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A renda mensal de cerca de 35% da população brasileira é insuficiente para o pagamento em dia das contas do dia a dia. É o que diz um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgado no final da semana passada.

De acordo com a pesquisa, 35% das pessoas não recebem o necessário para honrar seus compromissos mensais, enquanto outros 46% afirmam não sobrar dinheiro no final do mês. Apenas 13% dos entrevistados afirmaram ter as contas em dia e dinheiro sobrando para consumir ou realizar investimentos com parte da renda mensal recebida.

Por conta deste cenário, o SPC afirmou que o percentual de brasileiros que tiveram crédito negado ao tentar realizar uma compra parcelada aumentou no mês de julho na comparação com junho: 19% dos consumidores não conseguiram ter acesso ao crédito no início do segundo semestre, ante os 17% registrado no final do primeiro semestre de 2018.

Segundo a CNDL e o SPC, dois em cada 10 consumidores tiveram o acesso ao crédito negado nas compras a prazo em julho. O principal motivo para esta negativa foram as restrições do CPF em órgãos de proteção ao crédito pelo não pagamento de contas. A falta de comprovação de renda ou renda insuficiente também pesaram contra o consumidor.

Cartão de crédito: o eterno vilão

Ainda de acordo com a pesquisa divulgada pelo SPC e CNDL, 23% dos usuários de cartão de crédito consultados caíram no crédito rotativo no mês de julho devido à não quitação da fatura do cartão. Nestes casos, de acordo com dados do Banco Central, o pagamento de juros sobre o valor devido da fatura se aproxima de 300% ao ano, em média.

Entre os itens mais adquiridos no cartão de crédito pelos consumidores, no mês de julho, foram itens de necessidade básica, como alimentos em supermercados (67%) e medicamentos (45%), seguidos por combustível (33%), roupas, calçados e acessórios (31%), e idas a restaurantes e bares (30%).

O objetivo de 53% os entrevistados, segundo o levantamento, era reduzir os gastos com o cartão de crédito ao longo do mês de agosto. Entre estes brasileiros, 29% afirmaram que pretendiam cortar gastos com cartão devido ao alto custo de vida, enquanto 28% afirmou que tinha como objetivo fazer economia em relação à renda mensal; para 24%, a redução no uso do cartão de crédito era necessária por conta do desemprego.

Empréstimos e financiamentos

Ter acesso a empréstimos e financiamentos tornou-se uma tarefa ainda mais difícil para metade dos consultados pelo SPC – que afirmaram enfrentar dificuldades para conseguir crédito no mercado. Entre os consumidores com renda mensal de até 5 salários mínimos, o percentual de pessoas que não conseguem ter acesso a financiamentos e empréstimos sobe para 55%.

“Há um contingente grande de consumidores que já tiveram acesso ao crédito em um passado recente, mas que hoje enfrentam restrições por atrasos de pagamentos ou pela perda do emprego, afirmou, em nota, José Cesar da Costa – presidente da CNDL.

Entre aqueles que conseguiram ter acesso a empréstimos e financiamentos nos meses anteriores, 44% afirmaram ter atrasado parcelas da dívida em algum momento. Parte destes consumidores ainda possui pendências no pagamento destes empréstimos.

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