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Diversificar a sua carteira de investimentos com alternativas presentes no mercado internacional é uma forma de diluir riscos e ampliar o seu potencial de rentabilidade. Nesse sentido, uma das oportunidades para conhecer é o It Now S&P 500 TRN fundo de índice, ou SPXI11.

Porém, antes de investir nesse fundo, é importante saber quais são as principais características que ele oferece, suas vantagens e riscos. Assim, você poderá tomar uma decisão mais informada e alinhada aos seus interesses.

Neste artigo, você entenderá o que é o ETF SPXI11, como ele funciona e quando pode valer a pena investir nele.

Aproveite a leitura!

O que é e como funciona um ETF?

Antes de conhecer o SPXI11, é interessante relembrar o conceito de ETFs (exchange traded funds). Também chamados de fundos de índice, esses veículos coletivos têm como característica central replicar o desempenho de um indicador do mercado. Para que isso seja possível, os ETFs adotam a gestão passiva em sua operação.

Para facilitar sua compreensão, considere o exemplo do Ibovespa (IBOV). Ele é o principal indicador do mercado acionário da bolsa brasileira e reúne as organizações com maior volume de negociação no mercado nacional. Por isso, é usado como referência do mercado acionário no Brasil.

Dessa maneira, um ETF que use o Ibovespa como referência terá um resultado equivalente ao desempenho do índice. Isso acontece porque ele estrutura o portfólio do fundo com as mesmas alternativas que compõem a carteira teórica do indicador.

Como os fundos de índice adotam a gestão passiva, é natural que os profissionais responsáveis não façam movimentações constantes no portfólio do veículo. Dessa forma, os ETFs costumam apresentar taxas de administração menores que aquelas cobradas em veículos de gestão ativa.

Ainda, vale destacar que os fundos de índice brasileiros não fazem repasses de dividendos entre os cotistas. Todo o capital que o veículo recebe por meio de proventos é reinvestido no próprio portfólio. Ou seja, a principal forma de buscar ganho com esse tipo de aporte é pela valorização das cotas no longo prazo.

Além disso, as cotas desses fundos são negociadas na bolsa de valores. Dessa maneira, o aporte em ETF segue um processo semelhante ao realizado na compra de ações de empresas de capital aberto.

O que é o SPXI11?

Agora que você sabe o que são os ETFs, é o momento de conhecer o SPXI11. Para isso, vale destacar que o mercado de investimentos, tanto nacional quanto internacional, conta com diversos indicadores de desempenho disponíveis.

Nos Estados Unidos, o Standard & Poor’s 500 (S&P 500) é um dos principais termômetros do mercado interno. Afinal, a carteira teórica do indicador reúne as 500 empresas mais negociadas nas bolsas de valores do país.

Dessa forma, ele atua como um importante benchmark para investidores do mercado norte-americano. Já o SPXI11 é um ETF negociado na bolsa de valores brasileira (B3) que permite aos investidores acompanharem o desempenho do S&P 500 sem sair do Brasil.

Como ele funciona?

Como você viu, o SPXI11 é um fundo de índice brasileiro que replica o S&P 500. Desse modo, o portfólio do veículo é composto pelas ações de empresas norte-americanas presentes na carteira teórica do indicador.

Para alcançar esse objetivo, o gestor do SPXI11 investe voltado às cotas do ETF VOO Vanguard S&P 500 — fundo de índice negociado nos Estados Unidos.

Ademais, o SPXI11 está disponível para negociação na bolsa de valores do Brasil desde 2015. O Itaú Unibanco atua como seu administrador, gestor e custodiante.

Também é preciso ter atenção à incidência do Imposto de Renda (IR) sobre os lucros obtidos. Nos ETFs que replicam índices de renda variável funciona assim: a alíquota é de 15% sobre vendas de cotas com ganho de capital nas operações comuns e de 20% no day trade (compra e venda no mesmo dia).

A apuração do imposto deve ser feita pelo próprio investidor, via Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF). O prazo de pagamento é o último dia do mês seguinte à data de realização da operação.

Qual a composição do SPXI11?

Para entender o SPX11, vale saber que o S&P 500 desempenha no mercado norte-americano um papel similar ao do Ibovespa no Brasil. Isto é, ele atua como um termômetro da economia do país ao acompanhar a performance média das ações de maior negociabilidade.

Isso é possível porque ele conta com 500 das maiores empresas do país em sua carteira teórica. Nesse sentido, grandes companhias como Apple, Microsoft, Tesla, Amazon, Meta (antigo Facebook) e Alphabet (Google) estão entre aquelas que integravam o portfólio do SPXI11 em 2022.

Ainda, existem critérios de elegibilidade que as empresas precisam atender para fazerem parte do índice. Entre eles, é possível destacar que elas devem:

  • ter lucro por, pelo menos, quatro trimestres consecutivos;
  • possuir capitalização de mercado mínima de US$ 8 bilhões, em média;
  • ter ativos negociados nas principais bolsas dos EUA;
  • ser uma companhia sediada nos Estados Unidos.

Qual a diferença entre IVVB11 e SPXI11?

Você sabia que o SPXI11 não é o único fundo de índice da bolsa de valores brasileira que usa o Standard & Poor’s 500 como o seu benchmark? Além dele, os investidores encontram oportunidades de se expor a esse indicador por meio do ETF IVVB11.

Ou seja, o IVVB11 também replica o desempenho do S&P 500 para os seus cotistas. No entanto, apesar de utilizar o mesmo índice de referência, existem diferenças no funcionamento entre ele e o SPXI11.

Em primeiro lugar, é possível destacar a distinção entre as equipes responsáveis pela operação. Como vimos, o Itaú Unibanco assume a gestão do SPXI11. Por sua vez, quem comanda a gestão do IVVB11 é a BlackRock, uma gestora norte-americana.

Ademais, a estratégia para acompanhar o benchmark é diferente entre eles. Enquanto o SPXI11 consegue replicar os números a partir do ETF Vanguard S&P 500 (VOO), o IVVB11 usa o iShares Core S&P 500 ETF (IVV).

Dessa forma, embora apresentem similaridades, há aspectos que diferem esses dois ETFs. Por isso, vale analisá-los individualmente para encontrar aquele que mais se alinha com sua carteira.

Quais são as oportunidades e os riscos de investir em SPXI11?

Agora você já conhece as principais características relativas ao SPXI11. Para colaborar com seu processo decisório sobre o momento de investir, é fundamental considerar os benefícios e os riscos que ele traz para o seu portfólio.

Confira!

Vantagens e oportunidades

Como vimos, os fundos de índice possibilitam que você se exponha a um indicador relevante do mercado financeiro com maior praticidade. Afinal, comprar as ações individualmente e na mesma proporção da carteira teórica não é viável para uma parcela considerável dos investidores.

Além disso, uma das principais vantagens trazidas pelo SPXI11 é a possibilidade de fazer investimentos atrelados a uma das economias mais sólidas do mundo. Com ele, você pode ter ações das maiores empresas dos Estados Unidos no seu portfólio.

Assim, comprar as cotas desse ETF pode ajudá-lo a ter acesso a organizações que não estão disponíveis para investimento direto no Brasil. Esse investimento no exterior é uma forma de controlar os riscos da sua estratégia, visto que instabilidades na economia brasileira não afetariam diretamente essa parcela do seu capital.

O SPXI11 também traz como vantagem a oportunidade de acessar 500 empresas com apenas um aporte. Logo, ao comprar as cotas, você diversifica sua carteira de maneira acessível.

Em complemento a esses aspectos, vale destacar a gestão profissional. Como há uma equipe responsável por monitorar o índice, rebalancear o portfólio e reinvestir o capital, você aproveita o investimento com mais tranquilidade

Por fim, contar com um fundo de índice com lastro internacional pode gerar proteção contra as variações de câmbio, já que esse ETF ajuda a dolarizar seu patrimônio. Dessa forma, é possível mitigar riscos da desvalorização do real e buscar oportunidades de lucrar com a valorização do dólar.

Riscos e desvantagens

Além de conhecer os pontos positivos do ETF SPXI11, é necessário observar potenciais desvantagens e riscos presentes nele. Lembre-se de que esse é um investimento de renda variável, com exposição às ações de companhias.

Logo, a carteira desse fundo de índice está sujeita à volatilidade do mercado e pode sofrer prejuízos, no caso da queda das ações. Ainda, o fato de o SPXI11 ter cotas negociadas na bolsa também expõe esse fundo ao risco de mercado.

Isso ocorre porque o preço das cotas pode variar, de acordo com a lei da oferta e da procura, o que pode afetar o desempenho. Outra desvantagem pode ser a taxa de administração. Ainda que ela seja mais competitiva que aquela cobrada em fundos de gestão ativa, a taxa afeta os seus rendimentos.

Quando investir em SPXI11?

Como vimos, o investimento em SPXI11 traz vantagens e desvantagens. Por isso, é interessante saber o que avaliar para identificar o melhor momento para investir.

Confira!

Analise seu perfil de investidor

O seu perfil de investidor é o primeiro aspecto que deve ser considerado para tomar uma decisão. Ele determina sua tolerância aos riscos no mercado financeiro, então identificá-lo é crucial para o seu processo decisório acerca do investimento nesse ETF.

Como o SPXI11 é uma alternativa de renda variável e negociada na bolsa de valores, ele tem maiores riscos. Portanto, o ETF tende a ser mais alinhado aos investidores de perfil moderado e arrojado.

Defina os objetivos financeiros

Após o seu perfil de investidor, você precisa traçar objetivos financeiros. Ou seja, quais são os resultados que você busca alcançar por meio dos seus investimentos. Então eles podem servir como pontos norteadores no momento de estruturar sua carteira.

Nesse caso, é fundamental estipular se o foco do investimento será para o curto, médio ou longo prazo. Os ETFs são alternativas que costumam funcionar melhor em planejamentos de longo prazo.

O motivo é que, com um período maior, há tempo para a maturação do investimento e menor exposição à volatilidade de preços das cotas. Logo, investir com esse prazo ajuda a mitigar parte dos riscos.

Avalie a tendências do mercado

Depois de considerar suas características, é preciso pensar que você está exposto aos riscos do mercado dos Estados Unidos. Desse modo, ao mesmo tempo em que você poderá reduzir os riscos da economia brasileira, será possível sentir impactos de crises norte-americanas.

Portanto, é ainda mais relevante analisar fatores ligados à economia internacional e o seu conhecimento sobre a bolsa estrangeira. Essa é uma maneira de realizar investimentos mais estratégicos para os seus objetivos.

Ademais, as projeções de mercado devem fazer parte da sua análise. Isso acontece porque, mesmo com a solidez da economia norte-americano, as empresas do país estão suscetíveis a períodos de baixa.

Esses momentos podem levar a uma desvalorização do S&P 500 e, consequentemente, do SPXI11. Assim, vale conhecer o potencial e as perspectivas para os próximos anos para embasar as suas decisões.

Como investir nesse ETF?

Você acredita que o SPXI11 será um investimento positivo para os seus objetivos financeiros? Então é preciso entender como comprar as cotas desse fundo de índice na bolsa de valores brasileira.

Para isso, comece abrindo sua conta em um banco de investimentos e transfira o montante que será aportado. Depois, você deve acessar o home broker — ambiente por meio do qual os investidores realizam compras e vendas de alternativas negociadas na B3.

Posteriormente, você fará a busca pelo ticker do investimento desejado — que é o código de identificação da alternativa na bolsa. Nesse caso, o ticker é o SPXI11.

Após encontrá-lo, você deve analisar a cotação e selecionar a quantidade desejada de cotas. Por fim, basta emitir a ordem de compra. Uma vez liquidada a operação, as cotas estarão na sua carteira e você poderá participar dos resultados obtidos pelo ETF.

Como você viu, o SPXI11 pode ser uma alternativa interessante para se expor a grandes empresas globais de maneira mais prática. Portanto, é imprescindível conhecer o funcionamento dele e identificar o melhor momento para realizar o investimento.

Quer entender mais sobre o mercado norte-americano e seus impactos na economia global? Conheça o Federal Reserve (FED) e saiba como ele pode influenciar a bolsa de valores do Brasil!

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