Você certamente já ouviu falar sobre a existência das injustiças salariais, não é mesmo? Não é incomum que em um evento, uma festa ou qualquer local onde as pessoas se reúnem e conversam, alguém tocar no assunto finanças e salário e fazer comparações salariais.
Ouvir afirmações como “é absurdo um jogador de futebol como o Neymar ganhar tanto dinheiro enquanto um professor ganha um salário tão baixo no Brasil” é até bastante comum nos dias de hoje. Este tipo de declaração, no entanto, evidencia uma grande dificuldade das pessoas no entendimento de como funciona o fluxo de renda e da realidade do mundo onde vivemos.
As discrepâncias salariais existem e, em um primeiro momento, podem ser até bastante chocantes. Mas será que a injustiça salarial, de fato, é real? Descubra ao longo do artigo de hoje.
Salário do Neymar X profissionais comuns
Quando alguém comenta sobre o salário do Neymar ou de outros jogadores de futebol e profissionais que possuem um alto salário, a comparação que se faz é justamente em relação aos ganhos extraordinários de alguns profissionais versus os ganhos imensamente menores de outras pessoas trabalhadoras e esforçadas.
Nesta situação, o que se deixa de analisar – e que seria essencial para compreender estas disparidades salariais – é a capacidade que cada uma destas pessoas têm de entregar algo ou ser útil a um maior número de pessoas possível.
A atividade de lecionar, por exemplo, é fundamental em sua importância para toda a sociedade. O que explica a remuneração mais baixa dos professores, no entanto, é o fato de que o impacto de uma pessoa que dá aula pra 40 pessoas é menor do que o impacto de um profissional que exibe um esporte –ou clube – para o mundo inteiro.
Por isso, é importante observarmos que não existe, de fato, uma relação entre a importância de um trabalho e a remuneração que ele oferece: esta vinculação está na nossa mente, mas ela não existe. Inúmeros trabalhos são importantes para o funcionamento da sociedade: o gari, por exemplo, faz um trabalho fundamental pra nossa vida na cidade. Sem o gari, você já imaginou a quantidade de doença que se proliferariam nas grandes cidades do Brasil e do mundo?
Porém, a questão da renda associada à importância do trabalho não é uma realidade no mundo no qual vivemos. Por isso, caso você seja uma entre tantas pessoas que fazem este tipo de associação na hora de falar sobre injustiças salariais, sugiro que você pare de fazê-las para não se frustrar.
Qual é a capacidade agregada? Pense nisso!
Como você pode entender mais acima, a remuneração que alguém recebe está relacionada ao número de pessoas que cada profissional consegue atingir, e também com a quantidade de pessoas que são capazes de realizar a mesma mão de obra que você realiza. Quanto menos pessoas puderem exercer a sua função, mais rara ela se torna e, portanto, mais valiosa.
Isso explica porque o Neymar e outros profissionais que se destacam em suas áreas de atuação recebem uma remuneração muito acima dos demais profissionais. Quantas pessoas no mundo conseguem fazer o que o Neymar faz em campo? A capacidade de fazer o que o Neymar e outros profissionais fazem na comparação com trabalhadores do mesmo segmento de atuação, portanto, é o que define o salário que recebem.
Torne-se um profissional raro!
Se você pretende estar entre o grupo de pessoas que recebe uma boa quantia de dinheiro, sua melhor aposta é ser raro no que faz. Tornar o seu trabalho valioso e superior ao trabalho da maioria das pessoas do seu segmento.
Na medida em que você se especializa e evolui em sua área de atuação, você tende a ser melhor remunerado. O mercado de trabalho é como uma pirâmide: quanto mais no topo, menor o número de pessoas que possui acesso ao tipo de informação e conhecimento que se necessita para ter resultados salariais satisfatórios. É isso o que eleva a sua renda.
As injustiças salariais, portanto, não são uma realidade. É imprescindível que você entenda este conceito e não caia na falácia das injustiças salariais. A função que diversos profissionais exercem faz grande diferença na sociedade, mas esta mesma função não está nem estará associada aos ganhos de cada um.
Ao invés de falar das discrepâncias salariais e das ditas “injustiças salariais”, procure batalhar e se esforçar para tornar-se um profissional como o Neymar no seu campo de atuação, independente de qual seja sua área trabalho. Quanto maior sua evolução, estudo e especialização, maior tende a ser sua remuneração ao longo do tempo frente a outros colegas de profissão.
E qual a sua opinião sobre as injustiças salariais? Deixe seu comentário!
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