Qual a sua relação com o dinheiro? Aposto que você aprendeu a lidar com valores durante a vida e, como ela está repleta de desafios, é provável que tenha sofrido algumas frustrações que poderiam ser evitadas.
E com os filhos, é imprescindível colocar as finanças como parte da educação. Mas quando começar começar? E COMO abordar esse assunto?
Saiba a melhor forma de conversar com os pequenos. Continue a leitura e descubra quando começar a considerar a educação financeira para crianças!
De 3 a 6 anos
Converse no nível de entendimento da criança que cada moeda tem um valor e, conforme este aumenta poderá comprar mais coisas. É interessante mostrar que cada cédula de papel possui um ANIMAL DIFERENTE. Isso facilita a compreensão.
Deixe a criança ciente que todo o dinheiro que a família possui vem do trabalho. Normalmente elas pensam que é proveniente do banco e isso cria uma mentalidade de que é fácil ter acesso a ele.
De 7 a 11 anos
Nesta idade as crianças já estão no colégio e, provavelmente, vão querer todos os brinquedos e cadernos de personagens que seus amiguinhos têm. É importante que ela saiba esperar a hora certa de ter cada mimo. Desenvolver a capacidade de autocontrole é um diferencial para ter as finanças em dia no futuro.
Nem sempre é possível comprar um item mais caro fora das épocas de aniversário ou Natal. Então tenha uma conversa franca de que você e a família está trabalhando para conseguir e que isso leva tempo e esforço.
De 12 a 16 anos
Os seus pequenos estão crescendo. Este é o momento perfeito para adquirirem um pouco mais de responsabilidade. É bacana criar uma conta corrente digital (para não ter taxa), comece a explicar como funciona a dinâmica de empréstimos e cartão de crédito.
Deixe claro que pode virar uma bola de neve se não forem usados de forma correta e que isso pode acabar causando um desconforto financeiro. Explicar como os juros compostos funcionam também é uma boa!
Assim, já pode começar a introduzir o mundo da renda fixa para o seu pequeno investidor mais adiante…Não se esqueça se supervisionar essa conta, hein?
5 Dicas de como falar sobre educação financeira para crianças
Pedagogia do exemplo
As crianças têm muita facilidade de aprender e conectar informações. Essa habilidade é natural dos pequenos e eles prestam muita atenção aos comportamentos reproduzidos pelos adultos em sua volta.
No final das contas, os pais ou responsáveis são um espelho. O ideal é sempre falar sobre dinheiro de uma forma mais natural. E não como algo escasso e ruim.
E, desta forma, seus filhos vão perceber que os conceitos corretos levam a coisas boas, assim como o uso errado leva a dívidas.
Jogos
A vida tem altos e baixos e a parte financeira não escapa disso! Expor a criança a jogos que possam simular essa realidade é uma forma de prepara-las naturalmente e de maneira divertida.
Quem nunca jogou “Banco imobiliário” e “Jogo da Vida”? São excelentes opções para começar a introduzir as crianças no complexo mundo financeiro.
Só não vale deixar a criança ganhar. Afinal, esta também é uma boa oportunidade para ensinar a como ela deve lidar com vitórias e derrotas.
Mesada/Semanada
Independente da quantia, é bacana a criança receber algum valor por semana ou por mês. Procure separar o dinheiro em duas partes iguais sendo que 50% seja destinado à criança e os outros 50% para os sonhos.
Assim, quando ela receber o primeiro salário, já vai estar claro e natural que deve-se guardar uma parte para o futuro.
Essa será uma quebra de cultura que a maioria do povo brasileiro possui. Afinal, é comum que acompanhemos, na sociedade, uma relação mais imediatista com o dinheiro.
Se gasta grande parte do salário sem poupar nenhuma quantia para uma eventual emergência, ficando a mercê de empréstimos caros de grandes bancos.
Desta forma você estará educando enquanto seu filho\a estará criando uma noção de como administrar seus ganhos ao mesmo tempo que amadurece a noção de tempo e o quanto é importante dar valor ao dinheiro.
Fazendo contas
Peça que seu filho anote todos os gastos que fez durante o período. Assim, quando vocês conversarem sobre o assunto, pergunte quais dos itens não foi uma boa ideia.
Seu filho vai começar a sentir a famosa “dor do pagamento”. E isso irá mostrar para ele como é importante pesquisar preços antes de comprar e até mesmo a pensar se realmente vale a pena adquirir aquele produto.
Um outro método diferente, mas este vale para os mais velhos já que envolve cálculos, é justamente relacionar o valor ganho/gasto com o tempo. Por exemplo, você dá ao seu filho 70 reais por semana, sendo um total de 280 reais por mês.
Para mostrar ao seu filho se a compra realmente vale a pena, faça com que ele veja quanto tempo precisou esperar para comprar o item, se for um item de 140 reais, ele deverá ter esperado duas semanas e este produto foi exatamente a metade de quanto ele ganhou no mês todo.
Projetar sonhos
Planejar alguma atividade junto com seu filho\a é uma forma interessante de estimular a imaginação dos pequenos. Após escolherem o local, diga que cada um pagará o seu sorvete, ou qualquer outro item com valor mais acessível.
Assim, eles vão entender que o dinheiro é um intermediador para alcançar os seus objetivos e também aprenderão aos poucos a lidar com a relação de custo x benefício
Desenhos
Atualmente, as propagandas infantis são muito agressivas e tentam mostrar que seu filho só vai se divertir se tiver o brinquedo X, ou que não existe nada melhor do que aquele brinquedo super exclusivo. E que é bem caro por sinal.
Uma alternativa para isso é separar alguns DVDs com desenhos realmente educativos, evitando que a criança consuma muito material de marketing agressivo.
E como o papo é sobre finanças, separei um da Turma da Mônica para seus pequenos. Você pode acessar clicando aqui.
Espero que você tenha gostado deste artigo sobre educação financeira para crianças. Comente com a gente se você tem alguma outra sugestão sobre como lidar com as crianças quando o assunto é ensinar sobre o mundo financeiro.
*Este artigo foi produzido pelo App Renda Fixa com exclusividade para o Portal André Bona.
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Leticia
Ótimo, adorei!!! Obrigada pelas dicas.