Deseja investir em Fundos de Investimento? Então é importante conhecer sua estrutura. Muitos investidores não sabem, mas diversos agentes estão envolvidos nessa modalidade de investimento coletiva.
Os Fundos de Investimento reúnem múltiplos investidores em torno de um objetivo em comum. As estratégias e ativos contidos neles são geridos por gestores. Em muitos casos, esse profissional é o mais lembrado pelas pessoas.
Contudo, a estruturação dos fundos envolve diversos agentes. Quer conhecê-los? Continue a leitura e saiba mais!
Qual é o papel dos principais agentes na estrutura de um Fundo de Investimento?
Antes de fazer parte do portfólio de investimentos de um investidor, os Fundos de Investimento passam por algumas fases. Por trás de cada uma delas, há a atuação cuidadosa de um ou mais agentes.
Confira quais são eles!
Gestor
Começando pelo gestor, é hora de entender a estrutura complexa dos fundos. Esse profissional é responsável por realizar os investimentos, seguindo a estratégia que foi estabelecida. Ele toma decisões e aloca os recursos dos investidores em busca de atingir os resultados propostos.
De modo a executar seu papel, é fundamental que o gestor de um Fundo de Investimento seja habilitado para trabalhar na área. Além disso, ele deve ter um conhecimento sólido sobre o mercado, a fim de passar confiança aos investidores.
A gestão pode ser ativa ou passiva. No primeiro caso, o objetivo do gestor é superar um benchmark — por exemplo, o Índice Ibovespa, no caso de Ações, ou o CDI – especialmente em fundos multimercados.
Já quando a gestão é passiva o intuito é acompanhar um indicador, apenas seguindo os mesmos critérios dele ao investir.
Administrador
O administrador ampara o trabalho do gestor. Para tal, lida com as questões burocráticas envolvidas com o fundo. Um exemplo de função executada por esse profissional ou instituição é o controle dos outros agentes envolvidos na modalidade de investimento.
O administrador de um fundo cumpre um papel importante tanto na sua constituição quanto no seu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele também atua na prestação de contas para órgãos reguladores e na organização de documentos voltados aos cotistas e instituições.
Assim, o papel do administrador é essencial para a montagem e manutenção do fundo. Isso porque ele garante o funcionamento de tudo. Logo, permite que a gestão se concentre na parte estratégica e de tomada de decisão em termos da alocação de recursos.
Custodiante
Para entender o papel da custodiante de um Fundo de Investimento, é necessário lembrar que o gestor usa os recursos dos cotistas para adquirir ativos. Após a gestão tomar suas decisões, esses ativos não vão diretamente para a carteira do investidor.
Eles fazem parte do portfólio do fundo. Por isso, precisam ser alocados em algum lugar. Esse é o papel da empresa responsável pela custódia. Dessa maneira, ela é aquela que “guarda” o portfólio de um fundo. Logo, realiza a custódia, registro e liquidação dos ativos.
Auditor
Um Fundo de Investimento deve ser, acima de tudo, transparente. Isso é muito delicado, já que ele reúne recursos de diversas pessoas. Por isso, há a obrigatoriedade de contratar um profissional de auditoria independente.
Ele é fundamental para a constituição e negociação de qualquer fundo. Isso porque realiza a fiscalização de contas e documentos. Dessa forma, o papel do auditor é garantir que as regras e regularizações estejam sendo devidamente seguidas, levando segurança aos cotistas.
Distribuidor
De modo geral, é preciso que haja uma ponte entre o investidor e o veículo de investimento, de modo que ele possa comprar as cotas desejadas. Esse é o papel do distribuidor de um Fundo de Investimento. Ele pode ser exercido por um banco de investimentos ou uma corretora de valores.
Algumas gestoras de fundos apresentam a possibilidade de investir por meio delas, mas geralmente há a contratação dos distribuidores. Em geral, essas instituições ofertam uma plataforma aos investidores. Nelas, é possível acessar diversos fundos e escolher em quais investir.
Cotista
Por fim, é válido falar do cotista: ele é o investidor de fato. Ou seja, quem adquire as cotas dos fundos e participa dos resultados obtidos pelo gestor. É considerado a ponta final de toda a estrutura dos Fundos de Investimento.
Afinal, o trabalho dos agentes é, necessariamente, realizado com a intenção de levar opções interessantes aos cotistas. Com isso, eles atraem investimentos e recursos para seguir manejando o portfólio do fundo.
Quais são os principais órgãos reguladores dos Fundos de Investimento?
Falando da estrutura dos fundos, é relevante conhecer, ainda, os principais órgãos reguladores. São eles: a CVM e a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
A Comissão de Valores Mobiliários é uma entidade autárquica em regime especial. Ela é vinculada ao Ministério da Fazenda e tem personalidade jurídica. Além disso, conta com patrimônios próprios, atuando de maneira independente.
Seu papel é fiscalizar e disciplinar o mercado de valores mobiliários. Ou seja, os ativos negociados na intenção de captar recursos (títulos de propriedade, de crédito, ou financeiros). Entre eles, os Fundos de Investimentos.
Somente os produtos registrados na CVM podem ser negociados. Alguns exemplos desses produtos, além dos fundos, incluem Ações, Contratos Futuros, Opções e Debêntures.
Já o segundo órgão regulador, a Anbima, é uma entidade de representação do segmento das instituições financeiras que operam no Mercado de Capitais e Financeiros. Seu papel é criar procedimentos e normas de segurança que permitam a regulação desses mercados.
Como você viu, a estrutura dos Fundos de Investimento é bastante complexa. Diversos agentes estão envolvidos nela. E ter o conhecimento sobre a dinâmica é importante para entender o assunto e conhecer melhor a realidade por trás dos fundos presentes no mercado, caso decida investir neles!
Caso tenha ficado com alguma dúvida, não hesite em deixar seu comentário!