Você já ouviu falar dos indicadores econômicos? Caso seja um economista ou um estudioso de finanças, provavelmente sim. Se não, saiba que é quase obrigatório para qualquer pessoa que deseja entender um pouco mais de economia e mercado financeiro conhecer sobre o assunto.
De forma mais resumida, um indicador econômico é um índice que nos permite visualizar uma realidade econômica de maneira direta e quantitativa. É uma estatística que supõe uma medição de uma variável durante um certo período. Deve ser usado para conhecer uma determianda situação economica e realizar projeções para o futuro.
Quer entender a importância dos indicadores econômicos e conhecer os principais? Então acompanhe o texto e descubra!
Indicadores econômicos: por que devo conhecê-los?
Conhecer os indicadores é importante para qualquer investidor. Isso porque entender a situação econômica de um determinado lugar ou país pode ajudar o investidor a tomar uma boa decisão e planejar estratégias.
Vale destacar que o conhecimento em investimentos e a capacidade de tomar decisões é necessário para qualquer pessoa que deseje fazer qualquer tipo de aplicação no mercado financeiro. Contudo, dependendo do investimento desejado, a compreensão sobre a macroeconomia pode facilitar (e muito) esse processo.
Imagine, por exemplo, que você decidiu investir em um determinado título de renda fixa que lhe remunere uma taxa fixa + IPCA. Se você não entender o que é o IPCA, ficará difícil compreender qual será sua rentabilidade com este investimento, não é mesmo?
Quais são os principais indicadores econômicos?
Há inúmeros indicadores econômicos. Por isso, neste artigo, serão listados alguns dos principais, que são utilizados no país para calcular taxa de juros, inflação, valores contratuais como aluguéis e outros.
Tais indicadores são, normalmente, coletados do Banco Central do Brasil (BCB), Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Confira-os a seguir.
1. PNAD
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua é realizada pelo IBGE. O Instituto produz inúmeros indicadores mensalmente, trimestralmente e anualmente sobre o mercado de trabalho brasileiro, que são importantes para o planejamento socioeconômico do Brasil.
A PNAD, especificamente, fornece dados sobre a quantidade de pessoas empregadas, desempregadas, taxa de ocupação e taxa de desemprego. Também traz a média dos rendimentos dos trabalhadores.
2. Produção Industrial
Torna-se muito difícil avaliar o desenvolvimento de uma região sem uma indústria que seja forte, competitiva e diversificada. A indústria, dentre todos os setores produtivos, é o setor que mais exerce influência no crescimento do produto agregado. E por isso há um indicador que pede a produção industrial do país.
Felizmente, a produção industrial nacional é considerada relativamente diversificada. Contudo, é imatura, pois ainda está em processo de especialização em diversos setores, bem como avançou pouco no fortalecimento de cadeias produtivas com produtos mais avançados tecnologicamente.
Caso esse cenário não mude, a contribuição da indústria para o crescimento da economia poderá reduzir no futuro. E, com isso, diminui o potencial de crescimento da economia.
3. Taxa Referencial (TR)
A Taxa Referencial (TR) foi implementada no Brasil durante o Goveno Collor. O cálculo da TR é realizado a partir da Taxa Básica Financeira, que consolida informações dos juros praticados pelos maiores bancos do país.
Este indicador é importante para calcular o rendimento da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
4. Salário Mínimo
Considera-se salário mínimo o menor valor a ser pago em uma relação de trabalho que a lei permite que os empregadores paguem aos seus empregados pelo tempo e mão de obra na produção de bens e serviços. Também é o menor valor que alguém pode vender sua força de trabalho.
Por isso, o salário mínimo é um dos principais indicadores econômicos do nosso país.
5. Balança Comercial
A Balança Comercial é um indicador econômico referente à relação entre o total de exportações e importações de bens e serviços de um país em um determinado período.
O total de exportações de bens e serviços precisa ser superior ao de importações para que possa ter um superávit no saldo da balança comercial. Caso o contrário ocorra, registra-se um déficit.
6. INPC
Outro indicador produzido pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é um dos principais do país sobre a variação mensal dos preços.
O INPC mede o quanto que varia o custo de vida das famílias com integrantes assalariados e com rendimento mensal de 1 a 5 salários mínimos mensais, o que corresponde a cerca de 50% das famílias brasileiras.
7. PIB
O Produto Interno Bruto é um importante e um dos mais utilizados indicadores na macroeconomia. O objetivo é metrificar a atividade econômica de uma região (pode ser cidade, estado ou país).
Se uma determinada região apresenta declínio no valor de seu PIB por dois trimestres consecutivos, é sinal de que sua economia está em uma recessão técnica.
Mesmo que seja um bom indicador de crescimento, o PIB não pode ser considerado um índice de desenvolvimento. Afinal, não são incluídos no seu cálculo dados como distribuição de renda, expectativa de vida, nível de escolaridade da população, desigualdade social e outros aspectos.
8. INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção é produzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Ele é usado para medir a evolução dos custos das construções habitacionais nas capitais dos dezoito principais estados brasileiros.
9. Taxa SELIC
Muito conhecida pelos investidores, a taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira. Utilizada como referência para calcular as demais taxas de juros que são cobradas pelo mercado e para decidir a política monetária do governo federal.
A Selic, inclusive, é um indicador bastante utilizado para referenciar a rentabilidade de alguns investimentos de renda fixa.
10. IGP-M
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) é utilizado para medir o movimento dos preços do mercado nacional. É calculados mensalmente pela FGV e divulgado no final de cada mês.
O IGP-M é utilizado para o reajuste dos aumentos da energia elétrica e dos contratos de aluguel.
11. INPCA/IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (PCA) é produzido pelo IBGE. Trata-se de um indicador oficial do Governo Federal para conferir metas inflacionárias.
O IPCA mede a variação do custo de vida das famílias brasileiras com assalariados que têm renda mensal de 1 a 40 salários mínimos mensais. Assim como a Selic, o IPCA é um dos principais indicadores econômicos para referenciar a rentabilidade de investimentos, especialmente no âmbito da renda fixa.
Há outros indicadores econômicos?
No site oficial do Banco Central do Brasil é possível conferir diversas outras informações sobre outros indicadores econômicos importantes. Veja alguns deles encontrados no site do Bacen:
- Índice do nível de emprego formal – Brasil;
- Aplicações financeiras;
- Fundos de Investimento;
- Arrecadação do IPI por setores – Regime de competência;
- Previdência Social – Fluxo de caixa;
- Banco Central do Brasil – Operações cambiais;
- Valor da cesta básica em 17 capitais (municípios)
São muitos os indicadores econômicos e financeiros, mas vale a pena conferir alguns deles e ir conhecendo aos poucos estas informações. Afinal, os indicadores econômicos são importantes para entender como a economia do país está se comportando.
É essencial que investidores entendam e saibam os principais indicadores do mercado, a fim de ter maior assertividade na hora de investir. Portanto, estude-os e amplie seus conhecimentos!
E você, já conhecia algum desses indicadores? Então continue seu aprendizado sobre finanças e aprenda a definir o seu perfil de risco!
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