Você sabe o que significa o prazo de carência dos seus investimentos de renda fixa? Ao iniciar no mercado financeiro, o investidor encontra diversos termos que ainda não conhece ou que ganham um novo sentido naquele contexto.
Como são conceitos importantes, conhecê-los pode fazer a diferença no sucesso dos seus aportes. No caso da carência, entendê-lo é fundamental para montar uma estratégia de investimentos adequada ao seu perfil e objetivos.
Quer saber como isso é possível? Continue a leitura e entenda o que é o prazo de carência em investimentos, quais alternativas podem apresentá-lo e como investir em renda fixa!
O que é prazo de carência?
Em diversas situações do cotidiano, o prazo de carência é o período mínimo em que a pessoa deve aguardar para obter ou usufruir de um benefício ou serviço.
Nesse sentido, quando se fala em investimentos, a carência se refere ao tempo mínimo em que é necessário manter a aplicação até poder obter a liquidez diária. Esse termo se refere à possibilidade de transformar os títulos em dinheiro no mesmo dia em que solicita o resgate.
Sendo assim, não é possível movimentar e nem sacar o dinheiro aplicado durante esse período. Também é importante saber que carência difere de vencimento, que é a data fixada para o resgate do valor.
Ou seja, embora existam investimentos que oferecem carência na mesma data do vencimento, essa não é uma regra. Então é possível encontrar aplicações com um prazo de carência que se encerra antes de o título vencer.
Quais alternativas podem ter prazo de carência?
Agora que você já sabe o que é prazo de carência, é possível que esteja com dúvidas sobre quais investimentos apresentam essa característica. Primeiramente, é importante saber que essa é uma característica mais comum nas alternativas de renda fixa.
Entretanto, não são todas as aplicações que oferecem carência. Os títulos do Tesouro Direto, por exemplo, são produtos financeiros com liquidez diária desde o momento da aquisição. A seguir, veja quais investimentos podem ter prazo de carência:
- CDBs (certificados de depósitos bancários);
- LCs (letras de câmbio);
- LCIs (letras de créditos imobiliários);
- LCAs (letras de créditos de agronegócios).
Por que é preciso entender o prazo de carência de um título?
Além de entender sobre a carência que alguns títulos de renda fixa apresentam, você deve saber qual é a importância de conhecer esse prazo de um investimento. Essa é uma informação relevante para o seu planejamento e, consequentemente, para a elaboração da carteira de investimentos.
Nesse sentido, se você não se planejar adequadamente e precisar de capital antes do prazo de carência do título, não pode ter dificuldades para acessar o dinheiro. Nesses casos, é preciso recorrer ao mercado secundário, o que também pode gerar perdas pela exposição à marcação a mercado.
Por essa razão, aplicações que apresentam carência podem não ser o investimento ideal para reserva de emergência, por exemplo. Afinal, essa reserva precisa garantir a disponibilidade do montante, com liquidez a qualquer momento.
Em contrapartida, esses investimentos tendem a ser mais interessantes para objetivos de médio e longo prazo. Na prática, o prazo de carência pode proporcionar rentabilidades mais atrativas devido à relação entre risco, retorno e liquidez.
O que mais é preciso analisar ao escolher um título de renda fixa?
Como você viu, saber o prazo de carência é importante na hora de escolher um título para alocar o seu recurso. Entretanto, esse não é o único fator que deve ser considerado ao investir. A princípio, é relevante saber o modo como a alternativa se comporta em relação ao mercado e os seus objetivos.
Por exemplo, se a sua intenção é proteger seu patrimônio da inflação, os títulos atrelados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) podem ser considerados. Outro ponto é verificar a proteção adicional que a alternativa apresenta, caso ela não seja um título do Tesouro.
Na renda fixa, existem alternativas que contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Isso proporciona maior segurança, pois ele ressarce o investidor diante de problemas com o emissor, como a falência, seguindo os limites estabelecidos.
Ademais, se a aplicação não oferece essa proteção, você pode avaliar a classificação de risco do emissor para avaliar se o aporte se alinha ao seu perfil de investidor.
Como investir na renda fixa?
Após entender o que considerar ao escolher um título de renda fixa, é relevante aprender como investir nessa modalidade de investimento. Assim, confira os passos necessários para tomar as melhores decisões para a sua carteira!
Conheça seu perfil de investidor
Antes de começar a investir, é imprescindível que conheça o seu perfil de investidor. Esse conceito tem o objetivo de identificar o nível de tolerância ao risco de um investidor. Desse modo, existem 3 perfis:
- conservador: prioriza a segurança;
- moderado: toleram um pouco mais de volatilidade;
- arrojado: tem maior apetite ao risco.
Vale lembrar que, apesar da renda fixa ser conhecida por sua segurança, ela pode se adequar a todos os perfis de investidores. Afinal, a sua escolha também deve ser considerada a partir do que você pretende alcançar com o aporte.
Defina seus objetivos financeiros
Em relação aos objetivos, defini-los é essencial antes de realizar qualquer investimento. Isso porque eles ajudam a guiar a escolha das alternativas. Por exemplo, se a meta é uma viagem prevista daqui a 3 anos, uma aplicação com vencimento nessa data pode ser uma alternativa interessante.
Conheça as alternativas disponíveis
Depois de entender o seu perfil de investidor e definir seus objetivos financeiros, é a hora de conhecer as alternativas de renda fixa disponíveis. Além das alternativas que você já conferiu, existem outras oportunidades, como:
- títulos públicos do Tesouro Direto;
- debêntures;
- certificado de recebíveis imobiliários (CRI);
- certificado de recebíveis do agronegócio (CRA);
- fundos de investimento de renda fixa.
Entendendo as características de cada uma delas, você consegue analisar quais se encaixam melhor no seu portfólio.
Tenha acesso a uma plataforma de investimentos
Sabendo quais alternativas são mais adequadas para a sua carteira, chega o momento de investir. Para isso, você precisa abrir uma conta em um banco de investimentos. Por meio da plataforma da instituição é possível acessar as diversas oportunidades do mercado.
Assim, é possível escolher as aplicações e fazer os aportes, seguindo a sua estratégia de investimento. Depois, acompanhe o seu portfólio para fazer o rebalanceamento e adequar a composição da carteira, considerando as suas necessidades.
Você entendeu que verificar o prazo de carência dos investimentos é um passo importante ao investir. Portanto, ao escolher alternativas de renda fixa para compor a sua carteira, considere esse fator para garantir escolhas mais alinhadas.
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1 comentário
Obrigada, André, finalmente um texto que consigo entender, me ajudou bastante!