Os certificados de depósitos bancários (CDBs) estão entre as principais alternativas de investimento na renda fixa. No entanto, é importante conhecer outros títulos para encontrar novas oportunidades para compor a sua carteira. Por isso, vale a pena saber o que é RDB.
Esse título também está presente na renda fixa, mas apresenta características diferentes de outras alternativas conhecidas. Assim, é interessante conhecer as especificidades dos RDBs para entender se eles podem se adequar às suas estratégias.
Quer entender as diferenças entre RDB e CDB? Continue a leitura e saiba mais sobre as duas alternativas de investimentos!
O que é RDB?
A renda fixa apresenta alternativas de investimento que vão muito além das aplicações tradicionais, como a poupança, os CDBs e os títulos públicos do Tesouro Direto. E essas oportunidades menos conhecidas podem trazer vantagens para os investidores.
Uma dessas aplicações menos populares é o recibo de depósito bancário (RDB). Ele consiste em um título privado que pode ser emitido por bancos, cooperativas, sociedades de crédito e financiamento e fintechs. O propósito é que o RDB sirva como um instrumento de captação de recursos.
Assim como muitas outras alternativas da classe de renda fixa, esse investimento funciona como um tipo de empréstimo. Ou seja, o investidor aplica seu capital para receber esse montante acrescido de juros em uma data predeterminada.
Como ele funciona?
Agora que você entendeu que é o RDB, é preciso saber como ele funciona. Para isso, existem quatro aspectos que são fundamentais para a sua compreensão.
Saiba mais sobre eles!
Rentabilidade
Os RDBs se distinguem entre si de acordo com seu tipo de rentabilidade. Como nos demais títulos de renda fixa, ela pode acontecer de forma prefixada, pós-fixada ou híbrida.
Os títulos prefixados se caracterizam por apresentarem uma porcentagem fixa e imutável para a rentabilidade da aplicação. Logo, antes mesmo de realizar o aporte, o investidor conhece de antemão quais serão os seus ganhos até o vencimento.
Já no rendimento pós-fixado, o cálculo é realizado apenas no momento do resgate. Isso acontece porque a rentabilidade acompanha um índice do mercado. Geralmente, os RDBs utilizam o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) como referência para a remuneração.
Finalmente, os títulos híbridos são aqueles que mesclam os dois tipos de rentabilidade. Logo, eles têm rendimento atrelado a um indexador mais uma taxa fixa. De maneira mais comum, esse tipo de aplicação acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador da inflação.
Tributação
Sobre a tributação, é válido saber que há incidência de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos dos RDBs. A alíquota segue a tabela regressiva e funciona da seguinte forma:
- 22,5% de IR cobrado em resgates realizados em até 180 dias;
- 20% de IR cobrado em resgates realizados de 181 a 360 dias;
- 17,5% de IR cobrado em resgates realizados de 361 a 720 dias;
- 15% de IR cobrado em resgates realizados a partir de 721 dias.
O Imposto sobre Operações Financeira (IOF) também incide sobre o RDB. Ele segue uma tabela regressiva e a sua cobrança só acontece em resgates com menos de 30 dias de aplicação.
Liquidez
De maneira mais comum, os RDBs são títulos de baixa liquidez. Por isso, é mais usual que eles não apresentem liquidez diária e que o resgate da aplicação possa ser feito apenas na data do vencimento.
Contudo, já existem instituições — especialmente fintechs — que oferecem a possibilidade de resgate a qualquer momento. Sendo assim, pode ser interessante buscar por diferentes opções e compará-las antes de tomar sua decisão de investimento.
Segurança
Uma das principais características da renda fixa está no baixo risco dos títulos. Com os RDBs, não é diferente. Um ponto positivo é que essa modalidade conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
A instituição garante proteção de até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira, em caso de falência ou problemas financeiros da emissora do título. Também existe um teto global de R$1 milhão, que é renovável a cada quatro anos.
No entanto, vale destacar que nenhum investimento é totalmente isento de riscos. Portanto, vale a pena avaliar o título e a saúde financeira da instituição que emite o RDB, antes de investir nele.
Quais as diferenças entre RDB e CDB?
Como você viu, existem diversos pontos em que o RDB se assemelha ao CDB. Ambos são títulos privados e apresentam previsibilidade de rendimento. Além disso, eles desempenham o mesmo papel de captação de recursos para seus emissores.
No entanto, existem características que os diferem. Por exemplo, os CDBs são emitidos por bancos. Já os RDBs podem ser emitidos por cooperativas e sociedades de crédito e financiamento — além de bancos.
Outra diferença está na oferta. Os CDBs costumam ser títulos mais comuns e que contam com uma maior disponibilidade no mercado. Para os RDBs, geralmente há uma quantidade limitada de alternativas.
A liquidez é outro ponto de destaque. Como você viu, os recibos de depósitos bancários costumam ser títulos de baixa liquidez. Assim, muitas vezes é preciso aguardar até o vencimento da aplicação para reaver o capital. Enquanto isso, existem diversos CDBs com liquidez diária.
Além disso, conforme o nome indica, os RDBs se tratam de recibos. Por isso, eles são intransferíveis e não há como negociá-los no mercado secundário. Essa é mais uma diferença marcante em relação aos CDBs.
Vale a pena investir em RDBs?
Agora você sabe que, embora apresentem semelhanças, existem distinções importantes entre CDBs e RDBs. Desse modo, é natural que muitos investidores se perguntem se vale a pena investir nesses recibos.
A resposta depende, em primeiro lugar, do seu perfil de investidor e dos seus objetivos financeiros. É preciso analisar se os RDBs apresentam alinhamento com esses dois pontos. Ademais, existem mais aspectos que devem ser considerados.
A liquidez é um deles. A baixa liquidez pode ser útil para aqueles que desejam manter o dinheiro protegido contra gastos impulsivos. No entanto, caso o seu foco seja criar uma reserva de emergência, é possível que os RDBs não sejam a melhor alternativa.
Por fim, tanto RDBs quanto CDBs podem funcionar para diversificação de carteira. Afinal, é possível ter esses investimentos em conjunto com outros títulos. Para isso, a clareza na estratégia é fundamental para a gestão de riscos e a organização de objetivos de curto, médio e longo prazo.
Como vimos, saber o que é RDB é importante para expandir as suas alternativas de investimentos. Assim, você pode avaliar diversas oportunidades e, caso faça sentido em seu planejamento, é possível realizar as aplicações!
Quer entender mais sobre as oportunidades que a renda fixa apresenta? Entenda como funcionam as rentabilidades de seus principais títulos!