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O mercado financeiro tem altas e baixas, conforme a variação do contexto econômico e o ânimo dos operadores. Por esse motivo, é bastante comum buscar maneiras de preservar seu patrimônio da volatilidade entre os ativos.

Sendo assim, negociar no mercado futuro é uma estratégia que pode ser utilizada por aqueles que buscam proteger seus patrimônios. Ele também pode servir para quem deseja lucrar com as oscilações do mercado. Porém, em ambos os casos, é preciso conhecer bem esse ambiente.

Tem interesse no tema e quer entender melhor como funciona o mercado futuro? Confira mais informações a seguir!

Afinal, o que é o mercado futuro?

O mercado futuro é o ambiente da bolsa de valores do Brasil (B3) em que são negociados os contratos futuros, um tipo de derivativo. Na prática, esses contratos registram a posição do investidor em relação ao preço de um ativo no futuro.

Eles também não preveem a efetivação de uma transação de compra ou venda, ocorrendo apenas a liquidação financeira. Desse modo, o investidor assumirá a posição comprada ou vendida, e os resultados serão obtidos a partir da variação dos preços dos ativos até o vencimento do contrato.

Esses preços são ajustados diariamente ao final do pregão. Dependendo do resultado, o investidor poderá receber em sua conta os créditos dos lucros obtidos ou ter a quantia descontada, caso haja prejuízo na data.

No vencimento do contrato, é possível saber se houve lucro ou prejuízo em toda a operação ao somar os resultados diários.

A negociação é feita de acordo com o preço que os investidores acreditam que os ativos-objetos apresentarão futuramente, considerando a cotação atual. O ativo pode ser uma moeda estrangeira, como o dólar, um índice de desempenho, como o Ibovespa (IBOV), entre outros.

Para os especuladores, o mercado futuro é uma oportunidade de buscar ganhos a partir da oscilação de preços dos derivativos. Já para os investidores, ele costuma ser utilizado para hedge ou proteção da carteira de investimentos.

Como funcionam as operações no mercado futuro?

Como foi explicado, os investidores ou especuladores que atuam no mercado futuro se posicionam comprados ou vendidos em relação à expectativa do preço dos ativos em uma data posterior.

Portanto, as operações nele têm base na potencial oscilação de preços em um período, podendo gerar ganhos ou perdas ao investidor ou trader. Vale ressaltar que os contratos futuros são padronizados e não permitem flexibilização.

Além desses pontos, veja outros aspectos sobre o funcionamento do mercado futuro!

Ajuste diário

Para operar no mercado futuro, é preciso estar preparado para a possibilidade de ter as quantias creditadas ou descontadas de sua conta todos os dias. Afinal, o ajuste diário é uma das principais características desse tipo de operação.

Se o mercado se movimentar a favor da posição do operador, ele receberá os créditos em sua conta. Se o movimento for contrário, ele sofrerá descontos.

Saiba que o investidor ou trader não precisa manter o posicionamento até o vencimento do contrato futuro. Vale saber que há como encerrar a operação de modo antecipado abrindo uma posição contrária, tendo como resultado os ajustes feitos até aquela data.

Alavancagem

Os contratos diários permitem que o investidor ou trader use o recurso de alavancagem. Nesse caso, existe a chance de movimentar uma quantia maior do que o montante disponível na conta do banco de investimentos.

Operar alavancado permite multiplicar os possíveis ganhos, mas também tem mais riscos, já que aumenta o potencial de perdas. Por isso, é preciso fazer uma avaliação para identificar se é realmente pertinente operar dessa forma.

Margem de garantia

Ao operar no mercado futuro é preciso oferecer garantias em relação ao pagamento para mitigar os riscos de não ter como arcar com a operação. Para tanto, é exigida uma margem de garantia.

Ela costuma ser definida pela própria instituição financeira e não precisa ser oferecida apenas em dinheiro. Você pode disponibilizá-la a partir de aplicações de renda fixa da sua conta no banco de investimentos, ações e outros ativos, por exemplo.

Quais os principais contratos do mercado futuro?

Ao saber como funciona o mercado futuro, também é essencial entender quais são as possibilidades que ele apresenta. A seguir, veja quais são as alternativas de contratos futuros negociados na B3:

  • índice (Ibovespa, S&P 500 e outros);
  • taxas de juros (DI, Selic, cupom cambial de DI e cupom de IPCA);
  • moedas estrangeiras (dólar, euro, iene japonês, yuan chinês, libra esterlina e outras);
  • commodities (boi gordo, milho, café, soja, açúcar e etanol).

Entre os contratos mais negociados estão os de Ibovespa e dólar. É possível negociar contratos cheios e os minicontratos. Esses últimos são versões que permitem uma exposição menor aos derivativos, pois correspondem a uma fração dos contratos cheios.

Os minicontratos são divididos em mini-índice e minidólar, e foram criados com o intuito de serem mais acessíveis aos pequenos investidores. Por esse motivo, eles costumam ser os responsáveis por uma grande parte do volume financeiro movimentado no mercado futuro.

Quais as vantagens do mercado futuro?

Para entender melhor se as operações no mercado futuro podem ser adequadas às suas estratégias de investimento, vale a pena conhecer as vantagens dessa alternativa. Um dos principais pontos positivos, como você viu, é a possibilidade de lucrar com as oscilações de preços no mercado.

Outro benefício do mercado futuro é a possibilidade de realizar operações buscando proteção (hedge) para o investidor. Trata-se de um mecanismo usado para proteger ativos e operações do impacto da alta volatilidade.

A operação de hedge auxilia na hora de avaliar eventuais cenários negativos ou positivos. Por exemplo, se houver expectativa de alta do dólar, você pode utilizar o derivativo ligado à moeda para se proteger das flutuações cambiais.

Quais as desvantagens do mercado futuro?

Você já deve ter percebido que as operações no mercado futuro envolvem riscos, tanto aos investidores quanto aos especuladores. No geral, esse é o principal ponto de atenção ao considerar esses derivativos.

A operação merece ainda mais cuidado ao usar a alavancagem para aumentar o potencial de ganhos. Afinal, o investidor pode ficar exposto a perdas mais elevadas caso o mercado se movimente de maneira contrária às expectativas.

Agora você já sabe as principais informações sobre o mercado futuro e pode avaliar se essa estratégia é adequada ao seu perfil de investidor e objetivos. Lembre-se de que essa é uma alternativa que exige uma boa gestão de risco para mitigar as possibilidades de perdas.

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O Portal André Bona é um site de educação financeira independente, que tem como missão auxiliar pessoas e famílias a melhor compreender o mercado financeiro e seus produtos.

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