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Agir por impulso é muito comum em diversos momentos, inclusive quando o assunto está relacionado às finanças pessoais. Por diversas vezes não é possível refletir e decidir com racionalidade. Afinal, há sempre uma escolha que deve ser feita urgentemente.

Esse senso de urgência é um dos principais gatilhos mentais utilizados pelo marketing, por exemplo, para fazer com que produtos ou serviços sejam comprados por impulso. Há, também, problemas relacionados à falta da educação financeira, fazendo com que as pessoas realizem maus negócios por desconhecimento.

O cérebro é o órgão que comanda todas as nossas atividades; Sendo assim, é importante nutri-lo com informações saudáveis e educativas para que não se criem padrões de comportamentos destrutivos e que possam afetar diversas áreas da vida, incluindo as finanças pessoais.

Por esse motivo, é importante entender sobre psicologia das finanças e como o nosso cérebro pode afetá-las. Veja, ao longo deste artigo, um pouco mais sobre os principais problemas que influenciam nas tomadas de decisão em suas finanças pessoais.

Erros comportamentais durante as decisões

Há dois problemas que afetam psicologicamente aquele que deseja investir; adquirir um produto ou serviço. Leia e entenda quais são eles:

1. Erros cognitivos

São algumas características relacionadas aos erros cognitivos: o apego pelo conservadorismo; a dificuldade de aceitar novos conceitos; a falsa ilusão de controle; além de problemas como a dificuldade para estimar a magnitude de um valor e realizar a contabilidade de forma fragmentada.

Esses problemas são comuns em pessoas que não conhecem os princípios básicos da educação financeira. Entretanto, para que o conhecimento seja utilizado da melhor forma possível, o indivíduo deve estar aberto às novas informações. Utilize-as adequadamente e mude as suas ações com relação às finanças pessoais.

2. Vieses emocionais

São referentes aos vieses emocionais características como: aversão a perdas; excesso de confiança; medo do arrependimento; dentre outros.

Por se tratar de um aspecto que envolve a reação a um determinado dado ou informação, é um problema difícil de ser corrigido. Nesse sentido, é importante que haja uma adaptação para que possa ser obtido maior controle sobre esses impulsos.

Diversos outros fatores também devem ser considerados nessa relação cérebro e finanças pessoais. Além das falhas durante as tomadas de decisão, a relação com o dinheiro também afeta o bem-estar financeiro. Leia e entenda mais sobre o assunto.

Relações emocionais com o dinheiro

De acordo com o psicólogo Bradley Klontz, há alguns roteiros que são seguidos quando o assunto são as finanças pessoais. Veja, abaixo, quais são eles e entenda qual a sua relação com o dinheiro.

1. Afastamento do dinheiro

É a crença de que o dinheiro é algo ruim, acreditando que almejar ter uma melhor condição te faz uma má pessoa. Essas pessoas pensam que o dinheiro é a causa de todos os males e que esse pode corromper o ser humano.

Acreditam que viver com pouco é uma virtude que os torna mais honestos.

2. Culto ao dinheiro

Pessoas que cultuam o dinheiro acreditam que nunca serão ricas o suficiente ou que não é possível ser feliz tendo poucos recursos. Esses indivíduos creem que o dinheiro traz plena satisfação e felicidade, sendo a única possível causa para isso.

3. Status relacionado ao dinheiro

Esses indivíduos acreditam que a autoestima está atrelada à condição financeira. Pessoas que pensam dessa forma creem que o seu valor depende daquilo que têm e buscam focar as suas aquisições no estabelecimento de sua autoimagem.

4. Vigilância do dinheiro

É um pensamento característico de pessoas que possuem uma situação financeira boa e estável. Esses indivíduos apresentam um comportamento mais cuidadoso com o dinheiro.

Em geral, possuem uma reserva para imprevistos, mas nunca acreditam ser o suficiente. Está relacionado a esse pensamento a culpa de gastar o dinheiro.

Como a relação com o dinheiro afeta as finanças pessoais?

Você se identificou com algum dos itens acima? Para compreender melhor como o nosso cérebro afeta nossas finanças pessoais é preciso entender também como as relações com o dinheiro agem sobre a vida econômica.

Continue a leitura e entenda como essas características interferem na sua vida financeira. Acompanhe!

1. Despesas

A psicologia financeira está diretamente relacionada às decisões tomadas sobre as despesas. Aqueles que tendem a se afastar do dinheiro acabam gastando sem pensar e precisam lidar com as dívidas. Para esses, é essencial monitorar e planejar as suas despesas.

Os que cultuam o dinheiro e que relacionam o seu status à condição financeira possuem as mesmas dificuldades quanto às despesas. São vulneráveis a gastar excessivamente e, apesar de alguns estarem conscientes quanto a isso, o orgulho de possuir é mais importante do que manter a economia pessoal estável.

Os vigilantes do dinheiro costumam gastar menos. Mas, em compensação, são propensos a sofrer emocionalmente por isso.

2. Poupança

O comprometimento com a poupança pode ser afetado pela relação com o dinheiro. Indivíduos que têm aversão ao dinheiro não costumam poupar pela culpa de ter recursos guardados.

Os adoradores de dinheiro e os que o utilizam como status priorizam ostentar a investir o que têm. Os vigilantes, em geral, possuem uma boa poupança, porém têm medo de utilizá-la inadequadamente.

3. Investimento

Pessoas que evitam o dinheiro tendem a ir de acordo com a opinião dos outros quando o assunto é investimento, já que não se preocupam em se educar quanto às finanças pessoais. Os que veneram o dinheiro e o utilizam como status tendem a investir em oportunidades com risco e que possibilitem um rápido enriquecimento.

Já os vigilantes, pelo receio de perder o seu dinheiro, muitas vezes optam por não investir e quando investem, buscam oportunidades que protejam o seu capital.

Conclusão

Seguindo pensamento de Klontz, comportamentos financeiros autodestrutivos são provenientes de crenças do subconsciente que, geralmente, são criadas ainda na infância. Para superar isso, é necessário, primeiramente, conhecer a sua relação com o dinheiro.

Dessa forma, além de investir em educação financeira, ter autoconhecimento é essencial quando o assunto é bem-estar econômico. Para alcançar os objetivos em qualquer área da vida é necessário planejar, acreditar e organizar, já que toda ação executada será reflexo dos seus padrões de pensamento.

Agora que você já sabe como o seu cérebro afeta as suas finanças pessoais e conhece como é o seu relacionamento com o dinheiro, é necessário mudar as atitudes para que seja possível ter uma vida financeira estável. Esteja atento ao seu comportamento e acredite no processo de mudança.

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