins. De acordo com um estudo, foi possível constatar que:

  • 39% dos trabalhadores afirmam que seu supervisor não cumpre promessas;
  • 27% afirmam que o supervisor faz comentários negativos sobre a equipe a outros funcionários;
  • 24% dizem que o gestor invadiu sua privacidade;
  • 23% disseram que o supervisor culpa os outros para encobrir erros próprios

Abusos por parte de chefes e supervisores podem deixar funcionários estressados e irritados. Alguns ficam com medo de serem demitidos ou sofrerem represálias. Mesmo se a empresa e a equipe de trabalho é boa, um gestor ruim pode ser motivo suficiente para um empregado pedir as contas.

Relacionamentos tóxicos

É normal ter equipes em que integrantes não se dão bem com outros. Mas isso não é motivo para que ocorram demissões, pois motivos meramente subjetivos não as justificam.

Ou seja, ninguém pode ser mandado embora simplesmente por ser considerado mal humorado, irritante ou outro motivo que tenha a ver com a mera opinião pessoal de outros colegas de equipe.

Se um empregado não se dá bem com o restante do grupo, é provável que não queira ficar ali por muito tempo. Na prática, falar mal de colegas, apesar de ser errado, é bastante comum. O pior acontece, realmente, quando empregados inventam histórias ou afirmam que o colega disse ou fez algo que não condiz com a realidade.

Além de desgastar a relação entre a equipe, o funcionário que sofreu a difamação passará a não confiar mais e a ter medo de expressar suas opiniões. Essas inverdades podem ser tão exacerbadas que o gestor poderá repreendê-lo ou ficar a ponto de demitir o funcionário lesado por acreditar no que lhe foi dito.

Uma equipe tóxica pode tirar não só um emprego de forma injusta, mas prejudicar a saúde mental daquele que foi injustiçado.  O ideal é o supervisor repreender esses comportamentos tóxicos e não deixar que aconteçam situações semelhantes.

Falta de oportunidades de crescimento

Talvez você já tenha ouvido falar sobre “modernidade líquida”, conceito criado pelo sociólogo Zygmunt Bauman. Antigamente, uma pessoa encontrava um emprego e permanecia nele por toda sua vida profissional, Hoje em dia, uma pessoa começa a laborar em um determinado local e dificilmente terminará sua carreira lá.

O mundo atual modifica-se constantemente e as empresas precisam sempre se renovar para manter seus trabalhadores motivados e ativos. Caso não façam isso, os perderão para outras companhias. Contudo, existem ainda muitos lugares que não oferecem novos desafios, aprendizados, incentivos e claro, oportunidade de crescimento.

Assim, o trabalhador vê que não há futuro na empresa e resolve sair. A menos que goste muito do que faz, as chances de permanecer no emprego são muito pequenas.

Mas afinal, por que as pessoas abandonam seus empregos?

Qualquer trabalhador, quando consegue um emprego, deseja ser visto como um ser humano, alguém importante para o funcionamento e para o crescimento da empresa. Os jovens, principalmente, querem estar em constante aprendizado e crescer com a equipe e toda a companhia.

Contudo, ser reconhecido não é o bastante. Proporcionar um ambiente harmônico, com perspectiva de crescimento, conceder constantes cursos de aprimoramento e ter uma liderança certa, confiante e amigável é essencial para a permanência desses profissionais.

As pessoas deixam empregos porque não se sentem úteis na empresa, sofrem com difamações ou abusos por parte de chefes. Por isso, todo local de trabalho deve sempre analisar o que pode ser melhorado e ouvir dos seus colaboradores o que pode ser aprimorado.

A comunicação entre os setores deve ser facilitada para que todos contribuam para um ambiente empresarial saudável. Trabalhar a gestão de pessoas é um dos principais fatores para fazer uma empresa crescer.

Conclusão

As pessoas abandonam seus empregos porque precisam se sentir úteis e desejam trabalhar em locais que oferecem harmonia entre a equipe, clareza nas comunicações e oportunidades para crescer, aprender e melhorar sua performance. Toda empresa, independente do seu porte, deve integrar os seus setores para que a comunicação seja o meio para que todos os problemas sejam resolvidos.

Dialogar com todos os empregados e compreender o que eles têm a dizer pode ser a solução para que as empresas não percam capital social e os deixem motivados. Assim, é possível criar um ambiente em que todos desejam trabalhar.

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