Umas das situações comuns do mercado financeiro é não saber ao certo quais serão os resultados de um investimento. A regra dos 72 permite calcular, a partir de uma taxa de juros definida, em quanto tempo o valor de aplicação será duplicado.
Para quem está nos primeiros passos de aplicar o dinheiro, esse é um método interessante que facilita o cálculo de juros compostos. Assim, você consegue dimensionar os ganhos e fazer simulações antes de decidir.
Quer saber como funciona e como usar a regra dos 72? Neste post você também conhecerá as principais características dessa estratégia e como usá-la no cálculo de dívidas.
Boa leitura!
O que é a regra dos 72?
Como você viu, essa é uma estratégia que consiste no cálculo do valor investido para saber em quanto tempo ele será dobrado. No geral, ela se baseia em uma taxa de juros compostos. Assim, é uma alternativa prática, para evitar os complexos cálculos matemáticos.
De forma simples, o investidor tem maior dimensão do quanto receberá em um prazo estimado de tempo. Trata-se de uma forma eficaz de saber qual será o patrimônio em um determinado período, para planejar o uso do dinheiro e seus investimentos.
Uma vantagem dessa estratégia é que ela pode ser utilizada em qualquer momento que se desejar fazer um investimento ou financiamento. Com isso, ela ajuda a ter mais segurança para tomada de decisões que envolvam o dinheiro (seja aplicação ou dívida).
Como funciona essa estratégia?
O uso da regra dos 72 é bem fácil: basta dividir o número 72 pela taxa de juros do valor aplicado. O resultado será o tempo (em anos) exigido para que o valor investido dobre em rendimentos. Mas, nesse cálculo, o foco está na taxa de juros e não necessariamente no montante.
Tome como exemplo um investimento de R$10 mil em um título com rendimento prefixado de 4% ao ano. Qual será o tempo necessário para dobrar esse valor — ou seja, alcançar R$20 mil? Pela regra dos 72, em 18 anos, o valor será duplicado a essa taxa de juros.
É possível também saber qual a taxa de rendimento é necessária para dobrar o valor aplicado dentro de um determinado prazo. O cálculo realizado é dividir 72 pelo período em anos. No exemplo, se a pessoa quiser atingir o valor de R$ 20 mil em 10 anos é preciso uma taxa de 7,2%.
Quais as principais características da regra dos 72?
A regra dos 72 é mais eficaz quando usada em um rendimento de taxa de juros prefixada, que não mudará ao longo do tempo. Já em ativos de renda fixa com taxa pós-fixada, o cálculo é feito considerando uma projeção da taxa ou a média final.
No caso de títulos atrelados à Selic, a taxa de juros pode sofrer alteração nas reuniões do Copom, Comitê de Política Monetária, que ocorre a cada 45 dias. A alteração também reflete diretamente no CDI (Certificado de Depósito Interbancário) que é um indexador bastante utilizado no mercado.
Na renda variável, a regra também pode ser feita utilizando uma projeção da rentabilidade média. Outra característica importante de conhecer é que a regra dos 72 apresenta um resultado que demonstra o valor nominal de um rendimento.
Isso quer dizer que o investidor estima a duplicação do patrimônio dentro de um período, mas sem considerar o valor real. Ou seja, a quantia pode ser menor considerando taxas e o impacto da inflação sobre o investimento.
Como usar a regra dos 72 no cálculo de dívidas?
A regra dos 72 pode também ser utilizada para o cálculo de uma dívida, porém, em uma situação inversa. É possível saber em quanto tempo o valor devido dobrará, caso nenhum pagamento seja realizado para abater o débito.
Considere um financiamento ou empréstimo, por exemplo, com uma taxa anual de 12% ao ano. Usando a regra, dividimos 72 por 12 e temos como resultado que o valor de uma dívida não paga dobrará em 6 anos.
Esse é um ponto importante, pois as dívidas geralmente avançam de modo muito mais rápido que os investimentos. Assim, vale a pena ficar atenta às informações para evitar um efeito bola de neve e impactos muito graves na sua vida financeira.
Qual a importância da regra para uma estratégia de investimento?
Quem deseja dar começar a investir ou otimizar os investimentos pode utilizar estratégias, como a regra dos 72 e outras. Isso ajuda a ter um norte do momento atual e das possibilidades futuras, podendo aumentar as chances de sucesso na hora de aportar dinheiro.
Os investimentos são importantes, sobretudo, para assegurar um futuro mais próspero e tranquilo. Quanto mais cedo for dado esse primeiro passo, maiores as possibilidades de alcançar seus objetivos. Como você viu, tempo é crucial para multiplicar o seu patrimônio.
A regra dos 72 é útil, especialmente, ao mostrar o poder dos juros compostos no longo prazo. Se você tem mais tempo disponível, pode duplicar o patrimônio com taxas menores. Mas se há um período mais curto, será preciso procurar maiores taxas — enfrentando maior risco.
Assim, ter boas informações sobre o mercado financeiro é primordial para montar estratégias com previsibilidade real e fazer uma boa gestão dos investimentos e das finanças pessoais.
O que considerar além da regra dos 72?
Para formar uma boa carteira de investimentos é preciso considerar diversos aspectos. Por exemplo:
- estudo dos tipos de investimentos de renda fixa e renda variável;
- vantagens e desvantagens de cada investimento;
- definição do perfil de investidor;
- conhecimento do mercado;
- objetivos de curto, médio e longo prazo;
- banco de investimentos com estrutura de qualidade.
O mundo dos investimentos pode trazer muitos benefícios, se você souber explorar. E, com pequenos aportes, já é possível iniciar seu portfólio. Mas não esqueça: a frequência desses aportes potencializa a realização dos objetivos e sonhos em prazos menores.
Agora você sabe o que é como funciona a regra dos 72. Utilize o que aprendeu para realizar cálculos e simulações relacionadas ao seu patrimônio. Assim, é possível gerir dívidas e investimentos para colher bons resultados no futuro!
Se você gostou deste post e deseja ter mais conhecimento sobre as possibilidades de investimento, aproveite para saber quais as vantagens e desvantagens de ter fundos de investimento em ações na carteira!