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Quanto maior uma empresa, maior é a sua estrutura organizacional. E mais setores especializados compõem essa estrutura. Um setor que responde pelos recursos humanos, um setor de vendas, setor de marketing e uma área responsável pelas finanças – e tantas outras. Nessa estrutura as demandas são tratadas de forma especializada.

Ocorre que, para os micro e pequenos empresários, essa realidade é distante e cabe ao dono da empresa cuidar de todos os ‘setores’ de seu negócio. Se você é empresário de um pequeno negócio deve conhecer a realidade de cuidar da contratação de um empregado, cuidar das vendas, resolver as questões financeiras e tudo o mais que aparecer pela frente.

Diante disso, alguns complicadores podem surgir. Entre elas, a questão financeira é uma das maiores dificuldades dos empreendedores, já que se trata de cálculos, controle financeiro e orçamento.

Para ajudar você a fazer uma gestão financeira eficiente do seu negócio, preparamos este artigo. Continue a leitura para conhecer 4 passos para colocar as finanças da empresa em ordem e cuidar melhor do seu negócio.

Passo 1 – Separe movimentação pessoal da empresarial

Esse passo é de primeira ordem! Ao abrir um negócio e criar um CNPJ, ele passa a ter sua contabilidade própria. No entanto, é comum verificar alguns empresários que não distinguem o que é dinheiro dele e o que é dinheiro da empresa, misturando as movimentações.

Essa prática é impensável, pois ela dificulta a entender no dia a dia a forma que a empresa está operando. Se ela realmente está dando lucro, o quanto ela está gerando de receita, ou seja, dados básicos para uma empresa.

Ainda, existe toda uma questão tributária que se dá de forma diferente para PF – pessoa física e para PJ – pessoa jurídica.

Leia mais em nosso artigo com dicas específicas para separar as finanças pessoais das empresariais.

Passo 2 – Tenha um profissional competente cuidando de sua contabilidade

Muitos pequenos empreendedores contratam os serviços de contabilidade buscando menores custos, pois eles enxergam esse serviço apenas como uma obrigação a cumprir e limitado somente nas questões burocráticas.

Um contador eficiente e parceiro, que atue de forma mais direta nas questões financeiras da empresa, pode ser de grande ajuda tanto na otimização da questão fiscal como na fotografia da empresa, compreendendo seu balanço e analisando a situação financeira da mesma.

Um gestor financeiro exerce papel bem distinto de um contador. Porém, no caso de não haver essa figura, o contador pode ser um aliado, fazendo que você enxergue os números de seu negócio e lhe dando as ferramentas para que você faça a gestão financeira de forma mais eficiente.

Passo 3 – Defina um pró-labore

Ao abrir um negócio, você depositará sua força de trabalho nele. E o pró-labore define o salário do sócio da empresa.

No cálculo dele devem entrar variáveis, como: expectativa de remuneração, valores praticados no mercado, realidade financeira da empresa, realidade financeira do empresário.

A definição de um pró-labore ajuda que um empresário tenha uma comprovação de sua renda. E define o tratamento tributário para o valor destinado à remuneração dele, formalizando situações como contribuição com INSS e ainda inserindo nas contas da empresa a necessidade de cálculo de uma despesa com essa remuneração.

Passo 4 – Calcule os principais indicadores financeiros de um negócio

A gestão financeira engloba um leque muito grande de análises de um negócio, como gestão de custos, gestão de fluxo de caixa, formação de preços, estoques. Eumas das principais análises é através de indicadores financeiros.

Se analisados de forma conjunta, estes indicadores podem indicar a saúde financeira da empresa, as possibilidades futuras, e ser de importante ajuda na tomada de decisões.

Dessa forma, trace um planejamento para realizar o cálculo dos indicadores a seguir e principalmente analisar os resultados:

EBITDA

Muito utilizado para verificar a saúde de um negócio, esse indicador vai lje fornecer qual a receita da empresa, antes de serem computadas as incidências de taxas e impostos. O EBITDA mede com maior precisão a eficiência do negócio em si.

EBTIDA: Lucro líquido + Juros + Impostos + Amortizações + Depreciações

Índices de Liquidez

Os cálculos dos índices de liquidez demonstram o capital disponível da empresa para cumprir seus compromissos. É a sua capacidade de pagamento das obrigações. O Balanço da empresa fornecerá os dados para os cálculos, lembrando que quanto maior o resultado, maior a liquidez.

Liquidez corrente: disponibilidade de recursos no curto prazo.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Liquidez seca: recursos disponíveis para obrigações de curto prazo sem venda de estoques.

Liquidez Seca = (Ativo Circulante – Estoques) / Passivo Circulante

Liquidez imediata: indica a porcentagem dos compromissos/do passivo, que a empresa tem condições de liquidar de forma imediata.

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

Liquidez Geral: Análise de Longo Prazo, entrando no cálculo direitos e obrigações de Longo Prazo.

Margem de Contribuição

Com o cálculo da margem de contribuição de cada produto você poderá enxergar aqueles produtos que contribuem de forma mais significativa no pagamento dos custos da empresa.

Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis).

Uma margem de contribuição negativa representa uma operação que está gerando prejuízo para a empresa.

Produtos com baixa receita e baixa margem de contribuição devem ser pensados em relação à descontinuidade de comercialização, reavaliação de preço, estratégia específica para atrair clientes que consumam outros produtos de margem alta.

Colocando esses passos em prática certamente você começará a enxergar seu negócio de outra forma e encontrará caminhos para melhores resultados. Se você se interessa por assuntos de gestão de empresas continue lendo nossos artigos. Sugerimos: 5 Principais desafios para uma boa gestão empresarial.

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Especialista em Finanças e Economista pela UFES (ES). Especialista em Comportamento Organizacional. Atua no mercado financeiro há 10 anos. Realiza atividades de educação e treinamento como professora/instrutora na área de banking/economia.

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