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O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldafjn, confirmou, na última quinta-feira (29), que o cheque especial sofrerá mudanças em breve. As alterações na linha de crédito devem ser divulgadas pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ainda neste mês de abril.

De acordo com Goldafjn, a Febraban tem estudado, desde o início de 2018, diversas ações cujo objetivo seria melhorar as condições do cheque especial no país. Segundo dados recentes divulgados pelo Banco Central, a taxa média de juros cobrada no cheque especial ficou em 324,1% ao ano no mês de fevereiro.

Apesar de não oferecer maiores informações sobre o assunto, a declaração do presidente do BC manteve-se em linha com as informações divulgadas pela própria Febraban no início de 2018. Na época, a federação informou que possíveis medidas no âmbito do cheque especial visariam “melhorar o ambiente de crédito no país e reduzir o spread” – que é a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos pelos bancos nos investimentos.

O cheque especial é a segunda modalidade de crédito mais cara do Brasil, ficando apenas atrás do rotativo do cartão de crédito. Por ser vinculado à conta bancária dos correntistas, muitos consumidores acabam caindo na “armadilha” de contratar o serviço que, ao não ser pago com os devidos acréscimos dos juros, acaba se transformando em uma imensa “bola de neve”.

Redução dos juros

Segundo o presidente do Banco Central, o BC “está trabalhando” para que haja uma redução mais rápida dos juros cobrados pelas instituições financeiras aos consumidores. “Vamos trabalhar por uma queda mais rápida nas taxas bancárias”, afirmou.

Nos últimos meses, apesar os seguidos cortes na taxa Selic, os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos se mantêm em patamares elevadíssimos, sem grandes alterações para o consumidor.

Além de sugerir mudanças para o cheque especial em breve, Goldafjn também anunciou a redução na taxa dos depósitos compulsórios – montante financeiro que os bancos devem manter depositados no Banco Central. Na prática, a redução da porcentagem dos depósitos compulsórios deverá liberar mais de R$ 25,7 bilhões para a concessão de empréstimos a clientes por parte das instituições financeiras.

“Os custos operacionais (dos bancos) são elevados, dado o custo Brasil, pelo custo da inadimplência, de impostos, custo regulatório, e tem o custo do compulsório. Todos esses itens nós estamos tentando atacar, inclusive o item de competição. Tivemos várias medidas nesta semana que estimulam a competição em vários mercados, como o de débito”, disse.

 

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