Uma alternativa para quem deseja diversificar a carteira de investimentos na renda fixa é investir em títulos de crédito privado. Trata-se de um tipo de aplicação emitida por instituições privadas para captar recursos de investidores.
Assim, esses títulos tendem a ser mais rentáveis — mas ainda mantém os baixos riscos da renda fixa. Se o seu objetivo é fazer o seu dinheiro se multiplicar ainda mais, pode valer a pena conhecer essa opção e analisar suas vantagens e desvantagens.
Quer entender o que é título de crédito privado, quais os tipos disponíveis e como investir? Continue a leitura para conferir!
O que são títulos de crédito privado?
As aplicações de renda fixa são aquelas que têm regras de remuneração especificadas no momento da aplicação. Com isso, funcionam como uma espécie de empréstimo que você faz ao emissor e ele devolve com juros.
Os títulos podem ser emitidos por instituições públicas, mas, como o nome indica, os títulos de crédito privados são emitidos pelas instituições privadas. Eles podem ter rendimentos prefixados, pós-fixados ou híbridos, a depender das condições oferecidas pelo emissor.
Por apresentarem previsibilidade, as aplicações de crédito privado podem interessar o perfil de investidor mais conservador. Ao mesmo tempo, elas oferecem riscos um pouco maiores do que títulos tradicionais, então também podem atrair outros perfis.
O maior risco relacionado aos títulos de crédito privado tem relação com o emissor. Afinal, quem emite os títulos são empresas — e não há cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). É também por isso que costumam oferecer rendimentos maiores.
Assim, o crédito privado pode ser explorado por pessoas que estejam habituadas aos títulos da plataforma do Tesouro Direto ou opções tradicionais da renda fixa, mas querem aumentar a rentabilidade e diversificar os investimentos.
Como funciona esse tipo de investimento?
Para avaliar se essas aplicações de renda fixa são as melhores para o seu caso, é fundamental entender como elas funcionam.
Confira algumas informações importantes para o investidor!
Rentabilidade
Você já viu que esse é um tipo de investimento que tende a ser mais rentável. Mas é preciso entender como são atribuídos os juros.
Saiba mais sobre as três formas de rentabilidade:
- prefixado — a taxa é fixa e o investidor sabe exatamente quanto receberá se resgatar o dinheiro na data do vencimento;
- pós-fixado — o rendimento fica atrelado a algum indicador, como o CDI (certificado de depósito interbancário);
- híbrido — nesse caso, o investimento acompanha uma taxa, como IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou IGP-M, acrescido de um valor prefixado.
Liquidez
A liquidez se refere à facilidade com a qual um investimento pode ser transformado em dinheiro. Para títulos de crédito privado, ela costuma ser baixa. Ou seja, o montante não pode ser facilmente resgatado.
O resgate geralmente se dá apenas na data de vencimento. Para resgates antecipados, é preciso vender o título no mercado secundário — o que pode trazer perdas. Assim, é interessante se planejar para esperar o prazo de vencimento.
Riscos e garantias
Como você viu, os títulos de crédito privado apresentam maiores riscos do que outras opções tradicionais da renda fixa. Em especial, porque não possuem a cobertura do FGC. Mas existem formas de se resguardar.
Para aumentar a sua segurança, você pode analisar o rating da empresa. Além disso, vale considerar o histórico dela e o nível de endividamento. Antes de comprar um título, observe também se as taxas oferecidas compensam o risco.
Quais são os principais títulos de crédito privado?
Agora que você já entendeu o que é título de crédito privado e como esse tipo de investimento funciona, é hora de conhecer as alternativas do mercado.
Confira as principais!
CRI e CRA
Os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) fomentam projetos do mercado imobiliário. Já os certificados de recebíveis agrícolas (CRAs) são direcionados ao setor agrícola. Ambos são emitidos por securitizadoras.
A principal vantagem do CRI e do CRA é o fato de serem isentos de Imposto de Renda. Logo, podem resultar em um ganho líquido maior para o investidor.
De modo geral, os títulos são muito parecidos entre si. A diferença entre eles é o segmento (como o nome indica) e o valor mínimo — que tende a ser mais elevado para os CRAs.
Debêntures
As debêntures são títulos emitidos por empresas de diversos setores, com prazo de resgate de médio a longo. Diferentemente dos títulos anteriores, elas são tributadas pelo Imposto de Renda.
A alíquota é menor conforme o tempo de investimento:
- até 180 dias — 22,5%;
- 181 a 360 dias — 20%;
- 361 a 720 dias — 17,5%;
- acima de 720 dias — 15%.
No entanto, existe um tipo específico de debênture que é isenta do Imposto de Renda: a debênture incentivada. Trata-se dos títulos destinados para projetos de infraestrutura que beneficiem o país, como a construção de portos, rodovias etc. Por isso, contam com incentivo.
Como investir em títulos de crédito privado?
Os títulos de crédito privado podem ser encontrados nas prateleiras de bancos de investimentos. Mas antes de investir, é preciso observar se essa proposta é condizente com o seu perfil de investidor e objetivos.
Afinal, você precisa saber se lida bem com o risco um pouco maior. Além disso, é preciso considerar se o prazo está adequado para seus objetivos. De preferência, evite a necessidade de resgate antes do vencimento, para prevenir perdas.
Após analisar esses fatores e decidir investir, você pode consultar sua conta no banco de investimento e ver quais são as ofertas disponíveis. Então compare as variáveis para encontrar o título que se alinha à sua estratégia.
Em suma, os títulos de crédito privado podem ser alternativas interessantes para quem quer ampliar as opções na hora de investir e elevar os lucros. Mas é fundamental compreender o seu funcionamento e avaliar se as condições se alinham ao que você busca.
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