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Para avaliar como estão suas finanças, especialmente para saber como está indo sua construção de patrimônio, você pode utilizar o Balanço Patrimonial (BP) e o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE).

Além dessas duas ferramentas, no entanto, existem indicadores pessoais que nos ajudam a avaliar nossa situação financeira como um todo. Neste artigo, abordaremos cinco:

  • Índice de Endividamento
  • Índice de Poupança
  • Índice de Liquidez
  • Índice de Cobertura
  • Índice de Riqueza

Confira cada um dos indicadores pessoais a seguir e entenda como eles podem ajudar você a avaliar suas finanças.

Índice de endividamento

Como o nome sugere, este indicador tem como objetivo medir o endividamento total pessoal. Ele traz uma informação importante, pois mostra o quanto uma pessoa está alavancada (alavancagem é quando o indivíduo tem mais obrigações do que o próprio patrimônio total).

Um endividamento alto significa custo com juros e pode ser um empecilho para o avanço nas finanças pessoais. Seu cálculo é simples: é a divisão do total do passivo (isto é, total das obrigações) pelo total de ativos (que são os bens e dinheiro que uma pessoa possui).

  • Índice de endividamento = Passivo / Ativo

As informações dos ativos e passivos são extraídas do Balanço Patrimonial. Quanto menor o Índice de Endividamento, melhor. O ideal é que fique próximo de zero e deve-se tomar um cuidado especial para que ele não ultrapasse 100%.

Índice de poupança

Mostra o percentual da receita mensal que sobra para investir. Dos indicadores pessoais, para quem busca a independência financeira este é fundamental.

A fim de encontrar o índice de poupança, a fórmula é:

  • Índice de poupança = Resultado disponível para investir / Receitas

As informações para o cálculo são extraídas do DRE. Para encontrar o resultado disponível para investir, basta calcular o valor das receitas menos as despesas.

Não existe um número adequado como resultado, mas consideramos 20% como um número mágico para este índice.

Índice de liquidez

Antes de seguirmos, é importante que você entenda que liquidez é a medida da velocidade que um ativo pode ser convertido em dinheiro vivo, sem perder valor. Em outras palavras: o quão rápido um bem pode ser transformado em dinheiro vivo? Quanto maior a rapidez, maior a liquidez.

Assim, este índice indica quantas vezes os ativos mais líquidos (que são aqueles que podem ser transformados rapidamente em dinheiro em mãos) superam as despesas mais imediatas (que são os passivos de curto prazo).

Dentre todos os indicadores pessoais, o índice de liquidez merece uma atenção especial. Pense o seguinte: você tem despesas que precisam ser pagas rapidamente.

A fim de cumprir com as obrigações imediatas será necessário ter recursos disponíveis. Do contrário, você terá que recorrer a cheque especial, juros de cartão de crédito, empréstimos etc.

Como nossa vida no dia a dia se dá pela liquidez, este índice mostra se uma pessoa passa, ou não, dificuldades financeiras. Quando o índice é menor que 1, significa que o indivíduo não tem dinheiro para pagar seus compromissos imediatos.

Para calcular o Índice de Liquidez, pega-se o ativo de curto prazo (recebimentos imediatos) e divide-se pelo passivo de curto prazo (obrigações imediatas):

  • Índice de liquidez = Ativo de curto prazo / Passivo de curto prazo

Dos indicadores pessoais que falamos aqui, é o índice de liquidez que, quando bem trabalhado, garante a qualidade de vida que tanto mencionamos quando falamos em finanças pessoais.

Índice de cobertura

Imagine que você perca o emprego. Por quantos meses conseguirá sobreviver com seus ativos de curto prazo? Ou, ainda, se você gasta R$ 6 mil por mês, por quantos meses conseguirá se manter caso perca sua capacidade de receita mensal?

Dos indicadores pessoais, o Índice de Cobertura é o que traz esta resposta. Ele é calculado dividindo-se os ativos de curto prazo pelas despesas mensais:

  • Índice de cobertura = Ativos de curto prazo / Despesas mensais

As informações dos ativos de curto prazo são extraídas do Balanço Patrimonial. As despesas estão no DRE.

O índice de cobertura dá tranquilidade caso algo aconteça, além do conforto para tomar decisões. Um valor que podemos considerar como ideal para este índice é acima de 6 meses. Mas isso depende do quão sujeita uma pessoa está de perder o emprego ou deixar de faturar.

Índice de riqueza

O último dos indicadores pessoais que abordamos neste artigo é aquele que todos queremos alcançar, pois informa se uma pessoa tornou-se independente financeiramente ou não.

O índice de riqueza responde à questão: quanto que a renda passiva (aquela que não vem do trabalho) contribui para o pagamento das despesas mensais? O objetivo aqui é ser capaz de pagar as despesas mensais utilizando apenas a renda proveniente do patrimônio.

Imagine uma pessoa que gasta R$ 7.000,00 por mês e ganha R$ 10.000,00. Esta mesma pessoa possui um patrimônio que gera uma renda de R$ 9.000,00.

Se ela deixar de trabalhar, a renda do patrimônio (renda passiva) será suficiente para pagar suas despesas mensais. Ou seja, a pessoa do nosso exemplo conquistou a independência financeira.

O cálculo de índice de riqueza é obtido dividindo a renda passiva pelas despesas mensais:

  • Índice de riqueza = Renda passiva / despesas mensais (DRE).

Quando o índice é maior que 1, significa que a independência foi atingida.

Como estão os seus indicadores pessoais?

Os indicadores pessoais nos mostram a distância que precisamos percorrer para termos independência financeira. No entanto, mais do que isso, eles nos apresentam pontos que precisamos melhorar.

Por exemplo, se o seu índice de endividamento está alto, o primeiro passo é criar um plano de ação para quitar suas dívidas. Já se o índice de poupança estiver muito baixo, uma boa saída talvez seja fazer um melhor controle dos gastos.

Durante o artigo citamos que as informações para extração dos valores a serem usados nas fórmulas são provenientes do Balanço Patrimonial e do Demonstrativo de Resultados do Exercício. Para saber mais sobre eles, recomendamos os posts:

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